Ai Weiwei queria criar obras que unissem os contextos culturais chineses e brasileiros. As árvores eram de seu particular interesse na pesquisa no Brasil. Em um estúdio de artista em Trancoso, na Bahia, ele descobriu as raízes e troncos nativos que seriam usados para compor Sete Raízes. As partes das árvores eram remanescentes do desmatamento e de causas naturais. Ai Weiwei dirigiu uma equipe de artesãos chineses e brasileiros na criação deste trabalho, e cada uma das novas obras reúne duas ou três raízes diferentes. A técnica de carpintaria chinesa usada para montar as Sete Raízes remete ao trabalho anterior do artista, Árvore (2009), no qual partes distintas de árvores derrubadas foram unidas para criar formas inteiramente originais. Sete Raízes exemplifica a importância do ready-made na prática de Ai Weiwei, que certa vez disse: “Meu trabalho é sempre ready-made. Pode ser cultural, político ou social, e também pode ser arte – fazer com que as pessoas repitam o que fizemos, sua posição original, para criar novas possibilidades. Quero sempre que as pessoas fiquem confusas, chocadas ou percebam algo mais tarde”. Cada uma das sete raízes tem um nome diferente: Força, Palácio, Mosca, Sr. Pintura, Festa, Martin e Nível. As últimas duas integram esta mostra.