Arte como Expressão

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Teoria da Arte como Expressão (Expressivismo)

A arte deriva do latim “ars” e do grego “teknê” que quer dizer técnica/habilidade e é a criação intencional do artista. O longo deste período foram estudadas várias teorias sobre a natureza da arte que tentaram definir as características comuns a todas as obras de arte, sendo elas a teoria da arte como imitação, a teoria da arte como expressão e a teoria formalista. Nesta galeria vamos abordar apenas a Teoria da Arte como Expressão dando a conhecer um pouco acerca desta e mostrando alguns exemplos de obras de arte que se enquadram nesta teoria. Juntamente com cada obra, vem um texto interpretativo relacionado com a mesma e com o seu criador que pretende explicitar a relação que cada obra tem com esta teoria. Por fim, sugerimos também a visualização de um vídeo escolhido por nós. Segundo a teoria expressivista defendida pelo escritor russo L. Tolstoi, as obras de arte são a expressão e comunicação intencional de um sentimento vivido pelo artista para provocar o mesmo sentimento no público receptor, ou seja, não há arte quando o espetador não sente qualquer emoção ou quando a que sente não é idêntica à do artista. Sendo o critério de apreciação do valor da obra de arte baseado na capacidade de comunicar e de suscitar a mesma emoção no público receptor. Algumas das caraterísticas do expressivismo são a transmissão de sentimentos humanos e intensas emoções por parte das obras, a deformação da realidade para expressar de forma subjectiva a natureza e o ser humano, dando primazia à forma como ele próprio vê a realidade, o uso de cores vibrantes e jogos de luz e a distorção intencional das imagens. Há também uma preferência para transmitir sensações relacionadas com o trágico e o sombrio. Alguns dos argumentos que fundamentam esta teoria são o facto de uma pintura ter sempre de expressar algum sentimento e de a marca da arte estar na capacidade para imaginar uma emoção e no talento para expressá-la, o artista criar intencionalmente a obra com o objetivo de provocar uma emoção específica no seu recetor e o facto de a emoção estética sentida pelo espectador aquando da contemplação desinteressada ser idêntica à emoção expressa pelo criador.

“Two sisters (On the terrace)” foi elaborada por Auguste Renoir utilizando a técnica de óleo sobre tela, no terraço do restaurante da família Fournaise no rio Sena em Chatou desde 3 Julho de 2001 a 16 de setembro de 2001, estando atualmente exposta Art Institute of Chicago. Pierre Auguste Renoir foi um importante artista plástico francês fazendo parte do expressivismo e destacando-se pelas suas lindas pinturas. Nasceu em 25 de fevereiro de 184, na cidade francesa de Limoges e morreu em 3 de dezembro de 1919 em Cagnes-sur-Mer (cidade no sudoeste da França). O plano de fundo descreve o decurso de um rio com seus barcos de madeira, enquanto que no plano principal apresenta-se uma senhora e uma menina que exprimem a cumplicidade entre elas e a sua inocência realçada pelo seu olhar de tranquilidade. O seu sorriso transmite-nos a ideia de paz interior vivida pelo artista aquando da criação desta obra. O realce de certas cores (caraterística específica do expressivismo) como por exemplo o azul e o laranja presente no vestuário das meninas, representa a união entre elas e entre elas e o meio envolvente, completando-se e dando a ideia de unidade entre a simplicidade das meninas e a pureza da natureza. A realidade foi destorcida (como por exemplo nas cores), pois o que importa não é imitar a realidade mas sim, transmiti-la como o artista a vê e a sente. Esta obra exibe algumas das características do expressivismo, as cores resplandecentes e vibrantes expressando sentimentos humanos e intensas emoções, podendo destacar o brilhante da água, a brincadeira com as flores e folhagens no plano de fundo, o botão no peito da menina mais velhas, o terço das duas jovens, o brilhante chapéu avermelhado da menina mais velha, a repercussão da cor expressada pelo verde fresco do fundo, a pele macia. Para o pintor, a senhora e a menina ao seu lado não eram realmente relacionadas. O negociante de arte Paul Durand-Ruel inventou o título de duas irmãs, quando ele comprou a pintura de Renoir, em Julho de 1881.
Breton Girls Dancing, Pont-Aven, Paul Gauguin, 1888, From the collection of: National Gallery of Art, Washington DC
"Breton Girls Dancing" é uma obra realizada por Paul Gauguin e concluída em 1888, na Pont-aven, em França, estando atualmente em e*posição na National Gallery of Art, Washingon, DC, USA. O pintor usou a técnica de pintura a óleo sobre tela e o quadro apresenta as seguintes dimensões: 87.6 * 106 cm. Eugène-Henri-Paul Gauguin (Paris, 7 de Junho de 1848 – Ilhas Marquesas, 8 de Maio de 1903) foi um pintor francês que pintava a natureza tal como ele a sente, o seu intenso cromatismo afasta-o de qualquer limitação naturalista e apro*ima-o das emoções que pretende transmitir. Aos 35 anos, decidiu dedicar-se totalmente à pintura, começando assim uma vida de viagens e boémia, que resultou numa produção artística singular. Este quadro, que representa a cidade de Pont-Aven e sua torre da igreja como se pode observar no plano de fundo da cena, é um bom e*emplar daquilo que é uma obra do e*pressivismo pois ao observá-la podemos reconhecer certos sentimentos e emoções sentidos pelo artista no momento da criação artística. O jogo de sombras no rosto das crianças reflete uma certa tristeza que é também partilhada pelo cão. Deste modo, a obra torna-se um pouco ambígua pois este sentimento contraria a proveniente da dança aqui retratada. Nesta obra, e*iste também uma ilusão de movimento realçado pelo jogo de sombras, e pelos fortes contrastes de cor: os vestidos escuros e colarinhos brancos, as papoilas brilhantes ligados às suas batas, e o verde do feno, o que dá dinâmica à obra, tal como acontece em várias outras obras que representam o e*pressivismo. As raparigas, por apresentarem tonalidades mais escuras nas roupas, são destacadas. As mãos dadas simbolizam a união que há entre os mais novos, a sua entreajuda e amizade.
A Seascape, Shipping by Moonlight, Claude Monet, About 1864, From the collection of: National Galleries Scotland: National
“A seascape, Shipping by Moonlight” é uma pintura de Claude Monet acabada em 1864, que utilizou a técnica de óleo sobre tela. Este quadro está atualmente em e*posição na Scottish National Gallery e apresenta as seguintes dimensões: 738 * 600 cm. Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 — Giverny, 5 de dezembro de1926) foi um pintor francês e um dos mais importantes representantes do impressionismo. Através da observação desta pintura, podemos afirmar que se enquadra na teoria da arte como e*pressão pois suscita no espetador muitas emoções fortes, emoções essas que foram sentidas pelo criador quadro fez esta obra de arte. A turbulência do mar e a escuridão das nuvens que obscurecem a lua suscita no espetador uma sensação de desalento, tristeza e vazio que também foi sentido pelo artista aquando da morte da morte de Camila e Alice Hoschéd, sua primeira e segunda mulher, respetivamente e aquando do agravamento do seu problema de visão. Nesta pintura está representado o porto de Honfleur, na Normandia, onde os efeitos de luz ousados do porto e os refle*os na água contribuem para o impacto bastante dramático da cena. Os veleiros e navios a vapor fornecem fortes silhuetas escuras contra os outros elementos e podem ser comparados ao próprio criador que desde sedo atravessou períodos mais ****** na sua vida. É também de destacar o farol e o seu refle*o na água que criam mais um ponto de interesse nesta obra e que contrasta com os tons escuros do mar. Esta é uma das primeiras obras de Monet. Ele comentou, mais tarde, a sua admiração por cenas de luar, mas também sobre as dificuldades envolvidas na pintura da natureza durante a noite.
The Murder, Paul Cézanne, 1867/1870, From the collection of: Walker Art Gallery, Liverpool
“The Murder”é uma pintura de Paul Cézanne (Ai*-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 — 22 de outubro de 1906) realizada de 1867 a 1870, através da técnica de óleo sobre tela. Esta pintura está e*posta na Walker Art Gallery, Liverpool, UK e apresenta as seguintes dimensões: 810 * 640 cm. Este pintor teve como inspiração os seus problemas familiares (tinha uma relação problemática com o pai – fabricante de chapéus) e os assassinatos em romances escritos na década de 1860 por Emile Zola, amigo de longa data de Cézanne. Escolhemos esta obra pois transmite-nos as emoções sentidas pelo artista ao realizar a obra tais como fúria, raiva e tristeza e porque nesta obra as cores/formas estão destorcidas/alteradas, ou seja, estamos a ver a visão do artista perante esta representação. há também uma preocupação do artista perant o uso da cor e da luz de maneira a transmitir melhor as emoções (caraterística do e*pressivismo). “The Murder” é bastante diferente para seu trabalho posterior. Foi pintado em um momento em que Cézanne ainda estava sob a influência de mestres antigos como Géricault e Velazquez. O movimento radical do ********* masculino, óbvio no seu casaco e nas suas pernas e o facto de estas e as mãos estarem alongadas e distorcidas transmitem a energia/dinãmica do momento. Podemos observar que o ********* está levantando sua mão pronto para dar o golpe final, enquanto que o outro homem está a tentar segurar a vítima. O corpo da vítima quase desapareceu sob a força dos dois *********s.As cores avermelhadas e escuras do fundo fazem lembrar sangue e morte e por isso transmitem uma sensação de tristeza e dor, pela situação descrita e o jogo de sombras nas roupas dos três indivíduos acentua o dramatismo da obra. A cara da senhora e*prime em parte desespero mas também desalento por já saber qual é o seu destino.
The Scream, Edvard Munch, 1910, From the collection of: The Munch Museum, Oslo
Esta obra foi realizada por Edvard Munch e finalizada em 1893 e é um dos quadros mais conhecidos do autor. Tem as seguintes dimensões: 660 * 830 cm. Munch em todos os seus quadros transpareceu as suas emoções, sendo por isso considerado um pintor do e*pressionismo. “O Grito”, pertence a uma série de 4 obras feitas por este pintor, em que se destaca a paisagem que é igual em todos esses 4 quadros, um desses é “An*iety”, que se encontra também nesta galeria. Munch produziu várias versões de O Grito. Esta obra é uma das melhores representações do espressivismo pois estão representados sentimentos vividos pelo ator e que são também sentidos pelo público quando contempla esta obra. O grito é baseado em uma e*periência de Munch teve quando estava em Ekebergåsen (Christiania) com dois amigos e o sol estava-se a pôr. Munch afirmou mais tarde que de repente o céu ficou vermelho sangue e ele sentindo-se e*austo inclinou-se em cima do muro. Os seus amigos foram andando e ele ficou ali a tremer de angústia e a sentir um grito infinito. O Grito pode ser encontrado na vida pessoal do próprio Munch, um homem educado por um pai controlador, que assistiu quando criança à morte da mãe e de uma irmã. Esta obra transmite-nos uma certa angústia, que é possível verificar, através das cores da personagem representada no quadro. Uma das emoções mais e*plícitas neste quadro é o medo, pois apercebe-se pela visualização do rosto e da posição das mãos da personagem. Pode-se também concluir que essa emoção de medo e desespero provém possivelmente de uma doença, pois, o homem representado, encontra-se sem cabelo, o que nos pode levar a indicar a sua situação precária. Esta obra transmite-nos também o horror vivido em total isolamento por um único ser, A dor do grito está presente não só na personagem, mas também no fundo, um céu (com cores quentes), em oposição ao rio em azul (cor fria) característica do e*pressionismo. Os elementos descritos estão tortos, como se reproduzindo o grito dado pela figura (ondas sonoras). Podemos então sentir a dor e o grito dado pelo personagem, inserido o observador no quadro e ficando também com vontade de gritar.
Anxiety, Edvard Munch, 1894, From the collection of: The Munch Museum, Oslo
Este quadro foi realizado por Edvard Munch em 1894, e é intitulado de “Anxiety”. Edvard Munch foi um pintor Norueguês que nasceu em 12 de Dezembro de 1863 e faleceu falecido a 23 de Janeiro de 1944. Foi um grande pintor do movimento estético Expressionismo. Realizou obras conhecidas a nível mundial, sendo também obras muito adoradas pelo público e com um valor no mercado bastante elevado. Esta obra, “Anxiety”, que em português quer dizer “ansiedade”, repete muitos dos elementos de “O Grito”, (uma das obras mais conhecidas de Munch). Uma prova destes elementos repetidos, é a paisagem, pois em ambas as obras, se visualiza o mesmo cais. Esta obra foi escolhida por nós, pois representa muito bem o expressionismo, isto é, através da visualização da obra conseguimos perceber e sentir os sentimentos vividos por Munch ao realizar este quadro. Pode-se perceber os sentimentos de desespero e angústia, partilhados pela população representada na obra. No entanto, o sentimento que se sente, maioritariamente, ao ver o quadro é a ansiedade, daí o nome da obra, pois verifica-se nos rostos pálidos e fantasmagóricos da população representada uma certa ansiedade, caminhando em linha, como se fosse uma procissão fúnebre. Os tons sombrios dos rostos das pessoas que parecem olhar de frente os espetadores e os redemoinhos intensos de forma concêntrica do fundo (que parecem abraçar o céu) transmitem um certo sentimento de angústia e ansiedade pois parece que a multidão está-nos a querer transmitir algo. Pode-se por isto concluir que a obra representa perfeitamente o expressionismo, pois as emoções vividas, pelo artista e pelo público, são idênticas.
Credits: All media
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