Do Itaú Cultural
Itaú Cultural
Ocupando dois andares do Itaú Cultural, em São Paulo, SP, em um total de 514 metros quadrados, o Espaço Olavo Setubal foi inaugurado em dezembro de 2014. A exposição permanente reúne obras de duas coleções específicas do maior acervo de arte de uma companhia privada da América Latina: 'Brasiliana Itaú' e 'Itaú Numismática'.
O Brasil Desconhecido
Foi pelo litoral que o atual território brasileiro começou a ser descoberto por navegadores europeus. Durante o primeiro século, pouco se explorou o interior. Mapas delineavam apenas parte da costa e chamavam o país de Terra Nova ou Terra dos Papagaios.
Cest la Dedvction du Sumptueux Ordre Plaisantz Spectacles et Magnifiqves Theatres. Entrèe d'Henry ii à Rouen (1551), de Jean Dugord e Robert DugordItaú Cultural
Americae Tertia Pars Memorabile Provinciae Brasiliae Historiam Cenas de antropofagia no BrasilItaú Cultural
Nenhum artista visitou o Brasil nesse período. As imagens existentes foram criadas na Europa a partir de relatos e descrições escritas. O tema dominante era o canibalismo, protagonista de grande parte das gravuras que descrevem o país.
Cenas de Antropofagia no Brasil, parte de Americae Tertia Pars Memorabile Provinciae Brasiliae Historiam (1592), de Théodore de BryItaú Cultural
Ce sont icy les vrais portraíct des sauuagie de lisle de Maragnon appelez Topinambous amenez au tres-chrestien Roy de France... (1613), de Pierre-Jean Mariette e Joachim Du ViertItaú Cultural
Os povos indígenas também são retratados vestidos à moda europeia ou em modelos atléticos imaginados pelos artistas europeus, que nunca os haviam visto.
O
Brasil Holandês
Os oito anos passados por Maurício de Nassau no Nordeste valeram ao Brasil o precioso legado dos jovens cientistas e artistas da comitiva holandesa, que publicaram em grandes livros ilustrados todas as imagens e informações colhidas no país. Neste módulo, destaca-se o quadro a óleo de Frans Post Povoado numa Planície Arborizada, peça inaugural da Coleção Brasiliana Itaú.
Historia Naturalis Brasiliae (1648), de George Marcgraf e Willem PisoItaú Cultural
Moeda de Ouro, 20.000 réis (1724/1727)Itaú Cultural
O Brasil Secreto
Após derrotar o invasor holandês, o governo de Portugal fechou o país aos visitantes estrangeiros por mais de 150 anos. A preocupação em manter o Brasil secreto aumentou após a descoberta de enormes jazidas de ouro e diamantes, por volta de 1700, em Minas Gerais.
A grande riqueza trazida para o rei de Portugal D. João V, pelo ouro e diamantes do Brasil, se reflete no tamanho e no peso das moedas de ouro portuguesas, cunhadas em 1724 e 1727, os famosos “dobrões”.
Nossa Senhora das Dores, Fase 5ª Máxima (1791/1810), de Antônio Francisco LisboaItaú Cultural
Nesse período, surgiu um mito da arte nacional, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. É dele a imagem de cedro policromado Nossa Senhora das Dores.
Plan de la Baye, et de La Ville de Rio-Janeiro (1740), de René Duguay-TrouinItaú Cultural
A primeira edição das “Memorias” do corsário francês Du Guay-Trouin, que invadiu e conquistou o Rio de Janeiro em 1715, foi impressa em Paris em 1740. Incluída na edição a “Planta da baia da cidade do Rio de Janeiro”, umas das primeiras representações impressas da capital colonial a ter ampla divulgação.
Astrocanyum gynacanthum, Bactris pertinata, Bactris hinta (1830), de Carl Friedrich Philipp von MartiusItaú Cultural
O Brasil dos Naturalistas
Com a chegada da família real e a abertura dos portos, em 1808, o país foi finalmente revelado ao mundo e, nas décadas seguintes, recebeu centenas de artistas e cientistas determinados em registrar o território, seus costumes, sua flora e sua fauna, movidos pela enorme curiosidade represada nos 150 anos em que o país ficou fechado.
Forêt vierge du Brésil (1822), de Conde de Clarac Claude François FortierItaú Cultural
Esta gravura em cobre executada em 1822 pelo gravador Fortier a partir da grande aquarela do Conde de Clarac é a primeira imagem autêntica da floresta virgem do Brasil a circular na Europa como gravura individual.
Com a chegada da família real e a abertura dos portos, em 1808, o país foi finalmente revelado ao mundo e, nas décadas seguintes, recebeu centenas de artistas e cientistas determinados em registrar o território, seus costumes, sua flora e sua fauna, movidos pela enorme curiosidade represada nos 150 anos em que o país ficou fechado.
Camacãs / Índia camacã mongoió (1835), de Jean-Baptiste Debret e C. MotteItaú Cultural
Publicado na mesma época do álbum de Rugendas, o livro de Debret também contém numerosas gravuras de índios, tema permanente de interesse para o público europeu.
Debret teve menos oportunidade de observar diretamente os índios que Rugendas, e muitas de suas gravuras adaptaram motivos de gravuras publicadas anteriormente, que representavam índios observados por outros naturalistas.
Painel Panorâmico Alegórico do Rio de Janeiro (1835), de Guillaume Frederic Romny e Félix-Émile TaunayItaú Cultural
O Brasil da Capital
Foco da atenção dos artistas viajantes, o Rio de Janeiro possui rica iconografia que retrata a variedade da vegetação, do mar e da topografia da segunda capital do Brasil.
Ilha da Cobras (1834), de Frédéric SalathéItaú Cultural
Largo do Paço (1834), de Frédéric SalathéItaú Cultural
Panorama da Cidade de São Paulo (1821), de Armand Jullien PallièreItaú Cultural
O Brasil das Províncias
Menos retratadas que a capital, as diferentes regiões do Brasil foram às vezes documentadas por artistas viajantes
Encomendada pelo imperador D.Pedro I, Panorama da Cidade de São Paulo, do francês A.J.Pallière, é considerada a obra mais importante da iconografia paulistana anterior à fotografia. O óleo sobre tela desapareceu ao ser vendido após a Proclamação da República e ficou esquecido por 110 anos, até ser redescoberto em 2001, quando foi integrado à Coleção Brasiliana Itaú.
Vista de São Luís do Maranhão (ca.1860), de Joseph Léon RighiniItaú Cultural
Também esquecidas em coleções particulares, a Vista de São Luís do Maranhão, de cerca de 1860, e a Vista Panorâmica da Baía de Belém do Pará, de 1870, ambas pintadas por J. L. Righini, são essenciais na iconografia amazônica.
A Panoramic View of the Bay of Belém do Pará (1870), de Joseph Léon RighiniItaú Cultural
Condecoração - Ordem Imperial da Rosa (1829/1889)Itaú Cultural
O Brasil do Império
A família real, depois imperial, foi amplamente retratada e desempenhou papel fundamental no desenrolar da arte no Brasil.
Casamento de D. Pedro I e D. Amélia (1829), de Jean-Baptiste DebretItaú Cultural
Pintor da corte, Debret presenciou e registrou a cerimônia de casamento de D. Pedro I com sua segunda mulher, D. Amélia. A ideia era que um óleo sobre tela de grandes proporções fosse feito com base na obra exposta nesse espaço. Com a abdicação do imperador, em 1831, o quadro maior não foi produzido.
Souvenir de Rio de Janeiro (1832), de Jean-Baptiste DebretItaú Cultural
Escravos nas Ruas do Rio de Janeiro (ca. 1814), de Joaquim Cândido GuilhobelItaú Cultural
O Brasil da Escravidão
Capítulo tenebroso e determinante da história brasileira, a escravidão foi retratada por uma série de artistas viajantes. O inglês Henry Chamberlain visitou o Rio de Janeiro em 1817 e, cinco anos depois, lançou em Londres a primeira coleção de gravuras focada na mão de obra escrava.
Brazil Pittoresco Encaissage et Pesage du Sucre, de Victor Frond, Charles Ribeyrolles e Ph. BenoistItaú Cultural
Livre Premier L'arrivèe des marsiens (1906), de Allvim Correa (1876-1910) e Herbert George WellsItaú Cultural
O Brasil dos Brasileiros
O Brasil chega ao século XX. Enquanto a república se consolida, a cultura nacional se reconhece – seja questionando a tradição e absorvendo elementos estrangeiros, como fez o modernista Oswald de Andrade na coletânea de poemas Pau Brasil, de 1925, seja compondo crônicas visuais focadas nos tipos da cidade e no meio político, trabalho que o cartunista J.Carlos realizava com senso crítico e bom humor.
ESPAÇO OLAVO SETUBAL
Avenida Paulista, 149 (pisos 4 e 5)
São Paulo - SP
terça a sexta 9h às 20h
sábado, domingo e feriado 11h às 20h
fone (11) 2168-1777
atendimento@itaucultural.org.br
COORDENAÇÃO GERAL
Eduardo Saron
Henrique Idoeta Soares
Sofia Fan
CURADORIA
Pedro Corrêa do Lago
Vagner Porto (numismática)
PRODUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO
Angélica Pompilio de Oliveira
Edson Martins da Cruz
PROJETO EXPOGRÁFICO
T+T Projetos
Daniela Thomas
Felipe Tassara
Tania Menecucci
ARQUITETURA
B7 Arquitetura e Design
Vlamir Saturni
PRODUÇÃO GERAL
Ana Francisca Sales
Edvaldo Silva
Juliana Monteiro dos Santos
PRODUÇÃO DE ARQUITETURA
Aline Arroyo Oliveira
Érica Pedrosa
PRODUÇÃO TÉCNICA
Vinicius Ramos
Wanderley Bispo
APOIO DE PRODUÇÃO E MONTAGEM
Manuseio Montagem e Produção Cultural
Claudia Silva
PROJETO DE ILUMINAÇÃO
Design da Luz Estudio
Fernanda Carvalho
COORDENAÇÃO DE TEXTO
Carlos Costa
PRODUÇÃO EDITORIAL
Lívia Gomes Harazabedian
TRADUÇÃO
John Norman
REVISÃO DE TEXTO
Ciça Corrêa
Polyana Lima
Tatiana Diniz
PRODUÇÃO MULTIMÍDIA
Ricardo Tayra
VÍDEOS E ANIMAÇÕES
Birdo Studio
AMBIENTE VIRTUAL 3D
Jonathan Medina
Marcos Cuzziol
PESQUISA MÓDULO BRASIL DA CAPITAL (DIAGRAMA)
Cau Barata
CONSULTORIA DE CONSERVAÇÃO
Library Services Conservação de Acervos de Biblioteca
AGRADECIMENTOS
Zeca Rudge, Ruy Souza e Silva, Alfredo Gallas, Eduardo Giannetti e equipe do Itaú Cultural
HOMENAGEM AO NUMISMATA
Herculano Pires (in memoriam)
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