Em A resistência do corpo, Letícia simula um ambiente controlado para testar as reações dos corpos diante de atividades ligadas às manifestações de ruas. Com câmeras, bonecos e maquetes, a artista emula o repertório visual dos estudos científicos em fotografias que exibem o arre¬messo de objetos, a comunicação por celulares nas redes sociais e o impacto de jatos d’água.
Os corpos fragmentados, os instrumentos mecânicos, o fundo escuro e pontilhado criam uma atmosfera calculada e misteriosa, como se estivéssemos diante de uma experiência robótica ou espacial. O uso da fotografia dá veracidade ao trabalho e faz com que mesmo uma situação improvável ganhe ares de documento.