O virginal é um instrumento da família do cravo que difere deste pela sua morfologia exterior, normalmente de caixa rectangular. Foi um instrumento que gozou de especial estima em Inglaterra, sobretudo no final do século XVI e no século XVII.
O virginal do Museu integrou a coleção reunida por Alfredo Keil. Possui no interior da tampa uma pintura representando cenas galantes, de caça e campestres, vendo-se no horizonte a cidade de Antuérpia.
Tendo por base a data inscrita no instrumento, terá sido construído por Joannes Ruckers (1578-1642), que assinava com as variantes: Ioannes, Hans ou Jan.
Joannes é um dos membros de uma importante família de luthiers belgas de cravos, virginais e espinetas que, ao longo de três gerações, durante os séculos XVI e XVII, produziram instrumentos de elevada qualidade e foram responsáveis por grandes desenvolvimentos técnicos.