Café (1935), de Candido PortinariProjeto Portinari
Em 1935 Portinari (então com 32 anos) apresenta uma única tela, o “Café”, para concorrer ao prestigioso “Prêmio Carnegie”...
Exposição Portinari no MoMA (1940-10)Projeto Portinari
...promovido pela Fundação Carnegie, em Pittsburgh, EUA.
In the realm of art: the 1935 Carnegie International In the realm of art: the 1935 Carnegie International (1935-10-20)Projeto Portinari
Concorria com 365 telas de outros artistas, de inúmeros países.
A pintura latino-americana na exposição de 1935 no Instituto Carnegie de Pittsburgh A pintura latino-americana na exposição de 1935 no Instituto Carnegie de Pittsburgh (1936-01)Projeto Portinari
Portinari era desconhecido fora do Brasil e sua única tela ganha a “Segunda Menção Honrosa”, que no ano anterior era outorgada a Salvador Dali.
Esta conquista inedita faz com que a atenção internacional se volte para o jovem pintor brasileiro.
Quatro anos depois acontece a Feira Mundial de Nova York, com o Pavilhão Brasileiro projetado por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Nele Portinari apresenta três grandes telas, retratando o Nordeste, o Sul, e o Centro-Oeste.
Exposição Portinari na Feira Mundial (1939-05), de F. S. LincolnProjeto Portinari
Exposição Portinari na Feira Mundial (1939-05), de Paul NonesProjeto Portinari
Correspondência Correspondência (1939-04-12), de Florence HornProjeto Portinari
Em 1939, Portinari conhece Florence Horn, jornalista americana da revista Fortune, do grupo Time-Life, de quem se torna grande amigo...
Florence Horn (1940)Projeto Portinari
...recebendo-a inclusive em Brodowski, junto à sua família.
Correspondência Correspondência (1939-03-23), de Florence HornProjeto Portinari
Dando prosseguimento a uma série de artigos sobre a América do Sul, Florence estava preparando uma extensa matéria focalizando o Brasil.
Portinari comes as "Good Neighbor" emissary Portinari comes as "Good Neighbor" emissary (1940-09-01)Projeto Portinari
Estas reportagens inserem-se num quadro de aproximação dos Estados Unidos e a América Latina, no espírito que norteou o estabelecimento da “política de boa vizinhança”, a “Good Neighbour” de Roosevelt, tentando substituir a idéia de dominação pela de reciprocidade. Para tanto, cria-se um amplo programa de intercâmbio cultural, cujo mentor é Nelson Rockefeller.
Correspondência Correspondência (1939-03-23), de Florence HornProjeto Portinari
Alfred Barr, diretor do Museu de Arte Moderna de Nova York – MoMA, vê os quadros e imediatamente se interessa em incluir a tela na próxima exposição do Museu “Art in Our Time”, uma seleção das mais importantes obras dos séculos XIX e XX, vindas de 37 países.
Nessa ocasião já se encontram nos Estados Unidos outras três telas de Portinari que seriam fotografadas para ilustrar a reportagem da revista Fortune.
Cena Gaúcha (1939), de Candido PortinariProjeto Portinari
Florence Horn escreve a Portinari: “Estávamos com os três quadros no nosso Departamento de Arte, e por puro acaso alguém do Museu de Arte Moderna passou por lá e perguntou: ‘Quem pintou esses quadros? O sr. Barr tem que vê-los.’
Morro (1933), de Candido PortinariProjeto Portinari
’Então, algumas horas mais tarde, o sr. Barr veio, olhou os três quadros e as fotos e exclamou: “Quero este, o do Rio, para a mostra” [...]
o senhor tem na pessoa do sr. Barr o homem mais importante do meio artístico americano interessado na sua obra. E não por causa de qualquer influência, mas por ter visto apenas três telas. Portanto, espero sinceramente que o senhor venha a Nova York neste verão. Devo acrescentar que a influência da Fortune no sr. Barr não serviria para nada. Mostramos trabalhos de inúmeros pintores e o Museu não tem nenhum interesse específico [...]…”
Correspondência Correspondência (1940-08-20), de Alfred H. Barr JuniorProjeto Portinari
No mesmo dia, Florence Horn telegrafa a Portinari: “Museu de Arte Moderna quer comprar quadro Morro do Rio. Favor telegrafar imediatamente preço e condições de venda.” . A tela é incluída na exposição do MoMA, tornando-se “o único quadro sul-americano incluído naquela mostra dos maiores pintores dos séculos XIX e XX”. O MoMA adquire o “Morro”, que até hoje integra sua coleção permanente.
A roda do destino estava lançada e o “Coup de Foudre”de Barr por Portinari vai resultar no convite para uma exposição individual, com o insólito título “Portinari Of Brazil”, porém percebe-se a intenção de Barr de marcar Portinari como “O” pintor do Brasil.
Exposição Portinari no MoMA (1940-10), de Paul NonesProjeto Portinari
Esta Mostra tem extraordinario sucesso, sendo visitada por mais de 2 mil pessoas em sua inauguração em 09 de outubro de 1940.
Retrato de Eva Rubinstein (1940), de Candido PortinariProjeto Portinari
Visitantes ilustres como Arthur Rubistein, a rainha dos cosméticos Helena Rubistein, Nelson Rockfeller com a família… todos, nesta ocasião, retratados por Portinari.
Exposição Portinari no MoMA (1940-10), de Paul NonesProjeto Portinari
A elite artística nova iorquina se fez presente, além de convidados de outros estados: Artistas, intelectuais, politicos, empresários, cantores, atrizes e artistas de Hollywood, todos elegantérrimos, como se pode constatar pelas fotografias de época.
Exposição Portinari no MoMA (1940-10), de Paul NonesProjeto Portinari
Exposição Portinari no MoMA (1940-10), de Paul NonesProjeto Portinari
Exposição Portinari no MoMA (1940-10), de Paul NonesProjeto Portinari
Esta exposição abre o caminho para pelo menos dois acontecimentos importantes na trajetória de Portinari: i) a Universidade de Chicago publica o primeiro livro sobre ele, com prefácio do grande artista norteamericano Rockwell Kent, e ii) o convite para pintar quatro afrescos monumentais para a Biblioteca do Congresso em Washington.
Brazil's greatest artist opens one-man show Brazil's greatest artist opens one-man show (1940-10-09)Projeto Portinari
Exposição coletiva no Carnegie Institute (1935-10)Projeto Portinari
Hoje, pode-se visitar a exposição aqui, como se estivera em 1940.
Still from 3D Model of "Portinari of Brazil"Projeto Portinari
João Candido Portinari