Aquisições de acervo do Museu Nacional de Belas Artes após 1940

Parte II

Interior de ateliê (1944), de Milton DacostaMuseu Nacional de Belas Artes

Apresenta algumas das aquisições de acervo após a criação do museu.

Eliseu Visconti com o Presidente Getúlio Vargas e o Ministro da Educação e Saúde Gustavo Capanema, de Autor desconhecidoMuseu Nacional de Belas Artes

O surgimento de um novo museu

O Museu Nacional de Belas Artes foi instituído em 13 de janeiro de 1937, por meio da Lei Nº  378, assinada pelo Presidente Getúlio Vargas.

 Desde a sua criação, o MNBA ocupa o edifício construído, entre os anos 1906-1908, na Avenida Rio Branco, Rio de Janeiro. O referido edifício vem sendo adaptado com o propósito de garantir condições tecnicamente adequadas às necessidades de conservação e exposição do acervo

Café (1935), de Candido PortinariMuseu Nacional de Belas Artes

Em 1941, o MNBA adquiriu a pintura Café de autoria de Cândido Portinari.

Toque para explorar

Buscando abrir-se para a arte não europeia, o Museu Nacional de Belas Artes diversifica seu acervo a partir dos anos 1960, com a aquisição das coleções de Arte Africana e Arte Popular e, posteriormente, Arte Indígena.

Máscara ritual, Grupo Cultural Benin, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Noivado a Cavalo, Mestre Vitalino, 1963, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Máscara, palha de buriti, madeira, tinta de urucum e de jenipapo, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Coleção de Arte Popular

Coleção de Arte Africana

LicocóMuseu Nacional de Belas Artes

Figura masculina sentada, de Grupo Cultural KarajáMuseu Nacional de Belas Artes

Favela (1958), de Rossini PerezMuseu Nacional de Belas Artes

No início da década de 1980 foi criado, por Carlos Martins e sua equipe, o Gabinete de Gravura do Museus Nacional de Belas Artes com o objetivo de atualizar, organizar, tratar, reimprimir, estudar e expor a coleção de gravura do museu.

Favela (1958), de Rossini PerezMuseu Nacional de Belas Artes

Atualmente a Coleção de Gravura é composta por mais de oito mil e setecentos itens, com importantes artistas brasileiros.

Noturno, Oswaldo Goeldi, 1950, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Mangue, Lasar Segall, 1927, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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[Pedra da] Gávea" [Rio de Janeiro, RJ], Carlos Oswald, 1925, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Sesta, Carlos Scliar, 1955, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Festa, Lívio Abramo, 1956, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Soldador, Djanira, 1967, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Composição abstrata, Maria Leontina, 1965, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Composição abstrata, Fayga Ostrower, 1958, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Composição abstrata, do álbum "Anna Letycia: Cinco estampas", Ana Letícia, 1967, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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E estrangeiros, como:

Homem usando uma boina alta, Rembrandt, 1630, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Sansão matando o leão, cerca de 1497-1498, Albrecht Dürer, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Estudo do vitral Juda, Marc Chagall, 1900/1985, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Composição abstrata, Joan Miró, 1900/1983, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Atualmente, o museu possui cerca de cem mil itens em seu acervo, entre esculturas, pinturas, gravuras, fotografias, desenhos, mobiliário, arquivo bibliográfico e histórico, contemplando várias culturas, de diferentes épocas, em múltiplas formas de expressão artística. 

Trajetória I, Anna Maria Maiolino, 1976/1980, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Trânsito, do álbum "Arte & Transporte" (1970), de Ana LetíciaMuseu Nacional de Belas Artes

FLOR I (1993/1994), de Ana MiguelMuseu Nacional de Belas Artes

Vermelho, Glauco Rodrigues, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Vibrações Lineares AZ[ul], V[er]M[elho], PR[eto], Dionísio Del Santo, 1976, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Mármore preto (1954), de Zélia SalgadoMuseu Nacional de Belas Artes

Sem título (1983), de Pedro VasquezMuseu Nacional de Belas Artes

Conversa de esquina, Oswaldo Goeldi, 1930, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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A confabulação, Vítor Arruda, 1998, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Composição, [do álbum] "Sete lendas africanas da Bahia" (1984), de Carybé, Hector Júlio Páride Bernabó, ditoMuseu Nacional de Belas Artes

Composição abstrata (1974), de Emanoel AraujoMuseu Nacional de Belas Artes

Objetos reunidos escutando o bule azul (1983), de Carlos ScliarMuseu Nacional de Belas Artes

Figura feminina pulando a janela: Ilustração (1923/1929), de Roberto RodriguesMuseu Nacional de Belas Artes

Rioma (2017), de Suzana QueirogaMuseu Nacional de Belas Artes

Toque para explorar

A Primeira Missa no Brasil, de Candido PortinariMuseu Nacional de Belas Artes

Comprada pelo Instituto Brasileiro de Museus e doada ao MNBA, em 2013, "A primeira missa no Brasil" de Candido Portinari foi idealizada para compor o projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer para a nova sede de um banco, no Rio de Janeiro. 

Diferente da "Primeira Missa no Brasil", de Vitor Meireles, obra romântica condicionada a uma suposta realidade histórica, esta obra de Portinari explora o rito sagrado, eliminado a terra e estabelecendo planos e volumes com seus personagens marcadamente hierarquizados,

composto por viajantes estrangeiros e suas diferentes posições na estratificação de funções militares e religiosas.

Vista da exposição Pinturas de Portinari na Capela Mayrink (2013)Museu Nacional de Belas Artes

Outra aquisição relevante neste mesmo ano, as quatro obras realizadas por Portinari para a Capela Mayrink, localizada na Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. 

São João da Cruz, Candido Portinari, 1944, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Nossa Senhora do Carmo, Candido Portinari, 1944, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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São Simão Stock, Candido Portinari, 1944, Da coleção de: Museu Nacional de Belas Artes
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Elas revelam um artista em plena identidade cultural, que não rivaliza com o universo simbólico da religiosidade barroca nacional. As imagens ganham uma densidade como se fossem estátuas, e não pinturas. Parecem que se projetam para fora da tela.

Purgatório (1944), de Candido PortinariMuseu Nacional de Belas Artes

Estudo para o painel "Guerra": fera (1955), de Candido PortinariMuseu Nacional de Belas Artes

Compondo a coleção Portinari no acervo do MNBA, temos pinturas, gravuras, matrizes e desenhos, como os estudos para os painéis Guerra e Paz. 

Cana-de-açúcar (1955), de Candido PortinariMuseu Nacional de Belas Artes

Nelas podemos ver o imaginário do artista, com simpatia pela gente simples, trabalhadora, imagens infantis e da sabedoria do mundo caipira.

Para conhecer mais sobre as obras de Portinari que integram o acervo do museu, acesse:

Portinari - coleção Museu Nacional de Belas Artes

Zumbido Zoantrópico (1982), de Jorge GuinleMuseu Nacional de Belas Artes

Além de compras e doações, o MNBA também recebe algumas das apreensões feitas pela Receita Federal, de obras trazidas ilegalmente ao Brasil, cujos compradores não foram identificados. Algumas delas são:

Sem Título, de François Xavier LalaneMuseu Nacional de Belas Artes

Ruína de Charque Ipanema, de Adriana VarejãoMuseu Nacional de Belas Artes

Sem título (2002/2014), de Os GêmeosMuseu Nacional de Belas Artes

Shortcut, de Iván NavarroMuseu Nacional de Belas Artes

O museu tem muito mais histórias do que as contadas aqui, mas algumas delas foram apagadas, silenciadas ou esquecidas. Resgatar essas histórias é tarefa urgente do museu e de uma sociedade que se quer mais justa e inclusiva.

Créditos: história

Museu Nacional de Belas Artes: histórias do museu e da formação de seu acervo
       Parte II

Concepção, pesquisa e realização:

Rafael Rodrigues Felix
Rossano Antenuzzi
Simone Bibian

Idealizada especialmente para o Google Arts & Culture, 2023.

Referências:

BARAÇAL, Anaildo Bernardo. "Fez-se uma galeria com excelentes pinturas": do Museu Nacinal ao de Belas Artes. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 2019.

COLI, Jorge. Como estudar a arte brasileira do século XIX? São Paulo: Editora SENAC, 2005. 

PEREIRA, Sonia Gomes. Arte brasileira no século XIX. Belo Horizonte: C/ Arte, 2008. SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Profissão Artista: pintoras e escultoras acadêmicas brasileiras. São Paulo: Ed. da USP/Fapesp, 2019. 

TELES DA SILVA, Ana; MAIA CRUZ, Danielle. Patrimônio artístico e cultural do Museu Nacional de Belas Artes: reflexões sobre as representações do negro no acervo expográfico. Iluminuras, Porto Alegre.

Créditos: todas as mídias
Em alguns casos, é possível que a história em destaque tenha sido criada por terceiros independentes. Portanto, ela pode não representar as visões das instituições, listadas abaixo, que forneceram o conteúdo.

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