O mestre de escultura Francisco Stockinger ganhou notoriedade ao representar o corpo humano em diferentes aspectos sob um viés expressionista. Se na série de esculturas dos homens-gabirus, seres que se esgueiram como ratos nas cidades à procura de restos, o artista mostra pessoas de baixa estatura devido à má nutrição, na série chamada “Magrinhas”, ele mostra outro aspecto da vida, senão a própria vida, representada na figura feminina e, portanto, materna, que engendra e nutre a existência. Francisco Stockinger nasceu em Traun (Áustria), em 1919. Migrou para o Brasil em 1921, estabelecendo-se em São Paulo (SP) e em 1937 no Rio de Janeiro (RJ). Nessa cidade estudou, em 1946, no Liceu de Artes e Ofícios e foi aluno por três anos de Bruno Giorgi (1905-1993). O artista mudou-se para Porto Alegre (RS) em 1954, onde trabalhou inicialmente com xilogravura e diagramação para jornal. Em 1961 fundou o atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, sendo seu primeiro diretor. Dentre suas esculturas públicas estão a de Quito, no Equador e a obra Homenagem a Vasco Prado, em Porto Alegre. Faleceu em Porto Alegre, em 2009, reconhecido como referência nacional da escultura e mestre de gerações de escultores, inclusive do Paraná.