Houve época em que a linguagem era direta, palavra e coisa eram unidas, independentemente de interpretação, comentário, exegese ou hermenêutica, respeitando uma ordem natural de semelhanças. Chegou um tempo, no entanto, quando a escrita passou a dominar, não apenas como um veículo da linguagem, mas como um significante em si mesmo, passível de análise para compreensão. Na obra "A Prosa do Mundo", a artista Lígia Borba, renomada ceramista, aponta com a resina de poliéster o mundo da interpretação, significante e significado, tomando como título de sua obra o segundo capítulo da obra de Michel Foucault, no livro trabalho: "As Palavras e as Coisas".