Por Fundação Calouste Gulbenkian
Texto de Lígia Afonso / Plano Nacional das Artes
Cedo integrada no circuito internacional das artes, Vieira da Silva foi uma figura destacada da Escola de Paris, cidade onde chega para viver em 1928 e onde ocorrem alguns dos mais determinantes encontros da sua vida: com a galerista Jeanne Bucher e com Arpad Szenes, pintor judeu de origem húngara com quem manterá um casamento cúmplice, no amor e na obra.
Moi, réflechissant sur la peinture (1936/1937) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Coleção Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva
Moi, réfléchissant sur la peinture, 1936-1937
Óleo sobre tela
41,4 x 24 cm
Coleção Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, inv. VO0295
La saisie (1931) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Coleção Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva
La saisie, 1931
Óleo sobre tela
16 x 27 cm
Coleção Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, inv. VO0272
La cheminée (1930) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Coleção Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva
La cheminée, 1930
Óleo sobre tela
46 x 27 cm
Coleção Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, inv. VO0263
L'échelle (1935) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Galerie Jeanne Bucher Jaeger, Paris
L'échelle, 1935
Guache e carvão sobre papel sobre cartão
65 x 23 cm
Galerie Jeanne Bucher Jaeger, Paris, inv. CR 173
Vieira da Silva foi a primeira mulher a receber o Grande Prémio Nacional das Artes do Governo Francês, em 1966, mas, apesar de naturalizada francesa, o seu trabalho não deixará de dialogar com Portugal, o seu país de origem, e sobretudo com Lisboa, onde vive uma infância intelectualmente preenchida e onde sempre retorna. A relação com a cidade revela-se na sua obra através da referência constante à sua luz, topografia, arquitetura e azulejos.
História Trágico-Marítima ou Naufrage (1944) de Maria Helena Vieira da SilvaFundação Calouste Gulbenkian
História Trágico-Marítima ou Naufrage, 1944
Óleo sobre tela
81,5 x 100 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 78PE97
Les noyés (1938) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Coleção Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva
Les noyés, 1938
Óleo sobre tela
60 x 73 cm
Coleção Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, inv. VO0299
La partie d'échecs (1943) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Musée national d'art moderne – Centre de création industrielle (MNAM-CCI)
La partie d'échecs, 1943
Óleo sobre tela
81 x 100 cm
Musée national d'art moderne – Centre de création industrielle (MNAM-CCI), inv. AM 4014 P
A Fernando Pessoa (1974) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Musée national d'art moderne – Centre de création industrielle (MNAM-CCI)
A Fernando Pessoa, 1974
Tinta sobre papel mata-borrão
25,5 x 17,5 cm
Musée national d'art moderne – Centre de création industrielle (MNAM-CCI), inv. AM 1975-135
O seu imaginário urbano é evocado em pinturas abstratas, que, na sua máxima complexidade, se desmultiplicam em teias labirínticas, grelhas tridimensionais e perspetivas espelhadas. Variando formatos, ambientes e temáticas, entre o intimista e o monumental, o fulgor e a angústia, a representação de si e a representação do mundo, a obra de Vieira da Silva afirma-se como um complexo “teatro de olhos”.
La Scala ou Les Yeux (1937) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Galerie Jeanne Bucher Jaeger, Paris
La Scala ou Les Yeux, 1937
Óleo sobre tela
60 x 92 cm
Galerie Jeanne Bucher Jaeger, Paris, inv. CR 224
Les yeux (1953) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Galerie Jeanne Bucher Jaeger, Paris
Les yeux, 1953
Óleo sobre cimento, sílex, gesso, com pedras ou conchas
38 x 54 x 6 cm
Galerie Jeanne Bucher Jaeger, Paris, inv. CR 1094-1115
Autoportrait (1930) de Maria Helena Vieira da SilvaFonte original: Coleção Comité Arpad Szenes-Vieira da Silva, Paris
Autoportrait, 1930
Óleo sobre tela
54 x 46 cm
Coleção Comité Arpad Szenes-Vieira da Silva, Paris
Saiba mais sobre a artista:
Maria Helena Vieira da Silva at Waddington Custot (em inglês)
Vieira da Silva | Arte Num Minuto, por Fundação Calouste Gulbenkian e RTP (em português)
Maria Helena Vieira da Silva – solo exhibition | Galerie Jeanne Bucher Jaeger, Waddington Custot & Di Donna Galleries
Seleção de obras apresentada na exposição Tudo o que eu quero: Artistas portuguesas 1900-2020, no seu primeiro momento no Museu Calouste Gulbenkian, no âmbito da programação cultural que decorre em paralelo à Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021.
Exposição organizada pelo Ministério da Cultura de Portugal, Direção Geral do Património Cultural e a Fundação Calouste Gulbenkian, em co-produção com o Centro de Criação Contemporânea Olivier Debré, Tours e com a colaboração do Plano Nacional das Artes.
Curadoria:
Helena de Freitas e Bruno Marchand
Texto de Lígia Afonso / Plano Nacional das Artes
Seleção de recursos online Maria de Brito Matias
Conheça melhor as obras de Vieira da Silva apresentadas no contexto desta exposição:
Tudo o que eu quero: Ponto de Partida
Tudo o que eu quero: O Olhar e o Espelho
Tudo o que eu quero: A Palavra
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