Conjunto paisagístico formado por várias parcelas de pequena dimensão situado na vertente esquerda do ribeiro de Valcovo, desenvolvendo-se entre as estradas 602 e 602-1, não longe do lugar da Rede. Para montante registam-se igualmente algumas áreas muradas com valor paisagístico similar, como nos lugares do Boucal e de Valcovo.
A vinha está plantada em socalcos pós filoxera, indiciando o aproveitamento de muros mais antigos em alguns pontos, adaptando-se à dimensão das parcelas e à orografia do terreno. Este traçado resulta num interessante mosaico marcado pelos muros de divisão e por árvores de fruto dispersas e bordaduras de oliveira, bem como por áreas de mata localizadas no cume da encosta.
A ligação entre os geios é feita através de diferentes tipos de escadas, destacando-se pela monumentalidade as escadarias se organizam em vários lanços ao longo da encosta. Em alguns casos o capeado dos muros de divisão é transformado em escada, formando por vezes lanços duplos paralelos, correspondentes ao muro de divisão de cada propriedade.
Esta área constituía inicialmente uma única propriedade, sendo sucessivamente dividida entre os herdeiros de Filomena Carvalho. O mesmo não sucedeu na vizinha Quinta de Reimonde, onde se conservam socalcos pós-filoxera, de muros mais altos e tabuleiros largos e de traçado rectilíneo. A quinta, com data de 1932 sobre o portão de ferro, pertence à herdeira de Abílio Rodrigues Silva que a adquiriu em 1940 a um brasileiro de torna viagem, certamente responsável pela construção do conjunto, cujo arquitectura tem marcas das chamadas "casas de brasileiro".
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