Caixa de correio da Posta Rural, móvel, de formato retangular sobre a vertical, feita a partir de folha-de-flandres. Esta caixa está pintada num tom de vermelho, possuindo ainda apontamentos decorativos (no tampo e fechadura) a negro. No tampo, a caixa apresenta uma ranhura horizontal para colocação da correspondência, estando a baixo a fechadura. Na face frontal do corpo da caixa encontra-se inscrito a azul sobre uma faixa branca, "CORREIO". Por baixo, a branco com sombreado negro, está inscrito "Recebe cartas/ na passagem". No tampo da caixa encontra-se uma correia em couro e uma fivela, para a sua mobilidade.
Ao longo de vários séculos as correspondências dirigidas aos cidadãos tinham de ser reclamadas nos correios, pelos próprios destinatários das cartas. A partir de 1821, foi iniciada em Lisboa a distribuição domiciliária das correspondências que progressivamente se foi alargando a outras localidades do reino. Em 1880, graças à implantação da Posta Rural, a possibilidade de enviar e receber correspondência chegou finalmente às zonas rurais.
Esta caixa de correio, em folha-de-flandres, do qual chegou até nós um único exemplar, era transportada a tiracolo pelos distribuidores rurais. Estes, ao procederem à entrega das correspondências, podiam receber cartas para serem expedidas para os mais diversos destinos. É um recetáculo de dimensões reduzidas para potenciar a sua natureza portátil, com um fecho para ser aberto apenas pelo responsável da estação do distribuidor.