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‏‏‎ Museu Nacional do Azulejo - séculos XV e XVI - Azulejos Hispano-Mouriscos

Primeira metade do séc. XVI

Museu Nacional do Azulejo

Museu Nacional do Azulejo
Lisbon, Portugal

Em Portugal usaram-se pavimentos de mosaico vidrado desde o século XIII, compostos por peças geométricas de cores lisas, de que são testemunho os exemplares provenientes do Mosteiro de Alcobaça e do Castelo de Leiria. A partir da segunda metade do século XV, surgiram os pavimentos de alfardons com losetas e de tijolos com rajolas, importados de Manises, em Valência, como os aplicados no Palácio dos Infantes, em Beja, ou no Convento de Jesus, em Setúbal. No início do século XVI, difundiu-se em Portugal o uso do azulejo para o revestimento de paredes, utilizando-se padronagens nas técnicas hispano-mouriscas de corda-seca e aresta, produzidas em Sevilha e Toledo. A cultura islâmica é, deste modo, o primeiro grande referente do azulejo em Portugal, com reminiscência em aplicações futuras, através de uma estética que veicula o horror ao vazio. A primeira grande encomenda portuguesa de azulejos produzidos em Sevilha foi efetuada em 1503 por D. Jorge de Almeida (n. 1458 - m. 1543), Bispo de Coimbra, e destinava-se a revestir a Sé desta cidade. O templo românico teve, deste modo, o seu interior integralmente coberto de azulejo, incluindo paredes e colunas, simulando a presença de elementos têxteis e arquitetónicos. Outro momento marcante para a história da azulejaria em Portugal no início do século XVI, é a volumosa encomenda que D. Manuel I (r. 1495-1521) faz em 1508, também nas oficinas de Sevilha, de azulejos para o paço que estava a remodelar na vila de Sintra. Ainda hoje podem ser admirados em muitas das suas salas e pátios azulejos dessa campanha, dos quais se destacam os exemplares com a Esfera Armilar, divisa deste monarca. As encomendas do clero e da nobreza incluíram também muitas vezes a utilização de motivos heráldicos, de que é exemplo o brasão de D. Jaime I (n. 1479 - m. 1532), 4º Duque de Bragança, composto por quatro placas cerâmicas retangulares. Em aplicações monumentais como as efetuadas na Sé Velha de Coimbra ou no Palácio Real de Sintra (Palácio Nacional de Sintra), os ladrilhadores Portugueses reinventaram as matrizes sevilhanas de aplicação de azulejos, criando composições de grande efeito visual, em perfeita sintonia com as arquiteturas. Inicia-se assim o caráter diferenciador do uso do azulejo em Portugal. Avançando no século XVI, apercebemo-nos que os motivos empregues na decoração dos azulejos se vão modificando. Depois de uma primeira fase em que esses motivos eram marcadamente de influência islâmica, laçarias e encadeados geométricos, passamos para um período em que são os elementos góticos e, posteriormente, renascentistas, a preencherem os programas decorativos. Testemunho de que a produção azulejar se foi adaptando ao gosto da época, as novas encomendas saídas de Sevilha incluíam agora motivos essencialmente vegetalistas, marcando também presença os zoomórficos e alguns elementos heráldicos. Permanecem, no entanto, o uso das técnicas hispano-mouriscas de corda-seca e aresta.

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  • Título: ‏‏‎ Museu Nacional do Azulejo - séculos XV e XVI - Azulejos Hispano-Mouriscos
  • Data de Criação: Primeira metade do séc. XVI
  • Localização física: MNAz, Museu Nacional do Azulejo, Lisboa, Portugal
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