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Sobre as tartarugas marinhas

Tartarugas-oliva (Lepidochelys olivacea) desovam em "arribadas", que são definidas como um processo reprodutivo em massa, sincronizado, com centenas de fêmeas desovando ao mesmo tempo. Este fenômeno ocorre apenas na Índia, México e Costa Rica. (2009), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata). (2008), de Banco de Imagens Projeto TAMARFonte original: http://www.tamar.org.br

Filhotes de tartaruga marinha indo para o mar após o nascimento. (2007), de Banco de Imagens Projeto TAMARFonte original: http://www.tamar.org.br

Tartaruga Marinha é um réptil?

Nascimento de filhotes de tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Eles são maiores que os filhotes de outras espécies de tartarugas marinhas. (2011), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Sim.

É daclasse dos répteis, da ordem dos quelônios, que agrupam todas as formas de tartarugas identificadas no mundo.

A origem desses animais não é bem conhecida, embora se estime que tenham surgido há cerca de 100 milhões de anos.

Existem atualmente 13 famílias de quelônios, com 75 gêneros e 260 espécies. Destes, há apenas seis gêneros com sete espécies marinhas.

Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) com peixes em "estação de limpeza", quando os peixinhos comem os organismos que ficam grudados no casco. (2011), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Quantas espécies existem no Brasil?

Filhote de tartaruga-cabeçuda (caretta caretta), com alguns meses, ainda é considerado filhote. (2008), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Das sete espécies que existem no mundo, cinco ocorrem no Brasil:


cabeçuda (Caretta caretta),
de couro (Dermochelys coriacea),
oliva (Lepidochelys olivacea),
verde (Chelonia mydas),
e de pente (Eretmochelys imbricata).


Mas como são altamente migratórias, as tartarugas marinhas tornam-se patrimônio de todas as nações.

Passam a maior parte do tempo no mar e podem atravessar oceanos, para se alimentar em águas
próximas a um continente e se reproduzir em outro.

Tartaruga-verde juvenil. Após a fase pelágica, tartarugas verdes juvenis retornam às zonas costeiras, usando a alta produtividade dessas áreas rasas para alimentação. A cidade de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo é comumente usada como uma área de alimentação por esta espécie. (2013), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Onde tem mais desova dessas espécies?

Final de tarde em Pirambu-Sergipe. Filhotes de tartaruga marinha seguem para o mar após nascerem. (2015), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Potencialmente, todo o litoral brasileiro pode receber fêmeas de tartarugas marinhas para desovar. Mas geralmente os animais procuram áreas com areia e água do mar mais quentes.

Por isso, as principais áreas de reprodução ficam no Rio de Janeiro, norte do Espírito Santo, e se estendem pelo Nordeste, regiões do litoral brasileiro onde as temperaturas são mais altas.

Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata). A tartaruga-de-pente é a mais tropical de todas as espécies de tartaruga marinha e está distribuída pelos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. (2002), de Banco de Imagens Projeto TAMARFonte original: http://www.tamar.org.br

Quantos anos vive uma tartaruga marinha?

A tartaruga-de-couro é a maior de todas as espécies de tartaruga marinha. (2007), de Banco de Imagens Projeto TAMARFonte original: http://www.tamar.org.br

Nem os pesquisadores do Brasil, nem os de
outros países têm a resposta correta. Sabe-se
que a tartaruga marinha é um animal de vida
longa. Dependendo da espécie, só atinge a
idade adulta com cerca de 30 anos. Por isso,
os estudiosos no mundo estimam que uma
tartaruga marinha pode chegar aos 100 anos.
Mas ninguém tem certeza.

As tartarugas-oliva têm a cabeça triangular, com mandíbulas poderosas que a ajudam na alimentação. (2007), de Banco de Imagens Projeto TAMARFonte original: http://www.tamar.org.br

Quanto tempo fica embaixo d'água?

Tartarugas-oliva (Lepidochelys olivacea) desovam em "arribadas", que são definidas como um processo reprodutivo em massa, sincronizado, com centenas de fêmeas desovando ao mesmo tempo. Este fenômeno ocorre apenas na Índia, México e Costa Rica. (2009), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Entre 10 e 30 minutos, em média. Quanto mais ativas, menos tempo mergulhando. Quando sobem para respirar, ficam na superfície menos de dois a três segundos.

É o tempo necessário para eliminar o CO2 acumulado durante o mergulho e inspirar o oxigênio suficiente
para o próximo.

Mas, se quiser, a tartaruga pode permanecer na superfície por mais tempo, como, por exemplo, boiando para se aquecer, se alimentar, se orientar ou copular.

Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta). A tartaruga-cabeçuda tem a cabeça maior que a das outras espécies de tartaruga marinha. A mandíbula poderosa ajuda a triturar seus alimentos preferidos. (2010), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Tartaruga Marinha dorme?

Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata).Depois da Bahia, o Rio Grande do Norte é o segundo sítio de desova mais importante da tartaruga-de-pente, em números absolutos do Brasil.A espécie é atualmente classificada como "Criticamente Ameaçada" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). (2009), de Banco de Imagens Projeto TAMARFonte original: http://www.tamar.org.br

Sim, a tartaruga dorme, ou descansa. Geralmente à noite, mas também pode ser durante o dia. Dorme no fundo do mar, protegida nas pedras quando o fundo é rochoso ou com recifes.

Também dorme boiando na superfície. Mas isso varia.

Quando está em áreas oceânicas, por exemplo, prefere descansar na superfície ou na coluna de água.

Tartaruga-verde. Nas ilhas oceânicas, a temporada reprodutiva de tartarugas-verdes ocorre entre janeiro e julho. (2008), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Qual a sua comida preferida?

Toque para explorar

Cada espécie tem sua dieta preferida.

A verde (Chelonia mydas) alimenta-se de algas e de gramíneas marinhas e a oliva (Lepidochelys olivacea) gosta de crustáceos, peixes e moluscos.

A tartaruga de couro (Dermochelys coriacea) só come águas-vivas e outros organismos gelatinosos e a cabeçuda (Caretta caretta) prefere caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados, triturados com a força da mandíbula.

A de pente (Eretmochelys imbricata) gosta mais
de esponjas, mas também come, em menor quantidade,
anêmonas, algas e crustáceos.

Tartaruga-verde (Chelonia mydas) sendo capturada pelo TAMAR para pesquisa em Fernando de Noronha-PE. Depois de marcar e medir o animal, os pesquisadores devolvem a tartaruga ao mar. (2000), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

As tartarugas marinhas continuam ameaçadas de extinção?

Tartaruga-de-pente com peixes barbeiro-azul em "estação de limpeza", quando os peixinhos comem os organismos que ficam grudados no casco. (2009), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Todas as espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil continuam ameaçadas de extinção, em níveis variados, nas categorias Vulnerável, Em Perigo ou Criticamente em Perigo.

Estão incluidas na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente.

Tartaruga-cabeçuda. No litoral brasileiro, a temporada de reprodução dessa espécie de tartaruga marinha acontece entre setembro e março. (2015), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Por que é preciso proteger as tartarugas marinhas? 

Macho de tartaruga-verde (Chelonia mydas). Os machos de qualquer uma das espécies de tartaruga marinha nunca saem da água, com exceção de alguns lugares (ex: Havaí) em que eles saem para descansar em terra. (2013), de Banco de Imagens Projeto TAMARProjeto TAMAR

Durante sua longa existência, uma tartaruga marinha leva e traz toneladas de nutrientes e energia vital à sobrevivência de tantas outras formas de vida. Peixes, crustáceos, moluscos, esponjas e medusas dependem dela para viver, assim como as formações de mangues, bancos de areia, de gramas marinhas e de algas, de corais, de recifes e de ilhotas.


Proteger as tartarugas é, portanto, preservar a vida marinha e garantir a sobrevivência do planeta e da humanidade.

Créditos: história

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