Oferecido pelo Ministério da Marinha. Em 1919, Gago Coutinho, engenheiro geógrafo, incentivado por Sacadura Cabral, que já planeara a viagem aérea ao Brasil, começou a dedicar-se ao progresso dos métodos de navegação aérea. Efetuar medições precisas de posição em situação de voo sem horizonte de mar disponível tornava-se difícil com um sextante vulgar. Para resolver o problema, Gago Coutinho concebeu o primeiro sextante com horizonte artificial (materializado através de um nível de bolha de ar) que podia ser usado a bordo das aeronaves, e que denominou «astrolábio de precisão». Aperfeiçoado este instrumento, veio a ser fabricado e difundido pelo construtor alemão C. Plath com o nome de «System Admiral Gago Coutinho». Em colaboração com Sacadura Cabral concebeu e construiu um outro instrumento a que chamaram «Plaqué de abatimento» ou «corretor de rumos», que permitia calcular graficamente o ângulo entre o eixo longitudinal da aeronave e o rumo a seguir, considerando a intensidade e direcção do vento. Para comprovar a eficácia dos seus métodos e instrumentos, Gago Coutinho e Sacadura Cabral fizeram várias viagens aéreas, entre as quais uma viagem Lisboa - Funchal, em 1921, em cerca de sete horas e meia. A viagem que finalmente demonstrou a todo o mundo o valor destes instrumentos e métodos foi a travessia aérea do Atlântico Sul, entre Lisboa e o Rio de Janeiro, no hidroavião Lusitânia, entre 30 de março e 17 de junho de 1922.
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