O pano de armar bordado a seda, proveniente da China, datável do séc. XVII, alarga o âmbito artístico e geográfico da diáspora portuguesa. Ao virtuosismo técnico do bordado, que preenche com seda toda a superfície do tecido, acresce o sentido da composição, da cor e o exotismo das figurações. O círculo central que se inscreve num retângulo, simetricamente decorado, é envolto por várias cercaduras. Os motivos florais típicos da decoração chinesa, como a peónia que se encontra ao centro, misturam-se com diversos animais, ora comuns, como o coelho, a gazela, a libelinha, as borboletas e os pássaros, ora exóticos, como o dragão, a ave-do-paraíso, o tigre e o elefante.