Frida Kahlo na moda

por Laird Borrelli-Persson

Jean Paul Gaultier, primavera de 1998 (1997-10-19)Condé Nast Archive

Na diferença, há força. "Eu costumava pensar que era a pessoa mais estranha do mundo", disse uma vez Frida Kahlo, a pintora mexicana que se tornou uma inspiração para pessoas de fora, bem como as que estão ligadas ao mundo da moda.

As aparências enganam (1934), de Frida KahloMuseo Frida Kahlo

Debilitada pela pólio e devido a um acidente de ônibus que mudou sua vida, essa mulher corajosa era independente, valente e revolucionária, tanto sexualmente quanto no estilo de vestir.

Jean Paul Gaultier, primavera de 1998 (1997-10-19), de Guy MarineauCondé Nast Archive

Ela teve amantes de ambos os sexos e, às vezes, ousava sair em roupas masculinas: ambas tabus em sua época.

Frida Kahlo, fotografada para a edição de 1º de outubro de 1937 da Vogue. (1937-10-01), de Toni FrissellCondé Nast Archive

No entanto, quando o retrato de Kahlo apareceu na edição de outubro de 1937 da Vogue, ela estava vestindo roupas mais tradicionais. "Señoras do México" documentou a vida social da elite.

Toni Frissell, mais conhecida por suas fotos ativas e ao ar livre de mulheres da sociedade, tirou a fotografia. Nela, Kahlo usa uma blusa de bolinhas com babados, saia longa com barra e babados, e brincos em forma de gota. Seus cabelos estão repartidos ao meio e puxados para trás em duas tranças, e ela segura um lindo lenço vinho com franjas acima da cabeça.

Jean Paul Gaultier, primavera de 1998 (1997-10-19), de Dan LeccaCondé Nast Archive

Esse xale se assemelha ao que Frida Kahlo usa na Vogue em 1937.

Installation shot of Appearances Can Be Deceiving exhibitMuseo Frida Kahlo

Como a jornalista Claire Cohen observa, Kahlo geralmente incorporava o traje nativo do "matriarcado mexicano de Tehuantepec" no guarda-roupa. Ela o usava como uma declaração política e de estilo.

Retrato de Frida Kahlo (1939), de Diego RiveraLos Angeles County Museum of Art

Kahlo era sua própria musa, e essas roupas se tornaram parte de suas narrativas de amor, dor, transformação e fantasia.

 

Frida Kahlo no Instituto de Artes de Detroit, Michigan (1932), de Guillermo KahloMuseo Frida Kahlo

Muitos estilistas de moda adotaram a pintora como musa, inspirados pelo estilo de Kahlo, como documentado em fotografias e nas pinturas dela.

Alberta Ferretti, primavera de 2014Condé Nast Archive

Alberta Ferretti, primavera de 2014

O bordado floral e os brincos em forma de gota aqui são elementos que Frida Kahlo normalmente incorporava em seu guarda-roupa.

Criaturas do conforto, primavera de 2017 (2016-09-08), de Luca TomboliniCondé Nast Archive

Creatures of Comfort, primavera de 2017

Os arreios fazem referência à pintura de Kahlo de 1944, “A coluna partida”.

Naeem Khan, primavera de 2016Condé Nast Archive

Naeem Khan, primavera de 2016

O estilista escolheu Frida Kahlo como inspiração para esse desfile.

Jean Paul Gaultier, primavera de 1998 (1997-10-19)Condé Nast Archive

Jean Paul Gaultier, primavera de 1998

Os toques surrealistas ou realistas mágicos geralmente aparecem nas pinturas de Frida Kahlo e parecem ter inspirado esses brincos em forma de olho.

O marxismo dará saúde aos doentes (1954), de Frida KahloMuseo Frida Kahlo

Creatures of Comfort, Spring 2017Condé Nast Archive

Creatures of Comfort, primavera de 2017

A jaqueta de Frida e Diego

Jean Paul Gaultier, primavera de 1998 (1997-10-19), de Guy MarineauCondé Nast Archive

Independentemente do estilo pessoal dela e de sua arte, a moda empresta imagens de Kahlo para expressar uma arte boêmia.

Dolce & Gabbana, primavera de 2015 (2014-09-21), de Yannis VlamosCondé Nast Archive

As variantes das toucas florais da pintora, que são puro romance, têm sido adotadas pelas chamadas "garotas de festivais".

Jean Paul Gaultier, primavera de 1998 (1997-10-19), de Guy MarineauCondé Nast Archive

Tendo sido apresentado às pinturas de Kahlo por Madonna e depois de sentir o espírito da pintora na casa dela (La Casa Azul, na Cidade do México), Jean Paul Gaultier apresentou uma coleção que fez uma linda homenagem a Kahlo em Paris para a temporada da primavera de 1998.

Autorretrato com vestido de veludo (1926), de Frida KahloMuseo Frida Kahlo

"A beleza, a força e a dor que emanam de suas obras me tocaram muito profundamente", diz o estilista à Vogue.

Frida Kahlo (1926), de Guillermo KahloMuseo Frida Kahlo

"Frida representa alguém sem medo e também atemporal. Eu sempre amei a diferença, e Frida não teve medo de ser diferente".

Jean Paul Gaultier, primavera de 1998 (1997-10-19), de Dan LeccaCondé Nast Archive

Até mesmo o olhar de beleza nesse desfile homenageou Frida Kahlo; note as sobrancelhas unidas.

Jean Paul Gaultier, primavera de 1998 (1997-10-19), de Dan LeccaCondé Nast Archive

Essa mensagem de inclusão, de ter orgulho, sem medo de ser quem é, empodera, se adapta a todos os tamanhos e tipos e nunca sai de moda.

Créditos: todas as mídias
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