São Pantaleão começa a ser cultuado na cidade do Porto em meados do século XV. Mártir do século IV, São Pantaleão foi médico do imperador Galério Maximiano, tendo sofrido várias torturas e a morte por decapitação, por não renunciar à sua fé. Pantaleão é padroeiro de médicos, parteiras e invocado para as dores de cabeça. Segundo a lenda, as relíquias do santo foram trazidas por um grupo de arménios, oriundos de Bizâncio, tendo chegado a Miragaia quando grassava uma epidemia que então desaparece miraculosamente. São Pantaleão é elevado a padroeiro da cidade em 1499, sendo parte das suas relíquias transportadas da Igreja de São Pedro de Miragaia para a Sé, por vontade do Bispo D. Diogo de Sousa. Na iconografia divulgada na cidade do Porto, o santo está atado a dois troncos de uma árvore, certamente referentes à oliveira alusiva a um dos seus martírios. O modo de representação aqui observado será preponderante no território nacional, partilhando elementos comuns com São Sebastião (que se distingue pelas setas cravadas no corpo) e com Santo André crucificado numa cruz em aspa.