Sob o ponto de vista da organização formal, esta arquitetura da água apresenta um grande espaldar que pode ser dividido verticalmente em 3 panos de muro, sendo que a maior carga decorativa se concentra ao centro. No pano de muro central na zona inferior, saem duas carrancas que jorram água para o tanque (que atualmente se encontra praticamente enterrado). Estas carrancas com forma de «cabeça de bestas», caracterizam-se por um gosto exótico e uma linguagem decorativa dita maneirista e terão sido inspiradas em tratados do século XVI (FERREIRA-ALVES 1997: 55-56). No registo superior conservam-se dois castelos em alto-relevo a ladear um nicho que, em tempos, terá recebido uma imagem da Nossa Senhora, também conhecida por Senhora das Virtudes (hoje desaparecida) que, no seu conjunto, representavam as armas da cidade.
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