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Tomar nasce da doação do Castelo de Ceras e seu termo aos Templários, por D. Afonso Henriques em 1159. O território era atravessado a sul pelo rio Tomar, com um fértil vale limitado a poente por uma cadeia de colinas de relevo acentuado. Foi numa dessas colinas, sobranceira ao rio, que Mestre D. Gualdim Pais, fundou, em 1160, o castelo e vila de Tomar.
Claustro da Lavagem (1420/1426) de Fernão Gonçalves (?)Convento de Cristo
Depois da extinção dos Templários (1312), o castelo será sede da Ordem de Cristo e, sob a administração do Infante D. Henrique (1420-1460), vão surgir os aposentos conventuais em torno de dois claustros de expressão gótica, o claustro dito da Lavagem e o Cemitério.
A Charola vista da Porta do Sol (1160/1160)Convento de Cristo
A Charola, um dos raros e emblemáticos templos em rotunda da Europa medieval, teve o seu modelo na basílica paleocristã do Santo Sepulcro de Jerusalém.
Portal sul da Igreja (1160/1250)Convento de Cristo
A entrada na Charola era virada a nascente, até que as obras de D. Manuel I estabeleceram a nova entrada a sul, na nave que ampliou o oratório para ocidente, através de um grandioso arco triunfal. O novo portal é obra de João de Castilho.
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Desta época é também a profusa ornamentação escultórica da nave manuelina que se prolonga para o interior da Charola, através da pintura, com motivos simbólicos, arquitectónicos e figurativos.
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No registo superior das paredes do deambulatório pinturas murais descrevem cenas do Génesis e do Novo Testamento.
Deambulatório da Charola (1501/1599)Convento de Cristo
No registo intermédio grandes pinturas sobre madeira, atribuídas a Jorge Afonso, representam, cenas da vida de Cristo.
Ascensão de Cristo (1510/1515) de Jorge Afonso (?)Convento de Cristo
Deambulatório da charola (Séc XVI)Convento de Cristo
As imagens em madeira policromada, representando os profetas e os santos padres da Igreja, são da autoria de Olivier de Gant e Fernão de Muñoz.
S. Jerónimo (1510/1519) de Olivier de Gand e Fernan MuñozConvento de Cristo
Claustro Principal (1501/1599)Convento de Cristo
D. João III, com uma visão de Estado completamente diversa da do seu pai, vai perpetrar uma dramática e profunda reforma na Ordem. Consumados os Descobrimentos, e influenciado pelo espírito da Contra-Reforma da Igreja de Roma, D. João III, constringe os freires religiosos da Ordem à observância de uma vida de clausura. É esta reforma que vai dar origem ao grandioso convento do Renascimento.
Escada em caracol do Claustro Principal (Séc. XVI)Convento de Cristo
Fachada Sul do Convento de Cristo - aqueduto (1501/1599) de Filipe TerziConvento de Cristo
Com os Filipes de Espanha no trono de Portugal, novas construções vão dar continuidade ao convento joanino. É concluído o Claustro Principal e no Claustro do Cemitério é edificada, em estilo maneirista, a Sacristia Nova. A fachada sul vai ser alterada pela arcaria do grandioso Aqueduto do Convento, que é a obra mais marcante do período filipino.
Castelo Templário e Convento de Cristo - vista aérea de nordeste (1101/1699)Convento de Cristo
Em 1983, O Castelo de Tomar e o Convento de Cristo são considerados pela UNESCO Património Mundial.
Coordenção:
Andreia Galvão (Diretora, Convento de Cristo)
Texto:
Convento de Cristo
Produção digital:
Luis Ramos Pinto (DGPC)
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