Mulheres no acervo do Museu Judaico de São Paulo

A exposição Mulheres no acervo apresenta algumas mulheres de trajetória marcante, que têm sua história preservada no acervo do Museu Judaico de São Paulo: Berta Kogan, Daniella Weil Stransky, Felícia Leirner, Frieda Wolff e Gertrude Landau.

Cellebration of the 18th anniversary of the Brazil-Israel Magazine. Berta Kogan at the microphone. 1967. Brazil-Israel Magazine Collection. (1967)Jewish Museum of Sao Paulo

A jornalista Berta Kogan, idealizadora da revista Brasil- Israel, publicada de 1949 a 1992.

Daniella acting in the play "Knock" (1959)Jewish Museum of Sao Paulo

A atriz Daniella Weil Stransky, com carreira no Brasil e Panamá, contada por meio de documentos doados que representam, ainda, a história de sua família.

Felicia Leirner, São Paulo, SP. Brazil (circa 1951) by Brill, Alice Instituto Moreira Salles

A premiada escultora Felícia Leirner, que tem um conjunto de obras em Campos do Jordão.

Frieda WolffJewish Museum of Sao Paulo

A pesquisadora Frieda Wolff, autora de mais de 40 livros, cujo trabalho aborda a história da comunidade judaica no Brasil.

Trudi Landau (1945)Jewish Museum of Sao Paulo

A escritora Trudi Landau, que iniciou sua trajetória enviando cartas aos jornais, revelando-se uma bem humorada cronista.

Cellebration of the 18th anniversary of the Brazil-Israel Magazine. Berta Kogan at the microphone. 1967. Brazil-Israel Magazine Collection. (1967)Jewish Museum of Sao Paulo

Berta Kogan

Iedenitze, Moldávia, 1912 - São Paulo, Brasil, 1997 

Berta Kogan’s wedding. Undated.Jewish Museum of Sao Paulo

No Brasil, os pais, Berta e seus 11 irmãos foram bem recebidos. Porém, o pai não se adaptou: era um intelectual, apreciava música. Chegou a trabalhar como mascate, porém foi sua mãe que assumiu o sustento da casa.

Wizo ladies meeting with Berta Kogan, standing on the right. Undated. Brazil-Israel Magazine Collection., From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Berta desempenhou inúmeras tarefas ligadas à comunidade. Segundo ela contava, os imigrantes encontraram nas instituições judaicas auxílio e solidariedade.

Pinchas Steinvaef, Moshe, Itzhak Korn and Berta Kogan. Undated. Brazil-Israel Magazine Collection., From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Berta deixou claro o seu ressentimento durante a ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945), quando os judeus e os imigrantes foram vítimas de preconceito em função do nacionalismo da época.

Berta Kogan greets Israeli Ambassador David Shaltiel at Copacabana Palace. Rio de Janeiro. Brazil-Israel Magazine Collection., 1950, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Berta sonhava com a criação do Estado de Israel, o que viu ganhar força após a Segunda Guerra Mundial, quando o sionismo cresceu e muitos passaram a lutar pelo Estado do povo judeu.

First edition of the Brazil-Israel Magazine (1949)Jewish Museum of Sao Paulo

Berta Kogan se destacou como uma mulher à frente do seu tempo, idealizando em 1949 a Revista Brasil-Israel, com o intuito de "aproximar os dois países e os dois povos".

Letter to the readers of the first edition of the Brazil-Israel Magazine (1949)Jewish Museum of Sao Paulo

Berta Kogan presents the President of Israel, Zalman Shazar, on the left, with a magazine made in his honour; on the right, Leon Feffer. (1966)Jewish Museum of Sao Paulo

Berta foi diretora-superintendente da revista. Seu irmão, o jornalista Samuel Wainer, fundador e editor-chefe do Jornal Última Hora, deu grande apoio a sua carreira.

Berta Kogan at her place of work at the publishing house. São Paulo, undated. Brazil-Israel Magazine Collection.Jewish Museum of Sao Paulo

Após mais de três décadas à frente da publicação, em 1982, as dificuldades começaram a surgir. Diante disso, Berta passou a viver no Lar dos Velhos. Ainda assim, a revista prosseguiria por mais dez anos, até 1992.

Special Passover edition of Revista Brazil-Israel. (1992)Jewish Museum of Sao Paulo

A sua relação com a publicação era tão intensa que, ao doar toda a documentação ao Arquivo Histórico Judaico Brasileiro (atual Centro de Memória), disse: “Algo em mim se quebrou”.

Daniella acting in the play "Knock" (1959)Jewish Museum of Sao Paulo









Daniella





Weil





Stransky 



São Paulo, Brasil, 1932 

Daniella with her father, Rene Weil (1946)Jewish Museum of Sao Paulo

Proprietário de uma casa de leilões, seu pai foi um dos fundadores do Cemitério Israelita. A família se reunia no Shabat: “Essas reuniões eram cheias de calor humano, um ambiente familiar que, depois que os perdi, nunca mais encontrei".

Daniella Weil singing in the municipal disco of São Paulo,Suzanne Weil, her mother, on the piano., 1958, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Dany Darcel, stage name of Daniella Weil at Vera Nunes Theater Company, next to Walmor Chagas. (1953)Jewish Museum of Sao Paulo

Em 1952, entrou para o curso de estudos cinematográficos. Foi lá que conheceu Walmor Chagas e Ítalo Rossi, com quem atuou em “Pancada de amor”, peça de Noel Coward.

Wedding of Daniella Weil and Geraldo Stransky., 1961, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Em 1961, casou-se com Geraldo Stransky no Panamá, onde teve uma carreira intensa no teatro e na televisão.

Daniella and Geraldo Stransky with friends. (1962)Jewish Museum of Sao Paulo

Daniella colecionou inúmeros registros com o desejo de manter viva a história de sua família.

Theater program for the play "The Odd Couple", performed by Daniella Weil Stransky. Panama, 1992., 1992, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Theater program for the play "Los Palomos", performed by Daniella Weil Stransky., 1985, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Em sua coleção de documentos, destacam-se os roteiros de peças de teatro, relacionados à atuação de Daniella Weil Stransky, como passou a ser conhecida no Panamá.

Official program of the Cultura Artística (Artistic Culture) Theater with a message for Daniella Weil., 1954, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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A artista atuou com Cacilda Becker e Sergio Cardoso na peça “A filha de Iório”, em 1954.

Theater program for the play "Antigone" performed by Daniela Weil. Cultura Artistica Theater., 1957, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Daniella Weil playing Ninette, "O Mexicano" (“The Mexican”). TV Channel 5., 1954, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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No início, usava o nome artístico Dany Darcel. Já formada, começou a se apresentar em teatros e televisão. Em “Precisa-se de um filho” e “Deus lhe pague” foi dirigida por Procópio Ferreira.

Daniella Weil Stransky (1962)Jewish Museum of Sao Paulo

Quando seu marido faleceu, nos anos 1990, começou a organizar os documentos de sua família, como uma forma de narrar sua história.

Felicia Leirner, São Paulo, SP. Brazil (circa 1951) by Brill, Alice Instituto Moreira Salles









Felícia
Leirner 



Varsóvia, Polônia, 1904                            São Paulo, Brasil, 1996 

Felícia Leirner. Warsaw, 1923. Image taken from the book "Felícia Leirner: A Arte como Missão" (“Felicia Leirner: Art as Mission”) by Frederico Morais. Felícia Leirner Museum, 1991. (1923)Jewish Museum of Sao Paulo

Felícia Leirner veio para o Brasil em 1927 com sua mãe para encontrar o seu marido, Isai Leirner, com quem havia se casado na Polônia. O casal teve três filhos: Nelson, Giselda e Adolfo, nascidos no Brasil.

Felícia Leirner. Sketch made with India ink for the series "Composições" (“Compositions”). Image taken from the book "Felícia Leirner: A Arte como Missão" (“Felicia Leirner: Art as Mission”) by Frederico Morais. Felícia Leirner Museum, 1991., From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Felícia tornou-se aluna de Yolanda Mohalyi aos 42 anos. Logo percebeu que o desenho não atendia às suas aspirações. Assim, foi trabalhar com Victor Brecheret, com quem pode definir seu caminho artístico.

Felícia Leirner in her studio. c. 1950s. Image taken from the book "Felícia Leirner: A Arte como Missão" (“Felicia Leirner: Art as Mission”) by Frederico Morais. Felícia Leirner Museum, Museu Felicia Leirner, 1950, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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O processo criativo da artista utilizava o barro como “momento inicial da criação”. Segundo ela, esse material “responde às nossas mãos, melhor ainda, à nossa imaginação”.

Felícia Leirner in her studio. c. 1950s. Image taken from the book "Felícia Leirner: A Arte como Missão" (“Felicia Leirner: Art as Mission”) by Frederico Morais. Felícia Leirner Museum, 1991. (1950)Jewish Museum of Sao Paulo

O bronze foi a matéria-prima de suas primeiras esculturas. Posteriormente,emergem obras de grande porte, construídas com cimento pintado de branco.

Felícia Leirner with the head of her mother Sheila Aichembaum. Image taken from the book "Felícia Leirner: A Arte como Missão" (“Felicia Leirner: Art as Mission”) by Frederico Morais. Felícia Leirner Museum, 1991.Jewish Museum of Sao Paulo

O tema central de sua obra é a maternidade. Segundo ela, “Alguma coisa das mulheres bíblicas em mim ficou, e eu sinto ainda poder amar e criar, através de tudo que pode germinar”

Commemorative stamps for the 10th São Paulo Biennial, depicting a sculpture by Felícia Leirner., 1969, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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A artista realizou mostras na Galeria das Folhas a partir de 1957 e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo em 1960 e 1961. Também participou do Salão de Arte Moderna de Brasília em 1966.

Felícia Leirner’s personal collection (1962)Jewish Museum of Sao Paulo

Declaração de Pietro Maria Bardi, diretor do MASP, informando a aquisição e doação de escultura de Felícia Leirner para a Tate Gallery. São Paulo, 1962.

Felícia Leirner’s personal collection (1963)Jewish Museum of Sao Paulo

Carta de John Rothstein, diretor da Tate Gallery, comunicando o recebimento da escultura de Felícia Leirner doada por Pietro Maria Bardi à galeria. Londres, 1963.

Invitation to the opening cocktail reception for the 28th Venice Biennial and event programme, 1966, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Suas obras estão no MASP – Museu de Arte de São Paulo, no Museu de Arte Moderna de Paris, no Museu de Arte de Roma, na Tate Gallery, na Modern Gallery em Belgrado e no Museu Hermitage em São Petersburgo.

Cover of the book "Felicia Leirner: a Arte como Missão" (“Felicia Leirner: Art as Mission”). Author: Frederico Morais. Published by the Felícia Leirner Museum., Felicia Leirner Museum, 1991, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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A handwritten reflection by Felícia Leirner (1995)Jewish Museum of Sao Paulo

quando eu era criança o mundo não era / meu, e eu não era do mundo, / eu não dormi eu não acordei, / eu não sonhei. / eu não era tempo não era cor / e nem pensar. Agora com 91 anos / o mundo é meu e eu sou do mundo / eu durmo sonho acordo, sei que / nasci penso, e pergunto / onde está tudo que só amei sofri / e só para perguntar que eu / nasci, ≈≈≈ a não ser na eternidade / e no eterno sonhar sem fim / e sempre morrer morrer

Frieda WolffJewish Museum of Sao Paulo









Frieda
Wolff 



Berlim, Alemanha, 1911                                Rio de Janeiro, Brasil, 2008 

Egon and Frieda Wolff. (1940)Jewish Museum of Sao Paulo

Quando Frieda e Egon comunicaram aos pais que tinham decidido se casar e emigrar para o Brasil, diante da gravidade da situação dos judeus na Alemanha, ouviram: “Vocês enlouqueceram? Onde fica o Brasil?”

Egon and Frieda Wolff (1936)Jewish Museum of Sao Paulo

A atividade de pesquisa histórica do casal teve início com a participação na diretoria de uma sociedade beneficente judaica do Rio de Janeiro, entre 1963 e 1964.

Jewish Peoples in Imperial Brazil: a research study into Documents and News Reports produced in Rio de Janeiro during that time.", 1975, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Seus livros foram escritos “... com a ideia de servirem de fonte para futuros historiadores e sociólogos, que deveriam usar as fontes que nós tínhamos descoberto e descrito, para estudos aprofundados”.

Regina Libcowitch’s grave., From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Em seu livro “Sepulturas de Israelitas”, com cinco volumes, retrata a presença judaica por meio de um meticuloso levantamento em cemitérios no país.

Frieda and Egon WolffJewish Museum of Sao Paulo

Em 1969, o casal passa a se dedicar em tempo integral à pesquisa da história dos judeus no Brasil. Sócios titulares do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, foram reconhecidos como pesquisadores de Notório Saber.

“Our Three Lives and Other Stories”, 1999, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Frieda trabalha com histórias conectadas: da cultura, do cotidiano, das estruturas políticas e sociais.

Frieda WolffJewish Museum of Sao Paulo

Frieda foi ativa colaboradora na imprensa. Com o objetivo de preencher lacunas, procurou assegurar a integridade dos fatos. Segundo ela, a presença judaica no Brasil do séc. 19 vinha sendo vagamente mencionada.

The Wolff couple on board the Queen Elizabeth.Jewish Museum of Sao Paulo

O trabalho de pesquisa do casal era financiado com recursos próprios. Mas Frieda fazia questão de destacar nunca terem pago pelas publicações. Dizia que, se tivessem que pagar, então a obra não era boa.

Part of Frieda Wolff’s travel diaries, written accounts, expenditure reports and contact addresses. (1946-1994.) by Frieda WolffJewish Museum of Sao Paulo

O casal fez inúmeras viagens ao exterior e pelo Brasil, cujos relatos foram registrados em diários preservados no Centro de Memória do Museu Judaico.

Frieda Wolff at the book-signing night and launch of her book "Nossas três vidas e outras histórias” (“Our Three Lives and other Stories”) at Sette bookshop/publishing house., From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Trudi Landau (1945)Jewish Museum of Sao Paulo









Gertrude
Landau 



Colônia, Alemanha, 1920                          São Paulo, Brasil, 2015 

Albert and Berta Joseph, the parents of Trudi Landau. (1938)Jewish Museum of Sao Paulo

Com a crescente perseguição nazista, ela e o pai foram para a Bélgica, até que seu pai teve de se apresentar à polícia. Para a filha, deixou um bilhete de despedida: “Bleibe brav, dein vater” (“Continue honrada, teu pai”).

Trudi (Joseph) Landau (1938)Jewish Museum of Sao Paulo

Com 19 anos, decidiu fazer uma plástica no nariz para suavizar o que considerava “um aspecto muito judaico” de sua fisionomia
“... a operação me salvou a vida, porque eu deixei de ter medo, deixei de me sentir judia, deixei, efetivamente, de ter aparência de judia que, na Alemanha nazista, tinha grande importância ...”.

Trudi Joseph and Jean Landau’s Wedding Invitation. (1944)Jewish Museum of Sao Paulo

“Depois de uma longa e penosa permanência na clandestinidade e graças à Libertação (da França), a Senhorita Trudy Joseph e o Senhor Jean Landau têm o grande prazer de vos comunicar a celebração de seu casamento na mais estrita intimidade na Prefeitura de Le Mas (a.-m.) em 18 de dezembro de 1944.

Text written by Dirceu Soares about Trudi Landau. Folha de São Paulo newspaper., 1977-03-01, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Leitora atenta aos jornais, Trudi passou, a partir de 1973, a enviar cartas às redações para comentar as reportagens publicadas, tornando-se uma “cartamaníaca”.

Extract from letter sent to the “São Paulo Asks” section of the Jornal da Tarde newspaper, in which Trudi Landau affirms that Herzog was not buried in the section reserved for suicides at the Israeli Cemetery. (1976)Jewish Museum of Sao Paulo

Em carta à seção ‘São Paulo Pergunta’ do Jornal da Tarde de 15/3/1976, Trudi afirmou que Vladimir Herzog não foi enterrado na quadra reservada aos suicidas do Cemitério Israelita.

"Vlado Herzog – What Still Had To Be Told" - Trudi Landau., Trudi Landau, 1986, From the collection of: Jewish Museum of Sao Paulo
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Seu texto enfático, teve grande repercussão e emocionou Zora Herzog, mãe de Vladimir. Anos depois, Trudi escreveu o livro “Vlado Herzog - O que faltava contar”.

Trudi and her friend Lourenço Diaféria, journalist and writer. (Década de 1970)Jewish Museum of Sao Paulo

Trudi manteve uma rica correspondência com Lourenço Diaféria (foto), Carlos Drummond de Andrade, Edmilson Caminha e Alberto Dines.

book book (1930/1930)Jewish Museum of Sao Paulo

Com Carlos Drummond de Andrade, manteve contato de 1975 até 1987. Dessa amizade, Trudi publicou em 1992 “Carlinhos Querido: A amizade postal entre Carlos Drummond de Andrade e a escritora Trudi Landau”.

Trudi Landau and her dog Gipsy.Jewish Museum of Sao Paulo

Trudi passou a assinar uma coluna no Notícias Populares. Escrevia sobre moda, comportamento e literatura, mas também contra a ditadura. Sua cadelinha Gipsy surgia como interlocutora de diálogos imaginários.

Credits: Story

CENTRO DE MEMÓRIA DO MUSEU JUDAICO DE SÃO PAULO
DIRETORIA EXECUTIVA: Roberta Sundfeld
GERÊNCIA DO CENTRO DE MEMÓRIA: Linda Derviche Blaj
CURADORIA: Beatriz Blay
PESQUISA: Dora Grynglas, Edith Hojda, Linda Derviche Blaj, Paulete Goldenberg, Pollyana Marin e Rebeca Scherer
EDIÇÃO DE TEXTO: Yara Guerchenzon
DIGITALIZAÇÃO: Julia Thompson

Credits: All media
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