O velho Olegário, um ex-escravo de olhar embaçado pela idade avançada, posou para Segall diante do terraço da casa da fazenda de Carolina da Silva Telles, no interior de São Paulo. Nessa propriedade produtora de café, reuniam-se representantes da elite paulistana e o grupo dos modernistas ligados a Olívia Guedes Penteado, patrona do Modernismo e mãe de Carolina. Segall se impressiona de tal forma com o rosto vincado do negro Olegário, semelhante a uma máscara expressionista, que transforma esse personagem na figura central da grande tela Bananal, de 1927, hoje no acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.