Museu Casa de Portinari

Descubra os detalhes da casa em Brodósqui, interior de São Paulo, onde o artista ia durante suas férias

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Sala

Esta é a sala principal da Casa de Portinari, com seus mobiliários da época, como a mesa de jantar, cadeiras, algumas louças, entre outros, que ambientam a atmosfera das casas de interior do Brasil no início do século XX. Aqui, vemos o o conjunto principal de pinturas murais do Museu, criadas por Portinari e também por amigos do pintor. Eles constumavam se reunir em casa para as primeiras experimentações de Portinari com a técnica da pintura mural. Destacam-se as obras de Portinari "São Francisco Pregando aos Pássaros", de 1934, medindo 137cm x 227cm, e "Sagrado Coração de Jesus", descoberta na década de 70, após uma das reformas do Museu.

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Sala São Jorge

Em diversas das suas obras, Portinari pintou sua casa beirando a praça onde brincava na infância, em Brodowski.

Logo em frente da sala, sobre as portas, vemos a pintura mural à têmpera "São Jorge e o Dragão", medindo 61 X 244 cm, datada de 1943, a obra de maior proporção da coleção de 16 pinturas murais da casa. A imagem de São Jorge aparece em algumas luas nas paisagens retratadas pelo pintor, em apontamentos e poemas – memórias da sua infância.

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Sala dos Desenhos

Nesta sala, vemos uma singela e intimista mostra do Portinari desenhista, entre eles, estudos para o São Jorge e o Dragão, e o retrato da socialite carioca Vera Velloso. Reconhecido internacionalmente por seus grandes murais e telas a óleo, Portinari era essencialmente um desenhista.

Desde de menino, nos estudos acadêmicos durante a Escola Nacional de Belas Artes, e até o final da sua vida, quando estava proibido de pintar pelo processo de intoxicação que sofreu com as tintas, Portinari impressionava com seus desenhos à lápis de cor ou grafite.

No conjunto de sua obra, entre cinco mil pinturas, afrescos, desenhos e gravuras, foram levantados pelo Projeto Portinari mais de 2.800 desenhos, produzidos com diversos materiais, como carvão, nanquim a bico de pena, nanquim a pincel, crayon, guache e aquarela, além do grafite, do lápis de cor. Para os seus maiores murais, há centenas de estudos e esboços.

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Sala dos Afrescos

Aqui, podemos entender um pouco sobre o afresco, a pintura mural e suas técnicas. Ao longo da sua trajetória de pintor, Portinari produziu dezenas de afrescos, desde estes em sua própria casa, até os 12 grandes e célebres Ciclios Econômicos no Palácio Gustavo Capanema, antigo Ministério da Educação do Brasil, e a série sobre as Américas, na Biblioteca do Congresso, em Washignton, DC.

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Cozinha

Como na maioria das casas das famílias de origem italiana, a cozinha era o coração, onde todos se reuniam para refeições e conversas ao lado do fogão a lenha, com café e quitutes. Os mobiliários e utensílios originais também remontam o ambiente em que Portinari viveu durante 15 anos da sua vida, e onde sempre retornou para reencontrar familiares e amigos de infância. Essas cadeiras de palha de itaboa foram construídas pelo seu pai, seu Batista Portinari.

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Ateliê

Finalmente estamos no Ateliê do artista, com objetos de trabalho como tintas, pincéis, telas e cavaletes que dividem o espaço com a pintura mural "Fuga Para o Egito", datada de 1937 e de técnica afresco. Como o pintor saiu de Brodowski para o Rio de Janeiro com 15 anos, este ateliê foi montado para a produção do artista, já renomado. Era neste ateliê que Portinari pintava quando passava férias em Brodowski com a família, muitos retratos da família foram feitos aqui, além de obras como "Bois e Espantalho", de 1940, e "Banda de Música", de 1957. Inclusive a obra "Sapateiro de Brodowski", de 1941, que mede quase 2 metros e atualmente acervo dos Museus Castro Maya.

Como a construção da casa aconteceu sem planejamento, junto com o crescimento da família (Portinari era o segundo filho de 12 irmãos), os cômodos foram dispostos sem muita lógica arquitetônica. Saindo do Ateliê, passamos pelos Banheiros e, no corredor à esquerda, chegamos ao Hall, com a árvore genealógica da Família Portinari.

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Capela da Nona

Em 1940, Portinari mandou construir esta capela para sua avó Nona, italiana, católica, que estava muito idosa e doente e já não podia mais se locomover para ir à igreja praticar sua devoção. Nas paredes da capela, Portinari pintou os santos prediletos de sua Nona, retratados pelo artista com a fisionomia de amigos e parentes.

A frente, a trás do altar, Santa Luzia (similar a Aida Portinari) e São Pedro (parecido com Batista Portinari).

Na parede à esquerda, São João Batista (baseado nas feições de Luiz Portinari), Encontro de Nossa Senhora e Santa Isabel (inspiradas em Olga Portinari e Maria Victoria Portinari), e Jesus (um dos amigos do pintor).

Na parede à direita, ao fundo, São Francisco de Assis (que é na verdade Paulino Portinari), A Sagrada Famíla. e Santo Antonio de Padua.

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Quarto das Irmãs

Portinari tinha 6 irmãs: Pelegrina (Táta), Maria, Ida, Julieta, Olga e Ines. Neste quarto podemos ver toda a atmosfera feminina da família. Enquanto Portinari desenhava e pintava o Brasil, suas irmãs se dedicavam a costura, bordados e rendas manuais. Mais do que isso alinhavavam os laços da família de imigrantes italianos. Além da mobília original, podemos ver algumas dessas peças produzidas pelas mãos artesãs das mulheres da Família Portinari.

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Quarto do Artista

Este é o quarto do artista. Portinari nasceu na Fazenda Santa Rosa, onde seus pais eram lavradores. Em 1906, Dona Dominga e Seu Batista se mudaram para esta casa em Brodowski, para trabalharem como comerciantes. Portinari tinha 3 anos. Morou nesta casa até sua adolescência, quando decidiu partir de trem para o Rio de Janeiro para estudar pintura. Estes móveis, roupas, sapatos, malas e objetos de uso pessoal do pintor, bem como fotografias de época, nos ajudam a contar a história de Portinari. Neste quarto, Portinari ficava sempre que retornava a Brodowski de férias com a família.

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Jardins

Estes jardins conservam elementos do tempo em que a família residia na casa. Os canteiros formando a palavra DIO (Deus em italiano) foram projetados por Portinari, as roseiras eram cuidadas com esmero por Dona Dominga, sua mãe. Seguindo por um dos caminhos, à esquerda, encontramos a Capela da Nona.

Créditos: todas as mídias
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