Mancha de socalcos pós-filoxera que se desenvolve num vale encaixado no sopé do monte de S. Domingos entre a aldeia do Balteiro e o lugar das Regadas. A aldeia desenvolve-se num ponto alto, distribuindo-se o casario em terraços. Os terrenos disponíveis são aproveitados para o cultivo de hortícolas, pomares e árvores dispersas, destinando-se as rengas para a vinha.
Nos montes sobranceiros preservam-se áreas significativas de mata, com castanheiros e cerejeiras silvestres, entre outras espécies.
A vinha ocupa as vertentes voltadas ao ribeiro, unidas por caminho público que atravessa a Quinta do Balteiro, onde se conserva um núcleo habitacional harmonioso, muito embora a vinha esteja reconvertida sem que ter em conta o terraceamento preexistente. Os terraços preservados são suportados por muros de xisto assentes sobre fragas, apresentando aparelhos de diferentes qualidades, desde muros de pedra miúda, posta em camadas simples, até paredes com fiadas uniformes e niveladas e cunhais bem rematados. Destacam-se na paisagem pela sua qualidade arquitectónica os sistemas de circulação com escadas e rampas de lanços divergentes, escadas curvas ou alinhadas em ziguezague, além de escadarias duplas, íngremes e estreitas, que ligam as parcelas do vale ao cimo da encosta. Salientam-se os abrigos de construção vernacular e os sistemas de condução de água com tanques e represas, que aproveitam a água vinda do ribeiro para a rega dos campos.
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