Integrada na Sacristia Nova e localizada no respectivo topo, esta Capela de suprema beleza e espiritualidade, “O Espelho do Céu “ segundo Reynaldo dos Santos, foi edificada entre 1669-1672, durante o abaciado de Frei Constantino de Sampaio.
A sua planta é octogonal e o interior integralmente revestido de talha dourada. Recebe iluminação proveniente de um lanternim aberto no tecto copulado. Esta luz, coada e difusa, acentua ainda mais a ambiência feérica e teatral. O políptico barroco de talha dourada e policromada alberga 89 esculturas relicário, recolhidas em nichos distribuídos por seis níveis.
Sete destas esculturas são de vulto perfeito. Destacamos, ao centro a Virgem, figura central de toda a imagética cisterciense, que neste caso acolhe quem entra na capela com um gesto de mãos de expressão serenamente convidativa. À sua direita foi colocada a figura de S. Bento e à sua esquerda a de S. Bernardo, envergando respectivamente o hábito beneditino e cisterciense.
A estrutura de talha dourada desta capela ostenta uma profusa e delicada decoração barroca coroada pelo tecto de pedra lavrada, pintada e policromada.