Sarah Affonso

Conheça o universo da artista num texto acompanhado por uma seleção de obras da exposição «Tudo o que eu quero – Artistas portuguesas de 1900 a 2020»

Por Fundação Calouste Gulbenkian

Texto de Lígia Afonso / Plano Nacional das Artes

Retrato de Matilde (1932) de Sarah AffonsoFundação Calouste Gulbenkian

Sarah Affonso passa a juventude em Viana do Castelo, norte de Portugal. As festividades, crenças e tradições do Minho, em particular as procissões, os arraiais, os bailes e os casamentos, tornam-se o pano de fundo de um imaginário idílico e quase mitológico onde, afirmava, “tudo são quadros à espera de pintores”. Affonso foi também marcada pela arte popular ali produzida, nomeadamente pelos brinquedos de figurado de Barcelos cuja representação integrava nas pinturas.

Retrato de Matilde (1932) de Sarah AffonsoFundação Calouste Gulbenkian

Retrato de Matilde, 1932
Óleo sobre tela
83,5 x 58,5 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 83P637

Meninas (1928) de Sarah AffonsoFonte original: Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado

De cores vivas e vibrantes, as suas obras, alegóricas e aparentemente ingénuas, são modernistas no tema, nas referências, na síntese das formas, no recorte das figuras e no rigor da composição. Intuitivamente etnográfico, o seu olhar interessa-se pelo primordial rural, pelos rituais dos pescadores, pela ocupação das mulheres e crianças, e desenvolve-se em desenho, bordado e cerâmica, mesmo com o abrandamento da produção da pintura após o seu casamento, em 1934, com Almada Negreiros.

Meninas (1928) de Sarah AffonsoFonte original: Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado

Meninas, 1928
Óleo sobre tela
92 x 77 cm
Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, inv. MNAC 1525

Retrato de Tagarro e Waldemar da Costa (1929) de Sarah AffonsoFundação Calouste Gulbenkian

O retrato íntimo – de si, dos filhos, dos netos – assumirá uma enorme relevância no seu trabalho. Integrada num meio artístico essencialmente masculino, fará uma importante série de retratos dos amigos e companheiros de trabalho, numa linguagem formalmente sintética, mas com a densidade psicológica de quem entra “na pintura por emoção”.

Retrato de Tagarro e Waldemar da Costa (1929) de Sarah AffonsoFundação Calouste Gulbenkian

Retrato de Tagarro e Waldemar da Costa, 1929
Óleo sobre tela
73 x 59 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 83P1109

O meu retrato (1927) de Sarah AffonsoFonte original: Coleção Particular

O meu retrato, 1927
Óleo sobre tela
50 x 40 cm
Coleção Particular

Créditos: história

Seleção de obras apresentada na exposição Tudo o que eu quero: Artistas portuguesas 1900-2020, no seu primeiro momento no Museu Calouste Gulbenkian, no âmbito da programação cultural que decorre em paralelo à Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021.

Exposição organizada pelo Ministério da Cultura de Portugal, Direção Geral do Património Cultural e a Fundação Calouste Gulbenkian, em co-produção com o Centro de Criação Contemporânea Olivier Debré, Tours e com a colaboração do Plano Nacional das Artes.

Curadoria:
Helena de Freitas Bruno Marchand


Texto de Lígia Afonso / Plano Nacional das Artes
Seleção de recursos online Maria de Brito Matias


Conheça melhor as obras de Sarah Affonso apresentadas no contexto desta exposição:
Tudo o que eu quero: O Olhar e o Espelho

Créditos: todos os meios
Em alguns casos, é possível que a história em destaque tenha sido criada por terceiros independentes, podendo nem sempre refletir as visões das instituições, listadas abaixo, que forneceram o conteúdo.
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