Museu Internacional de Escultura ContemporâneaISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso
O Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC_ST) foi criado numa iniciativa conjunta entre o escultor Português Alberto Carneiro e a Câmara Municipal de Santo Tirso, em 1991, embora Alberto Carneiro refira que "tudo começou em 1987, quando o presidente da Câmara Joaquim Couto me pediu para fazer uma escultura para uma das praças de Santo Tirso ". Pouco tempo depois, após ter sido solicitado para uma segunda peça, Alberto Carneiro sugeriu ao presidente da Câmara que "um importante museu de escultura contemporânea poderia ser criado na cidade, através de dez simpósios bienais, que incluíssem artistas portugueses e artistas estrangeiros convidados, ao longo de um período de vinte anos". A visão de Alberto Carneiro foi desde logo implementada, com o primeiro desses simpósios a ser realizado em 1991. Para a terceira edição, Alberto Carneiro convidou Gerard Xuriguera, um crítico de arte Francês, para ser responsável pela selecção dos escultores estrangeiros, enquanto ele próprio se encarregaria de escolher os artistas Portugueses. Criado em 1996, o MIEC_ST abriu oficialmente as suas simbólicas portas em 1997, após o 4º Simpósio Internacional de Escultura. Dez simpósios depois e vinte e sete anos mais tarde, o MIEC_ST é agora composto por cinquenta e quatro esculturas, representadas por cinquenta e três artistas distintos, distribuídos por toda a cidade.
Reinhard Klessinger // "A Natureza Da Pedra"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
A Natureza Da Pedra
A escultura, realizada por Reinhard Klessinger, em 1991, foi construída para o primeiro Simpósio Internacional de Escultura. Os materiais utilizados na criação desta peça consistem em granito, ferro e vidro.
A Natureza Da Pedra (1991) de Reinhard KlessingerISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
A escultura é consistente com o trabalho que Klessinger tem vindo a desenvolver, em que se estimulam as relações entre materiais contrastantes.
A Natureza Da Pedra (1991) de Reinhard KlessingerISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Estes elementos locais de memória ancestral estabelecem uma complexa relação que gera um espaço próprio, conduzindo assim a uma experiência simbólica do lugar.
A Natureza Da Pedra (1991) de Reinhard KlessingerISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
A escultura assemelha-se a círculos de iniciação de cromeleques pré-históricos, onde menires se erguem em círculos, para o culto das estrelas e da natureza.
A Natureza Da Pedra (1991) de Reinhard KlessingerISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Relacionando a brutalidade de alguns elementos com a leveza de outros, a escultura cria uma espécie de atmosfera que remete para os lugares de rituais religiosos ou encontros tribais.
Josep Maria Camí // "Feto"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Feto
A escultura, realizada por Josep Maria Camí, em 1997, foi construída para o quarto Simpósio Internacional de Escultura. Granito foi o único material utilizado na criação desta peça.
Feto (1997) de Josep Maria CamíISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
O discurso escultórico de Josep Maria Camí impregna-se de certos aspetos do primitivismo arquetípico, acentuado ainda por matrizes arqueológicas e signos ancestrais.
Feto (1997) de Josep Maria CamíISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Camí problematiza a relação entre o mundo figurativo com referências naturalistas e o mundo abstrato informado pela geometria pura.
As obras de Camí, incluindo a escultura apresentada, permitem também uma leitura orgânica de ritmos agressivos e desobedientes, assim como vestígios ou fragmentos de objetos impregnados de aspereza e rugosidade textural.
Feto (1997) de Josep Maria CamíISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
A escultura apresenta-se como um cone ligeiramente torcido e alongado, constituído por quarto secções, assemelhando-se a cornos de animais, trompetes de caça ou búzios, aludindo em última instância a formas arcaicas da escultura.
Paul Van Hoeydonck // "Le Nom D’un Fou Se Trouve Partout"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Le Nom D’un Fou Se Trouve Partout
A escultura, realizada por Paul Van Hoeydonck, em 1997, foi construída para o quarto Simpósio Internacional de Escultura. Granito foi o único material utilizado na criação desta peça.
Le Nom D’un Fou Se Trouve Partout (1997) de Paul Van HoeydonckISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Autor de uma obra multifacetada, Hoeydonck sempre dirigiu a sua atenção para as complexas relações entre o homem e a tecnologia, nomeadamente para as interrogações que nos suscitam a capacidade de imaginar as cidades do futuro.
Le Nom D’un Fou Se Trouve Partout (1997) de Paul Van HoeydonckISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
A escultura figura uma espécie de alienígena esquematizado com traços cómicos que reforçam a componente lúdica do conjunto.
Le Nom D’un Fou Se Trouve Partout (1997) de Paul Van HoeydonckISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Uma criatura geométrica surpreendente conduz-nos a meditar sobre outras formas de vida que, existindo na natureza, nos podem convocar outras culturas imemoriais, num jogo de tempo e ficção.
Mark Brusse // "O Guardião Da Pedra Que Dorme"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
O Guardião Da Pedra Que Dorme
A escultura, realizada por Mark Brusse, em 1999, foi construída para o quinto Simpósio Internacional de Escultura. Granito foi o único material utilizado na criação desta peça.
O Guardião Da Pedra Que Dorme (1999) de Mark BrusseISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Mark Brusse procura sempre aquilo que se lhe revela como fonte de inspiração, deslocando-se constantemente na exploração das diferenças que as culturas e os espaços lhe propiciam. Em Brusse, os significados encontram-se para lá do que nos parece identificado.
Com um par de cortes superficiais, assemelhando-se a pálpebras fechadas e duas narinas rudimentares na superfície granítica, a pedra foi transformada numa criatura que precisa de ser protegida durante o seu sono.
O Guardião Da Pedra Que Dorme (1999) de Mark BrusseISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Em relação à figura do macaco presente na escultura, Brusse explica que "queria que a minha pedra, durante o seu sono, tivesse um guardião, e o guardião é o sábio macaco sentado na sua casa".
O macaco sentinela é o protagonista da obra, que não dando ouvidos ao barulho mundano que decorre na praça, vigia-nos desde o seu posto reclamando o silêncio num gesto pleno de ironia e humor.
Peter Klasen // "Sem Título"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Sem Título
A escultura, realizada por Peter Klasen, em 2004, foi construída para o oitavo Simpósio Internacional de Escultura. Os materiais utilizados na criação desta peça consistem em ferro e betão.
Sem Título (2004) de Peter KlasenISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Peter Klasen desenvolveu um discurso pessoal e flexível ao longo da sua carreira, explorando e reinterpretando uma iconografia baseada em signos gráficos sociais e urbanos da atualidade, de acordo com a tradição estética da Arte Pop.
Sem Título (2004) de Peter KlasenISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Nesta peça, Klasen usa algumas das estratégias da Arte Pop: ampliação formal de elementos retirados do quotidiano, propondo novas relações de escala e convertendo esses elementos em autênticos ícones.
Sem Título (2004) de Peter KlasenISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Embora os seus detalhes permitam identificar elementos mecânicos ou partes de um dispositivo eletrónico, somos confrontados com um artefato onde o seu estranho desenho espacial nos fascina e eletriza.
Sem Título (2004) de Peter KlasenISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Estruturada formalmente em duas partes, uma pesada e terrena e outra aérea, colorida e delicada, a peça desenha um arco que oferece a aparência de uma arquitetura infantil ou de um gigantesco brinquedo lúdico-construtivo.
Leopoldo Maler // "Diagonalmente Correto"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Diagonalmente Correto
A escultura, realizada por Leopoldo Maler, em 2004, foi construída para o oitavo Simpósio Internacional de Escultura. Betão foi o único material usado na criação desta peça.
Diagonalmente Correto (2004) de Leopoldo MalerISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
"Diagonalmente Correto" desenvolve-se a partir de uma figura retangular parcialmente enterrada e seccionada em duas partes por uma curva sinuosa. É a primeira escultura monumental não figurativa de Maler.
Diagonalmente Correto (2004) de Leopoldo MalerISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
O peso da escultura é contrastado não só pela elegância das suas formas, mas também pelo divertido jogo de cores que fazem da sua estrutura um espaço afável e agradável para a contemplação.
Diagonalmente Correto (2004) de Leopoldo MalerISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Maler revelou que, depois de ter feito a escultura, descobriu que "o trabalho está cortado em duas partes e uma das partes tem a forma de um "S", que pode ser um símbolo de Santo Tirso".
Jacques Villeglé // "Cubo"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Cubo
A escultura, realizada por Jacques Villeglé, em 2012, foi construída para o nono Simpósio Internacional de Escultura. Os materiais utilizados na criação desta peça consistem em azulejo e betão.
Cubo (2012) de Jacques VillegléISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Interessado desde sempre pela tipografia e pela pesquisa gráfica, Villeglé começou a criar, a partir de 1969, um “alfabeto sociopolítico”.
Cubo (2012) de Jacques VillegléISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Cubo (2012) de Jacques VillegléISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
O alfabeto, representado na escultura, é composto por símbolos políticos, religiosos e monetários, em vez de letras. Desde então, este alfabeto tem sido um dos temas principais do trabalho de Villeglé.
Cubo (2012) de Jacques VillegléISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Philippe Perrin // "Razorblade"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Razorblade
A escultura, realizada por Philippe Perrin, em 2012, foi construída para o nono Simpósio Internacional de Escultura. Aço inox foi o único material utilizado na criação desta peça.
Razorblade (2012) de Philippe PerrinISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
A selecção de temas de Philippe Perrin segue um critério muito particular. Os objetos escolhidos pelo artista incluem, de forma geral, instrumentos conotados pela violência e vandalismo, assim como a religião.
Razorblade (2012) de Philippe PerrinISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Perrin é particularmente conhecido pelos seus objetos em grande escala, sobretudo armas, mas também canivetes, lâminas de barbear, rosários, anéis ou coroas de arame farpado.
Razorblade (2012) de Philippe PerrinISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
“Razorblade” transmite algumas das opções estéticas da escultura Pop dos anos 60, onde a vulgaridade dos objetos quotidianos é monumentalizada através de ampliações de escala, convertendo esses objetos em ícones introduzindo-lhes uma estranheza sedutora.
Denis Monfleur // "Le Porteur De Vide"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Le Porteur De Vide
A escultura, realizada por Denis Monfleur, em 2015, foi construída para o décimo (e último) Simpósio Internacional de Escultura. Granito foi o único material utilizado na criação desta peça.
Le Porteur De Vide (2015) de Denis MonfleurISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Denis Monfleur pertence ao núcleo de escultores contemporâneos que mantêm viva a ancestral prática escultórica próxima da escultura por subtração, isto é, a escultura por talhe direto sobre a matéria.
Le Porteur De Vide (2015) de Denis MonfleurISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
A preferência de Monfleur recai sobre materiais mais duros, como o granito e o basalto para esculpir esculturas monumentais ou obras de pequeno porte. O escultor soube traçar, ao longo dos últimos anos, uma identidade singular na forma como devasta, amanha ou desenha a matéria com que se confronta.
Le Porteur De Vide (2015) de Denis MonfleurISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
As qualidades plásticas da forma inacabada e do gesto sugerido enfatizam a necessidade da participação ativa do espectador na construção do significado e valor da peça.
Pierre Marie Lejeune // "Piège À Ciel"ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Piège À Ciel
A escultura, realizada por Pierre Marie Lejeune, em 2015, foi construída para o décimo (e último) Simpósio Internacional de Escultura. Aço inoxidável foi o único material utilizado na criação desta peça.
Piège À Ciel (2015) de Pierre Marie LejeuneISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Definindo-se como um escultor-desenhador, Lejeune tem vindo a desenvolver um repertório de formas que caracterizam todo o seu trabalho e que se assemelham aos carateres de um alfabeto imaginário em constante evolução.
Piège À Ciel (2015) de Pierre Marie LejeuneISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Os materiais preferenciais de Lejeune são o metal (aço, aço inox ou latão), o vidro, o espelho, a água e a luz, que o artista prefere usar em bruto, procedendo ao mínimo de intervenção sobre eles.
Piège À Ciel (2015) de Pierre Marie LejeuneISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
"Piège À Ciel" é uma peça rigorosa e refinada que desenvolve uma relação íntima com o ambiente através de reflexos nas superfícies de acabamento espelhado.
Este projecto foi desenvolvido por alunos e professores do Mestrado em Estudos Interculturais para Negócios do ISCAP (Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto) e pelo CEI (Centro de Estudos Interculturais) em associação com o MIEC_ST (Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso) e a Câmara Municipal de Santo Tirso.
Coordenadora do Projeto: Sara Pascoal
Professores: Laura Tallone, Marco Furtado, Sandra Ribeiro
Alunos: Hugo Costa (project developer), Alexandra Mechsheryakova, Ana Filipa Lopes, Diana Gonçalves, Diana Kruma, Goreti Araújo, José Pereira, Luísa Silva, Sara Barros, Tiago Gonçalves e Vera Vieira