Executado por volta de 1891, este pastel de Mary Stevenson Cassatt corresponde a uma fase em que o estilo da mais conhecida representante feminina ligada ao movimento impressionista se encontra plenamente desenvolvido e caracterizado. O tema da maternidade, que ocupou aproximadamente um terço da sua produção, acompanhou constantemente o seu trabalho a partir de 1880, conhecendo, através de uma tipologia de composição idêntica, constantes variações em torno de cenas intimistas inspiradas no quotidiano doméstico da burguesia no final do século XIX.
Tributário no tema da pintura de género, este pastel deve ao valor expressivo do desenho a sua qualidade plástica mais significativa, revelando simultaneamente o fascínio evidente de Mary Cassatt pelo sentido exato da utilização do branco, aspeto que tanto seduziu parte significativa dos pintores impressionistas da sua geração. Comum a outras obras da mesma tipologia é ainda a opção por uma oposição entre o estilo mais acabado da carnação do rosto das figuras e as diagonais de traço livre que esquematizam os restantes elementos da composição, consequência de uma fatura rápida que procura reter, acima de tudo, a espontaneidade do momento.
Embora sujeitos a uma perspetiva ligeiramente diferente, são conhecidos dois desenhos relacionados com este pastel, um de resultado incompleto (coleção particular), outro praticamente finalizado (Museum of Art, Rhode Island School of Design), ambos com data próxima de 1890.