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Barco Desaparecido

José Júlio Souza Pinto1890

Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado

Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado
Lisboa, Portugal

Uma envolvência atmosférica, triste e brumosa, identifica a Bretanha, local adoptivo de Souza Pinto, representando a face melancólica da sua obra, que aos recantos ensolarados de Portugal, especialmente em Benfica, onde tinha morada, se opunha. Após a sua estada em França como bolseiro (1880) oscila entre duas sensações de luz diferenciadas, reguladas pelos aspectos climáticos de cada uma destas zonas.
O tema, sombrio pela dramaticidade sentimental e algo cenográfica dada à disposição das figuras e dos signos que o identificam (destroços do barco e âncora), remete para uma lamentada tradição marítima, representada pelas mulheres de pescadores, provavelmente da costa da Bretanha.
Esteticamente, Barco desaparecido revela uma marcação para-impressionista, desempenhada fundamentalmente pela névoa que envolve a composição, apesar de se inscrever numa linha de convencionalismo formal que o contorno figurativo não dilui. Em tonalidades suaves, próximas do pastel, técnica que utilizaria habilmente, o pintor desenvolve um naturalismo tardio e ecléctico, influenciado por Bastien-Lepage, Julien Breton ou Albert Besnard, numa cena de grande contenção cromática e mutismo das personagens. (Maria Aires Silveira)

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  • Título: Barco Desaparecido
  • Criador: José Júlio Souza Pinto
  • Data de Criação: 1890
  • Dimensões físicas: 73 cm x 91 cm
  • Tipo: Pintura
  • Material: Óleo sobre tela
Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado

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