Fotografia de um aspecto da mancha de vinhas na encosta das Cidermas. Este conjunto é composto por diferentes parcelas na encosta voltada ao vale do rio Ceira entre a povoação de Galafura e o santuário de S. Leonardo. As vinhas desta vertente estão maioritariamente armadas segundo sistemas modernos, subsistindo algumas manchas de socalcos pré e pós-filoxera, a par de zonas de mortório recolonizado por vegetação arbórea e arbustiva. De entre as diferentes parcelas sobressaem as manchas junto ao caminho para a Sapa e no caminho para as Cidermas.
O primeiro conjunto impõe-se pela sua extensão e monumentalidade, ocupando uma área significativa entrecortada por fragas de grande dimensão e bordaduras de oliveira. Possui muros de xisto cujo desenho se adapta à orografia do terreno, aproveitando como alicerce, em alguns muros, as fragas de menor dimensão. Os geios, estreitos e irregulares, servidos por pequenas escadas, comportam apenas um bardo de vinha. É de realçar a preservação de sistemas de rega, com poços de retenção de água, bem como de abrigos de arquitectura vernacular. Estas estruturas, de pequena dimensão, moldam-se ao terreno em perfeita harmonia com a escala e os materiais envolventes.
A outra mancha a assinalar, composta por dezoito socalcos pré-filoxera, situa-se numa concha do sinuoso caminho das Cidermas, conservando nas imediações um armazém para vinhos. Aliando o plantio da vinha sem armação do terreno aos socalcos tradicionais, este trecho de paisagem evidencia-se pelo traçado irregular dos seus muros baixos assentes sobre afloramentos rochosos.
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