Índios Juma

Os quatro últimos sobreviventes de um povo dizimado

Aldeia Juma (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

A Terra Indígena Juma tem 38.351 hectares e foi demarcada e homologada em 2004. A aldeia está localizada às margens do rio Assuã, a mais de 1.100 quilômetros de Manaus, capital do Amazonas. 

Maloca antiga (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

No século 18 o povo Juma contava com cerca de 15 mil indígenas.

Casa de madeira (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Hoje são apenas quatro.

Casa (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Historicamente o povo foi dizimado por garimpeiros, seringueiros e por todas as doenças que surgiram após o contato com o homem branco. Em 1998, já com um número muito reduzido, os Juma foram levados de sua área original para a aldeia Alto Jamari, dos índios Uru-eu-wau-wau. Por se tratar de uma etnia completamente diferente, apesar de falarem a mesma língua, sofreram com o choque cultural e se sentiam marginalizados, além da saudade da terra natal. O retorno ao território Juma aconteceu apenas em 2013.

Aldeia, Gabriel Uchida, 2016, Da coleção de: Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
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Antena, Gabriel Uchida, 2016, Da coleção de: Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
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Pescaria (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Os Juma pescam, caçam e plantam em seu território. O rio é peça fundamental no cotidiano da comunidade. É nele onde os indígenas se banham, lavam a roupa, puxam água para a aldeia e é também a principal via de locomoção.

Pescaria (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Banho (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Pescaria (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Na aldeia Juma as crianças também pescam e as mulheres também caçam. Por ser uma comunidade pequena, todos ajudam nos afazeres diários. 

Cozinha (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Castanha, Gabriel Uchida, 2016, Da coleção de: Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
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Tapiri, Gabriel Uchida, 2016, Da coleção de: Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
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Jantar (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Ritual (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Apesar de poucos, os Juma mantem sua cultura viva. Um dos rituais ainda praticados é a festa da Menina Moça, evento que marca o início da vida adulta para a mulher.

Menina Moça (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Na Festa da Menina Moça, a garota passa semanas deitada em uma rede, tendo contato apenas com os pais. Após este tempo de preparação, a família se reúne em uma madrugada e são entoados cânticos, que tratam do sofrimento que será a vida adulta para a jovem. A menina é retirada da rede, pintada e enfeitada com pulseiras e colares. Então, é levada ao rio para ser banhada e logo após começa a trabalhar pilando a castanha. Neste dia a garota é responsável por preparar a comida para todos. 

Ritual da Menina Moça (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Festa da Menina Moça

Fogo (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Pescaria (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Apesar de resistirem, a situação dos Juma é complicada. Além da invasão de caçadores, sofrem com a pouca assistência dos órgãos públicos.

Aruká Juma (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental

Aruká Juma
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Aruká tem 82 anos. Ele e as três filhas são os últimos da etnia. Como não existem mais indígenas do mesmo povo para novos casamentos, esta é a família final dos Juma.

Créditos: história

www.KANINDE.org.br

Créditos: todas as mídias
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