Tal como as fachadas de aparato, o interior dos solares reflete o desejo de um habitar confortável e demonstrador de um estatuto e capacidade construtiva que permitem ir além do essencial e da esfera de produção. Para o Douro são transportadas as marcas das sociabilidades que se cultivam na cidade, na esfera da família, mais ou menos alargada, e dos convidados que esta recebe. A multiplicação dos espaços de receção e lazer é disso um sinal, nascendo as salas de música, de jogos ou as bibliotecas, fenómeno que aumenta consideravelmente ao longo do século XIX.