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Telégrafo Impressor Hughes

David Edward Hughes1885 - Século XIX

Fundação Portuguesa das Comunicações

Fundação Portuguesa das Comunicações
Lisboa, Portugal

Telégrafo Impressor Hughes, constituído por uma mesa retangular de cor preta e com um friso metálico verde escuro com 4 decorações do tipo floral, nas partes laterais. Na parte superior à frente, tem um teclado de marfim tipo piano, constituído por 14 teclas de cor preta, nas quais se encontram gravados os nºs de 1 a 10, os sinais ortográficos e as letras alfabéticas de A a N, bem como 14 teclas de cor branca, na face superior, nas quais se encontram gravadas os restantes sinais ortográficos. Na parte posterior da mesa, encontra-se o sistema eletromecânico destinado ao funcionamento do aparelho. Para iniciar uma transmissão aciona-se o sistema, através de um conjunto de pesos que cria uma energia elétrica de indução necessária para transmitir eletricamente os sinais alfanuméricos, bastando para isso atuar nas teclas correspondentes acima referidas. A mensagem recebida é impressa em fita, através de um sistema mecânico adaptado para o efeito. A fita encontra-se numa bobine, junto da qual se encontra, uma estante para colocação da mensagem a enviar. A fita rececionada era cortada e colada no impresso próprio para entrega ao destinatário. Junto ao mecanismo eletromecânico existe uma alavanca comutadora que permite selecionar a posição de funcionamento de receção ou de emissão do aparelho. O sistema mecânico é constituído por engrenagens do tipo relojoaria, em latão, cobre e guta-percha. Na parte inferior, o sistema mecânico funciona através de pesos em chumbo, elevados por um sistema de pedal, que transmitia a força ao mecanismo através de uma corrente metálica. Em 1855, David Edward Hughes, enquanto músico, pretendia inventar um mecanismo para transcrever as notas musicais durante a execução de uma peça no piano, e assim por acidente, nasceu o telégrafo impressor. Com um teclado semelhante ao de um piano, foi o primeiro a utilizar caracteres comuns, não sendo necessária a sua tradução, e podia transmitir até 60 palavras por minuto, permitindo ainda a impressão destes caracteres numa fita que seria colada diretamente no impresso telegráfico de entrega. Por ser de uma velocidade de transmissão bastante rápida, foi utilizado em linhas de grande congestionamento. O telégrafo de Hughes foi o modelo mais perfeito dos aparelhos impressores de movimento sincrónico e o precursor do sistema de multiplexagem na telegrafia adotado mais tarde por Émile Baudot. Este sistema entrou em funcionamento no nosso Pais a partir de 1880.

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