Para lá do aparato exterior, o interior dos solares apresenta a dicotomia entre os espaços nobres e os utilitários. Nas zonas de receção e habitação dos proprietários, as artes aplicadas concorrem para a nobilitação do espaço. A pintura que protege os materiais mais delicados dos interiores, apresenta uma diversidade de cores que anima as superfícies e salienta os elementos arquitetónicos, como portas e janelas. Emolduradas pelo seu ritmo, multiplicam-se pinturas, peças de mobiliário e bric-a-brac. A circulação faz-se muitas vezes por corredores que, comunicando com o exterior, multiplicam as fontes de iluminação e ventilação dos diversos espaços. A ampla abertura envidraçada anuncia o jardim e transporta a sua cor e frescura para o resguardo do interior da habitação.