Acidente

Uma das pouquíssimas vezes em que Frida recriou o acidente que mudou a própria vida está neste desenho.

Acidente, 17 de setembro de 1926 (1926), de Frida KahloMuseo Dolores Olmedo

No dia 17 de setembro de 1925, Frida estava em um ônibus rumo a Coyoacán, voltando da Escola Preparatória para casa. Um ano após o acidente, ela fez este desenho.

Frida descreveu o acidente da seguinte forma: Pouco depois que entramos no ônibus houve a colisão. Antes disso, tínhamos subido em outro ônibus, mas como eu tinha perdido minha sombrinha, descemos para procurar e foi por isso que acabamos entrando no ônibus que me destruiu.

O acidente aconteceu numa esquina em frente ao mercado de San Juan, exatamente em frente. O bonde veio se aproximando devagar, mas nosso motorista era jovem e nervoso. Quando o bonde fez a curva na esquina o ônibus foi prensado na parede.

Eu era uma menina inteligente, mas muito pouco prática, apesar de toda a liberdade que eu tinha conquistado. Talvez por causa disso, não avaliei a situação nem o tipo de ferimento que eu tive.

A primeira coisa em que pensei foi em um balero [brinquedo mexicano] com cores bonitas que eu tinha comprado naquele dia e que eu estava carregando comigo. Tentei procurar o brinquedo, achando que o que tinha acontecido não teria maiores consequências.

É mentira que a pessoa tem consciência da batida, é mentira que a pessoa chora. Em mim não houve lágrimas. A colisão nos jogou para a frente e um corrimão de ferro me varou do mesmo jeito que uma espada rasga a carne do touro.

Um homem me viu tendo uma tremenda hemorragia. Ele me carregou e me deitou em cima de uma mesa de bilhar até que a Cruz Vermelha chegasse.

Créditos: todas as mídias
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