Por acaso, Antonio Arney encontrou, em meados da década de 1960, alguns ferrolhos enferrujados em seu ateliê. A cor da ferrugem o agradou; ele decidiu fixá-las na tela que estava terminando, aumentou com uma cola e, no final, passou por um líquido escuro. Assim começou a definir a linguagem desse artista autodidata, cujo processo de criação consiste em encontrar os materiais, testar sua resistência, prepará-los e, finalmente, ajustá-los. As formas abstratas de composição necessárias, no entanto, surgem do uso medido das cores pelo artista.