A bacia do Fonseca, localizada na região do Quadrilátero Ferrífero, no estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil, é um exemplo clássico de sedimentos terciários, tendo despertado o interesse de diversos pesquisadores desde a segunda metade do século passado, por conter depósitos de “canga”, linhita e sedimentos fossilíferos. Os principais litotipos constituem os sedimentos arenosos e argilosos, provavelmente Eoceno, da Formação Fonseca. Esses depósitos são cobertos pelos conglomerados ferruginosos (“canga”) da Formação Chapada de Canga. O registro fossilífero da Formação Fonseca é caracterizado por uma grande variedade de famílias de Angiospermas, sendo Melastomataceae e Mimosaceae as mais abundantes. A pequena bacia do Fonseca, localizada na região do Quadrilátero Ferrífero, no estado de Minas Gerais, representa um exemplo clássico de sedimentos terciários no Brasil e aqui é reconhecida como um importante sítio geológico e paleontológico brasileiro. Desde os primeiros estudos realizados por Gorceix (1876, 1884), a importância desta bacia para o conhecimento da flora terciária brasileira tem sido admitida por diversos pesquisadores. O interesse geológico e paleontológico na bacia do Fonseca tem razões econômicas e científicas, em ambos os casos devido às jazidas de canga e, principalmente, de linhita. Estes, ocasionalmente explorados economicamente, conservam uma excepcional riqueza de fósseis vegetais, o que atesta a presença de vegetação luxuriante para a idade de formação dos depósitos.
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