O estilo Carmen Miranda
Carmen Miranda era tão especial que criou uma estilização colorida, mas incrivelmente elegante da roupa característica da baiana. Era uma mulher pequena, esfuziante, de grandes olhos verdes e uma boca que sempre ostentava um sorriso enorme, uma mulher que criou um célebre look cinematográfico, que se pode comparar apenas aos figurinos de Marlene Dietrich ou Marilyn Monroe.
Look at me and tell me if I don't have Brazil in every curve of my body.
Carmen Miranda
Os balangandãs
Mesmo antes de se tornar famosa, Carmen sempre gostou de se enfeitar com bijuterias. Como a maior cantora do Brasil na década de 1930, utilizava vários adereços e as mulheres já copiavam seu estilo. Quando passou a usar a baiana estilizada abusou do excesso, pois não gostava muito de joias.
Pulseira esteira dourada (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Pulseira esteira dourada (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Colar peitoral marrom (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Nos Estados Unidos Carmen encontrou vários artistas plásticos que confeccionavam bijuterias, passando, a fazer encomendas para seus filmes e também para uso próprio.
Anel (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Anel chuveiro
Anel estilo chuveiro encrustado em pedras.
Colar peitoral preto (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Colar peitoral colorido (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
É importante ressaltar que o excesso de cores, formatos e materiais diferentes foram criados exclusivamente para ela respeitando sua estatura.
Anel tipo chuveiro (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Anel de prata tipo chuveiro (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Carmen gostava mais de bijuterias do que de jóias. Sua coleção contém anéis, pulseiras braceletes, broches, colares, gargantilhas e brincos. Sua imagem sempre esteve ligada aos adornos pessoais utilizados em sua carreira como atriz-cantora e em sua vida pessoal.
As bijuterias de shows
Quando surgiu a fantasia de baiana, Carmen passou a abusar das bijuterias. Em substituição ao excesso de colares e pulseiras usados para compor trajes de shows, a partir do ano de 1946, passou a usar peitorais e punhos em estilo egípcio, criados exclusivamente para ela, que eram mais práticos para carregar em viagens.
Pulseira tipo punho (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Colar peitoral vermelho (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Quanto aos peitorais, ela se inspirou nos grandes peitorais dos faraós egípcios, só que no seu caso, todas as pedras eram amarradas em linhas duplas. Esses colares configuravam a fase de shows que ela passou a fazer e escondiam as alças do bustiê e o volume dos seios.
Pulseira tipo punho vermelha (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Punho em pedras vermelhas
Pulseira tipo punho com pedras vermelhas.
Anel (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Copacabana (1947) - Tico-Tico no Fubá (1947), de Gregory MayMuseu Carmen Miranda
Colar peitoral colorido (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Colar peitoral marrom (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Rendilhado dos peitorais.
Bracelete tipo argola (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
As bijuterias usadas por Carmen eram confeccionadas para compor sempre um tema ou um figurino, independentemente de ser para uso nos palcos ou socialmente.
Como por exemplo as pulseiras utilizadas em seus figurinos de baianas estilizadas.
Bracelete dourado (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Bijuterias sociais
No início de sua carreira no Brasil, Carmen se enfeitava de várias formas, até mesmo com broches presos em seus vestidos e terninhos. Passou a fazer isso socialmente criando um estilo que a identificava como artista que possuía um brilho próprio.
Pulseira articulada em metal prateado (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Era sua característica não só nas telas e palcos, como também em sua vida social. Seus braceletes e pulseiras eram encomendados em metal, pedrarias e eram usados vários temas, como dragões, figuras geométricas e arabescos incrustados. Várias pulseiras eram em metal fundido ou em caneluras.
Bracelete de prata (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Homenagem a Carmen Miranda no Chinese Theatre (1941-03-24), de CarmenMiranda.FCMuseu Carmen Miranda
Brincos e Broches
Brincos e broches tinham infinitas possibilidades para Carmen Miranda. Broches podiam se tornar brincos quando presos em turbantes ou enfeites de cabelo presos em colares. Brincos viravam broches e enfeites de cabelos.
Broche de laço (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Um mesmo conjunto de broches poderia ter infinitas combinações e em diferentes localizações. Afinal, não existia exagero para Carmen Miranda e tudo se harmonizava com suas roupas exuberantes, turbantes e sapatos plataformas que muitas vezes eram adornados com pendentes.
Broche de leque (1940), de UnknownMuseu Carmen Miranda
Museu Carmen Miranda
César Balbi
Fundação Anita Mantuano de Artes do Rio Janeiro/
Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro André Lazaroni
Superintendência de Museus
Raphael Hallack Fabrino
Curadoria
Laura Ghelman
Clara Paulino
César Balbi
Vivian Fava
Montagem
Laura Ghelman
Clara Paulino
Ingrid Fiorante
Fotografia
Cerne Sistemas