Maloca antiga (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
No século 18 o povo Juma contava com cerca de 15 mil indígenas.
Casa de madeira (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Hoje são apenas quatro.
Casa (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Historicamente o povo foi dizimado por garimpeiros, seringueiros e por todas as doenças que surgiram após o contato com o homem branco. Em 1998, já com um número muito reduzido, os Juma foram levados de sua área original para a aldeia Alto Jamari, dos índios Uru-eu-wau-wau. Por se tratar de uma etnia completamente diferente, apesar de falarem a mesma língua, sofreram com o choque cultural e se sentiam marginalizados, além da saudade da terra natal. O retorno ao território Juma aconteceu apenas em 2013.
Pescaria (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Os Juma pescam, caçam e plantam em seu território. O rio é peça fundamental no cotidiano da comunidade. É nele onde os indígenas se banham, lavam a roupa, puxam água para a aldeia e é também a principal via de locomoção.
Pescaria (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Banho (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Na aldeia Juma as crianças também pescam e as mulheres também caçam. Por ser uma comunidade pequena, todos ajudam nos afazeres diários.
Cozinha (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Jantar (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Ritual (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Apesar de poucos, os Juma mantem sua cultura viva. Um dos rituais ainda praticados é a festa da Menina Moça, evento que marca o início da vida adulta para a mulher.
Na Festa da Menina Moça, a garota passa semanas deitada em uma rede, tendo contato apenas com os pais. Após este tempo de preparação, a família se reúne em uma madrugada e são entoados cânticos, que tratam do sofrimento que será a vida adulta para a jovem. A menina é retirada da rede, pintada e enfeitada com pulseiras e colares. Então, é levada ao rio para ser banhada e logo após começa a trabalhar pilando a castanha. Neste dia a garota é responsável por preparar a comida para todos.
Ritual da Menina Moça (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Festa da Menina Moça
Fogo (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Pescaria (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Apesar de resistirem, a situação dos Juma é complicada. Além da invasão de caçadores, sofrem com a pouca assistência dos órgãos públicos.
Aruká Juma (2016), de Gabriel UchidaKanindé - Associação de Defesa Etnoambiental
Aruká tem 82 anos. Ele e as três filhas são os últimos da etnia. Como não existem mais indígenas do mesmo povo para novos casamentos, esta é a família final dos Juma.
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