Dos seis painéis conservados do políptico quinhentista do Convento de Santa Maria de Celas, é neste que se revela a característica comum mais marcante: o recurso exaustivo à folha de ouro nos nimbos e na representação realista das ourivesarias coevas.
A concentração de personagens num espaço reduzido, o tratamento dos panejamentos, as anatomias, inclusivamente os rostos e os próprios olhos, denunciam a oficina coimbrã, iniciada em finais da centúria anterior, com Vicente Gil.