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Virginia da Rosalina

Antonio Carneiro1920

Museu Nacional Grão Vasco

Museu Nacional Grão Vasco
Viseu, Portugal

Notável retrato de personagem não identificada no círculo de relações do pintor, ele manifesta um dispositivo pictórico de grande elaboração oficinal e poética, visando fazer coincidir a beleza angelical da menina com a da natureza que a envolve.
António Carneiro elege a luz plena como agente de concretização dessa intenção, resolvendo as formas em manchas coloridas sombreadas, com uma pincelada ora redonda, ora alongada, que usa um azul-cinza para contaminar todas as outras cores que são rosas, verdes, ocres esmaecidos. É evidente a vontade de ultrapassar o sistema naturalista, através de um conhecimento, pessoalmente apreendido, da técnica impressionista de pintura. Mas se o que Carneiro capta é um momento lumínico, em que o retrato e a natureza coincidem como metáfora de beleza, a sua intenção é mais duradoira, propondo um tempo expectante que a expressão suspensa da menina aponta, como que sugerindo que a idade da pureza é um estado interior, não um acidente do ciclo da vida.
Raquel Henriques da Silva

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  • Título: Virginia da Rosalina
  • Criador: Antonio Carneiro
  • Data de Criação: 1920
  • Localização física: Museu Nacional Grão Vasco, Viseu, Portugal
  • Dimensões físicas: 42.5 cm x 41 cm
  • Tipo: Pintura
  • Material: Óleo sobre tela
Museu Nacional Grão Vasco

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