O que realmente é curioso de se observar é que uma visita à catedral de Brasília e sua série de dez pinturas sobre mármore, chamada “A vida de nossa senhora”, dos anos 1960, apresenta aquele mesmo uso da cor e da composição dos carnavais. Para um católico praticante como Bulcão, isso pode parecer pouco provável, mas basta deter-se em seus “Reis Magos” (1968), também presenteados ao afilhado, Guilherme Pessina, para descobrir que ele transpõe um universo para o outro. E aí está a beleza da experiência da arte, onde o sagrado e o profano se aproximam em uma mesma experiência estética. Essa liberdade permite que pense novos espaços e novas vestimentas para a prática litúrgica, nem sempre bem compreendidas.
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