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Telégrafo Bramão

Maximiliano Augusto Herrmann; Cristiano Augusto Bramão1874 - Século XIX

Fundação Portuguesa das Comunicações

Fundação Portuguesa das Comunicações
Lisboa, Portugal

Telégrafo de mesa construído por Maximiliano Herrmann, e inovado posteriormente por Cristiano Augusto Bramão. Trata-se de uma peça de inovação no mundo das comunicações, que permitia uma maior rapidez na transmissão e receção bem como uma maior economia no consumo de fita telegráfica, devido ao seu funcionamento de dupla corrente.Herrmann com a sua criação pretendeu resolver o problema de escrita nos recetores telegráficos de Morse. Anteriormente existiam grandes problemas técnicos, já que os recetores Morse eram de ponta seca ou de tinteiro com tira. Na técnica de ponta seca, esses sinais eram marcados no papel por um ponteiro de aço, mas eram de difícil perceção e desapareciam com facilidade e, na técnica de tinteiro com tira, alastrava a tinta no papel impossibilitando a leitura. Perante esses problemas técnicos, Herrmann construiu uma tina ou tinteiro de utilidade inequívoca e documentada, uso de uma armadura flexível e regulável com um fino estilete, como se de uma pena ou estilete se tratasse, deixando apenas escorrer a tinta necessária para os registos de mensagens. Esta inovação foi dada a conhecer às administrações telegráficas estrangeiras e foi apresentada por Vitorino José Damásio, diretor dos Telégrafos Portugueses na Conferência Telegráfica Internacional de Paris em 1865. De formato retangular trapezoidal em madeira de cor castanha, latão dourado, metal de cor cinzenta e vidro. Na face frontal, possui uma placa na qual se encontra identificado o modelo. Na face superior, do lado direito possui uma bobine na qual se encontra enrolada uma fita de papel onde será impressa a mensagem telegráfica, também contem duas chaves de morse que funcionam em conjunto com um comutador manual. No centro e à esquerda, existe um mecanismo de relojoaria composto por um sistema mecânico de engrenagens em latão, cobre e metal. Na face posterior possui seis pernos para ligação de fios condutores identificados pelas letras “L”, “T”, “C”, “Z”, “C” e “Z”. Em Dezembro de 1872 foi realizado um ensaio entre Lisboa e Carcavelos, tendo havido um resultado positivo. Foram então colocados dez exemplares do telégrafo Bramão a funcionar regularmente nas estações principais de Lisboa, Porto, Coimbra e Bom Sucesso. Este telégrafo esteve presente na Exposição Universal de Paris de 1878, onde a Direção Geral dos Telégrafos Portugueses recebeu um “Diplôme d´Honneur”. Maximiliano Augusto Herrmann nasceu em Lisboa em 1838. Estudou no Instituto Industrial de Lisboa entre 1857 a 1862 e trabalhou como Inspetor das Linhas Telegráficas da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses do Norte e Leste. Herrmann desenvolveu grandes melhorias nos aparelhos de recetor Morse, tornando-os mais simples e mais fácil de regular. Herrmann e Cristiano Augusto Bramão, desenvolveram uma parceria com o objetivo de inovar e melhorar o projeto inicial do telégrafo. Cristiano Augusto Bramão nasceu em Elvas em 1840 e aos 15 anos integrou o corpo telegráfico no regimento de artilharia. Mais tarde chefiou várias estações telegráficas em Portugal. Durante o seu percurso, Bramão teve a possibilidade de expor na Exposição Universal de Paris, onde o telégrafo recebeu um “Diplôme d´Honneur” atribuído à Direcção- Geral dos Telégrafos Portugueses. Apesar do seu sentido inovador, Bramão não foi conhecido internacionalmente.

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  • Título: Telégrafo Bramão
  • Criador: Maximiliano Augusto Herrmann; Cristiano Augusto Bramão
  • Data de criação: 1874 - Século XIX
  • Local: Lisboa,Portugal
  • Dimensões físicas: alt.:22 cm; larg.: 58 cm, prof.: 20,5 cm
  • Palavras-chave do assunto: Comunicações; Telecomunicações; Telégrafo
  • Tipo: Telégrafo
  • Link externo: Catálogo Digital da Fundação Portuguesa das Comunicações
  • Direitos: Coleção: CTT Correios de Portugal/Fundação Portuguesa das Comunicações.
  • Meio: Madeira, Metal, fita telegráfica de Papel, Latão
Fundação Portuguesa das Comunicações

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