Palácio da Bolsa Oficial de Café
A construção do prédio apresentada por meio dos relatórios de acompanhamento das obras
Do Museu do Café
Museu do Café
Sala do pregão da Bolsa. (1919), de São Paulo ModernoMuseu do Café
Antes da construção
A Bolsa Oficial de Café foi autorizada a funcionar por decreto do governo estadual em 28 de abril de 1917 para centralizar as operações e as informações comerciais sobre o produto, assim como registrar os negócios realizados pelos corretores oficiais. Além disso, oferecia um serviço de classificação de café. Funcionou em seus primeiros anos no andar térreo de um edifício na esquina entre a rua 15 de Novembro e rua do Comércio (antiga Sto. Antônio).
Pode-se ver: a mesa do presidente na ponta; as cadeiras dos síndicos, próximas a ela; as cadeiras para os corretores; ao fundo, os quadros de cotações.
Sala de classificação da Bolsa. (1919), de São Paulo ModernoMuseu do Café
O classificador e seus assistentes faziam a classificação do grão, contabilizando os defeitos e grãos imperfeitos para definir a qualidade da amostra (lata de 300g).
Escritórios da Bolsa. (1919), de São Paulo ModernoMuseu do Café
O controle das informações era essencial para o funcionamento da Bolsa. Todas negociações, corretores e empresas eram registrados em livros específicos.
Demolição de edifício na rua Tuiuti. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
A construção
O número de corretores oficiais, não possuindo número fixo estipulado em estatuto, era de 21 em 1919 e em 1920 chegava a 52 empossados. No dia 27 de janeiro de 1920 foi enviado ofício pela Secretaria da Bolsa Oficial e Câmara Sindical dos Corretores de Café ao Governo do Estado que dizia: "O grande desenvolvimento que tem tomado os negocios a termo na Bolsa Official de Café, e, como consequencia natural desse facto, o augmento sempre crescente do numero de corretores, que já attinge a 52 empossados, afóra mais dois que estão se habilitando, obrigam-me a pedir a V. Excia. providencias para que se inicie a construcção do edificio da Bolsa o mais breve possivel. Embora estejamos instalados em um dos maiores salões de Santos, os corretores se acham entretanto tão unidos uns aos outros e tão comprimidos pelos operadores, que lhes é penoso suportar o grande calor desta epocha, apezar de funccionarem no salão tres ventiladores. Alem disso o salão comporta apenas 46 cadeiras, de modo que lhes prejudica immensamente. O espaço para os operadores é tambem insufficiente e a aglomeração a que são obrigados lhes desagrada e é causa constante de reclamações, occasionando muitas vezes a ausencia de muitos que assim deixam de operar em detrimento de seus interesses e da propria Bolsa que por essa forma tem seus negocios diminuidos". No mês seguinte o Governo do Estado lança decreto declarando serem de utilidade pública os terrenos e prédios situadas no local escolhido para a sede da Bolsa, autorizando suas desapropriações.
Trabalhadores atuam na demolição dos prédios sitos à praça Azevedo Júnior (atual rua Tuiuti).
Enquanto, ao lado, um trabalhador descarrega sacas de uma carroça no edifício ao lado.
Demolição de edifício na rua Frei Gaspar. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Vários prédios e terrenos nas R. XV de Novembro, R. Frei Gaspar, Praça Azevedo Junior e Largo Senador Vergueiro foram desapropriados para a construção da sede da Bolsa
Escavações para fundação do prédio da Bolsa. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Os terrenos e edifícios, muitos pertencentes à Dna. Escolastica Melchert da Fonseca, foram adquiridos pelo valor de 1.058:440$000 (mil e cinquenta e oito contos e quatrocentos e quarenta mil réis).
Prova de carga para fundação do prédio da Bolsa. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Ferragem na fundação do prédio. (1920), de Marques PereiraMuseu do Café
Relatório sobre as obras do prédio em agosto de 1920 p.01. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
A Companhia Construtora de Santos, de Roberto Simonsen, foi contratada para realizar o empreendimento. A construtora fazia relatórios mensais sobre o andamento das obras.
Relatório sobre as obras do prédio em agosto de 1920 p.02. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Os relatórios contém informações importantes como: processos construtivos; material e capital utilizados; trabalhadores envolvidos; dificuldades encontradas.
Serviço de escavações para a fundação do prédio. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Grande volume de aterro era retirado durante as escavações para que se pudesse fazer a fundação do edifício. Foram encontradas galerias pluviais que dificultaram o serviço.
Escavação para fundação da torre do prédio. (1920), de Marques PereiraMuseu do Café
Escavação para fundação da torre do prédio. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Pedras de alicerces antigos também dificultavam as escavações.
Radier da torre. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
O radier era a fundação da torre. Ela foi projetada para ser o ponto mais alto de seu entorno, podendo ser avistada tanto do estuário, quanto por quem vinha pelas ruas Frei Gaspar e XV de Novembro.
Relatório sobre as obras do prédio em outubro de 1920 p.01. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório sobre as obras do prédio em outubro de 1920 p.02. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório sobre as obras do prédio em outubro de 1920 p.03. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório sobre as obras do prédio em outubro de 1920 p.04. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Escavação para a fundação do prédio. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Escavação e estrutura de concreto. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Detalhe para a praça Azevedo Júnior ao fundo, existente à época da construção do edifício, bastante citada nos documentos e que, nos dias de hoje, dá lugar à rua Tuiuti.
Relatório sobre as obras do prédio em novembro de 1920 p.01. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório sobre as obras do prédio em novembro de 1920 p.02. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório sobre as obras do prédio em novembro de 1920 p.03. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Estrutura de concreto armado do prédio. (1920), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Início da subida das primeiras vigas estruturais para concreto armado.
Proposta para fornecimento dos elevadores p.01. (1920), de Pirie Villares & CiaMuseu do Café
Contratação da Pirie Villares & Cia. com descrição técnica dos elevadores a ser comprados para obra e funcionamento do palácio.
Proposta para fornecimento dos elevadores p.02. (1920), de Pirie Villares & CiaMuseu do Café
Resposta da construtora sobre o fornecimento dos elevadores. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
A compra de 3 elevadores para o prédio já indicava as expectativas quanto ao fluxo de pessoas na Bolsa.
Relatório sobre as obras do prédio em dezembro de 1920 p.01. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório sobre as obras do prédio em dezembro de 1920 p.02. (1920), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Definição da compra do soalho de peroba; o material foi guardado em depósito até o momento de sua colocação, junto com outros materiais que ainda seriam comprados para o edifício.
Formação da 1º laje norte do prédio. (1921), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Umas das entradas para a Bolsa era situada frente à Praça Azevedo Junior.
Canteiro de obras e formação da 1º laje norte do prédio. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
A primeira parte a ser levantada em concreto armado foi a área da torre,frente à Praça Azevedo Junior, sendo a região do pórtico da 15 de novembro e salão do pregão consolidada posteriormente.
Concretagem da 1º laje. (1921), de Autor desconhecidoMuseu do Café
Todas etapas da construção eram supervisionadas pelos engenheiros e, às vezes, pelo próprio Roberto Simonsen.
Relatório sobre as obras do prédio em janeiro de 1921 p.01. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório sobre as obras do prédio em janeiro de 1921 p.02. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Primeira menção nos documentos sobre a contratação de Benedicto Calixto para pintura de telas que comporiam o salão do pregão. O escultor Antonio Sartorio também é mencionado para as esculturas.
Relatório sobre as obras do prédio em janeiro de 1921 p.03. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Inicialmente, foi encomendada apenas a tela central, já aparecendo com título de "Fundação de Santos".
Contrato da Cia. Construtora de Santos com o pintor Benedito Calixto p.01. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Contrato de Benedicto Calixto para confecção da tela "Fundação de Santos por Braz Cubas em 1547" (sic).
Contrato da Cia. Construtora de Santos com o pintor Benedito Calixto p.02. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
2º foto parcial das colunas de concreto. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em fevereiro de 1921. p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em fevereiro de 1921, p.2. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em fevereiro de 1921, p.3. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Foto geral das colunas de concreto. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em março de 1921, p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em março de 1921, p.2. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Considerações sobre os terrenos vizinhos e a subida da parede que abrigaria a tela de Benedicto Calixto, considerando a possível entrada de umidade que prejudicaria a tela.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em março de 1921, p.3. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em abril de 1921, p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em abril de 1921, p.2. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Formação da 1º laje sul. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
A legislação santista limitava a altura dos edifícios, de modo que a Bolsa teria apenas 3 pavimentos. Por intervenção do Governo do Estado foi possibilitada a construção de um quarto pavimento.
Ferragem da 1º laje sul. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
Com o adiantar da obra percebe-se o aumento da quantidade de operários contratados, fato citado diversas vezes na documentação.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em maio de 1921, p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Atingia-se aqui a terceira lage, sendo concomitante a construção na ala sul da cúpula que abrigaria o vitral.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em maio de 1921, p.2. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Formação da ferragem da galeria. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
Formação da ferragem da galeria em outro ângulo. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em junho de 1921, p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Começava a ser feito o trabalho de cantaria do peristilo da rua 15 de novembro com assentamento de suas colunas.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em junho de 1921, p.2. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Base dos pilares do pórtico da Bolsa. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
O termo peristilo, frequentemente citado na documentação, é atribuído ao conjunto de colunas e cúpula sobre a entrada do edifício frente as ruas XV de Novembro e Frei Gaspar.
Concretagem da 2º laje. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em julho de 1921, p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em agosto de 1921, p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Neste momento, aponta-se a presença de 108 operários diversos, número que variava mês a mês.
Vigas da 3º laje do prédio. (1921), de Marques PereiraMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em setembro de 1921, p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
O restaurante no terceiro andar, que funcionou até a década de 1970, não foi previsto no projeto inicial, sendo incluso já com as obras em andamento.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em setembro de 1921, p.2. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
O escultor Antonio Sartorio entregou os modelos esculturais para a fachada da Bolsa, representando o Comércio e a Agricultura.
Contrato de Antônio Sartorio para modelos dos motivos esculturais do pórtico palácio da Bolsa Oficial de Café, p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Contrato do escultor Antonio Sartorio com a Companhia Construtora de Santos, contendo características desejadas para as esculturas do pórtico.
Contrato de Antônio Sartorio para modelos dos motivos esculturais do pórtico palácio da Bolsa Oficial de Café, p.2. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em dezembro de 1921, p.1. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Os trabalhos mais especializados dos artífices começavam a ser contratados. Ressalta-se os canteiros que faziam o trabalho em granito róseo na base do palácio da firma dos irmãos Longobardi.
Foi apontada a demanda por serviços de cantaria em São Paulo e no Rio de Janeiro: era a preparação para as Comemorações do Centenário da Independência do Brasil que seria realizada no ano seguinte.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em dezembro de 1921, p.2. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em fevereiro de 1921, p.1. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Conforme o prazo para a inauguração (7 de setembro de 1922) se aproximava, aumentava a urgência das obras e, consequentemente, a de operários envolvidos, neste mês chegando quase a 300.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em fevereiro de 1921, p.2. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Nesse documento citam-se as firmas Cia. Artes Decorativas (estuques em gesso e simili-pierre), Battenfeld (madeira) e Puccinelli (ferro ornamental).
Ofício contratando a Sociedade Artes Decorativas Ltda., abril/1922, p.1. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
À Sociedade Artes Decorativos coube os revestimentos internos de grande parte do prédio, utilizando principalmente simili pierre (espécie de argamassa que imitava pedra).
Ofício contratando a Sociedade Artes Decorativas Ltda., abril/1922, p.3. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Ofício contratando a Sociedade Artes Decorativas Ltda., abril/1922, p.2. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Galeria no primeiro andar do prédio da Bolsa. (1922), de Marques PereiraMuseu do Café
Galeria do mezanino do salão do pregão, um dos ambientes decorados pela Cia. Artes Decorativas.
Detalhe para a iluminação que existia em meio aos estuques de gesso da galeria do mezanino do salão do pregão.
Hall de conversação da Bolsa. (1922), de Marques PereiraMuseu do Café
Vê se, em primeiro plano, o salão de conversação; ao meio o salão do pregão; ao fundo, atrás das divisórias, a secretaria da Bolsa.
Secretaria da Bolsa. (1922), de Marques PereiraMuseu do Café
A secretaria da Bolsa já mobiliada.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em março de 1922, p.1. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em março de 1922, p.2. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Contratação do belga Adrian Van Emelen para confecção das quatro esculturas decorativas que comporiam o topo da torre, quando concluída.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em março de 1922, p.3. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Nesse momento também contratou-se tardiamente Benedicto Calixto para suas duas telas auxiliares que comporiam o salão do pregão: Santos em 1822 e 1922.
Escultura decorativa da torre representando o Comércio. (1922), de Autor DesconhecidoMuseu do Café
Figura confeccionada por Adrian Van Emelen que simboliza o comércio.
Um dos elementos que indicam sua menção ao comércio é o capacete com asas, como utilizado nas figuras de Hermes (Grécia) e Mercúrio (Roma).
A sua esquerda, o caduceu, que repete-se em outros motivos decorativos do edifício, também faz alusão ao comércio.
Escultura decorativa da torre representando a Agricultura. (1922), de Autor DesconhecidoMuseu do Café
Figura confeccionada por Adrian Van Emelen que simboliza a Agricultura.
Sua representação traz um pano sobre a cabeça como uma camponesa européia.
Detalhe para os objetos que aparecem representados: uma ferramenta de trabalho e um ramo de café.
Escultura decorativa da torre representando a Navegação. (1922), de Autor DesconhecidoMuseu do Café
Figura confeccionada por Adrian Van Emelen que simboliza a Navegação.
Como representação da navegação Van Emelen utilizou-se do capacete naval e a âncora.
Escultura decorativa da torre representando a Indústria. (1922), de Autor DesconhecidoMuseu do Café
Figura confeccionada por Adrian Van Emelen que simboliza a Indústria.
Como representação da indústria foram utilizadas engrenagens de máquinas e um martelo de ferreiro.
Além disso uma pessoa aprece na imagem, levando a crer ser o próprio escultor belga Adrian Van Emelen.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em abril de 1922, p.1. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em abril de 1922, p.2. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
É mencionada a oficina A. Grandi para a porta de entrada da Bolsa.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em abril de 1922, p.3. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em abril de 1922, p.1. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Para manter o cronograma da construção, os trabalhos foram estendidos para o período noturno.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em abril de 1922, p.2. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
É citada a necessidade de operários hábeis para o trabalho de cantaria com granito róseo, material utilizado nas colunas do pórtico.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em abril de 1922, p.3. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Para os serviços em mármore - material presente em várias partes do edifício, mas predominante no salão principal - foram contratadas a marmoaria Carrara e Tomagnini e a marmoaria G. Rovida & Cia.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em abril de 1922, p.4. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Para fazer o mobiliário do salão onde seriam realizados os pregões foi contratada "A Residência" de Blumenschein & Cia.
Salão do Pregão da Bolsa. (1922), de Marques PereiraMuseu do Café
As mais de 80 peças confeccionadas em imbuia, sob um estrado de jacarandá, compõe o coração da Bolsa Oficial de Café. Atrás delas estão as telas de Benedito Calixto.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em junho de 1922, p.1. (1922), de Autor DesconhecidoMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em junho de 1922, p.2. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em junho de 1922, p.3. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Menção à contratação da Casa Conrado para construção dos vitrais.
As esculturas do pórtico encomendadas para Antonio Sartorio foram reproduzidas pelo "Professor De Giusti" indicando que ele talvez lecionasse no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
Escultura representando o Comércio construída para o pórtico da rua 15 de Novembro. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Escultura representando o Comércio reproduzida pelo professor De Giusti baseada no modelo de Sartorio, destinada ao pórtico da XV de Novembro.
Novamente observa-se a presença de elementos de Hermes e Mercúrio, como o capacete com asas e o caduceu.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em julho de 1922, p.1. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Os ladrilhos de grês cerâmicos, utilizados em alguns corredores e na sala de classificação, foi um dos vários materiais importados para esta obra.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em julho de 1922, p.2. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Para decorar o teto do salão principal foi encomendada mais uma obra de arte de Benedito Calixto, executada pela Casa Conrado. O vitral busca contar a história do Brasil sob a perspectiva paulista.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em julho de 1922, p.3. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em agosto de 1922, p.1. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
A preocupação com a inauguração do edifício marcada para o dia 7 de setembro, comemoração do 1º Centenário da Independência do Brasil, fica evidente nos últimos relatórios da construtora.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em agosto de 1922, p.2. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Um mês antes da inauguração,a parte principal do edifício estava terminada. Era exaltado o detalhamento e a riqueza de sua decoração.
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em agosto de 1922, p.3. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Relatório da Cia. Constructora sobre as obras do prédio em agosto de 1922, p.4. (1922), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café
Inauguração
A inauguração do Palácio da Bolsa Oficial de Café integrou as Comemorações do 1º Centenário da Independência do Brasil junto com outros edifícios e monumentos. Longe de ser apenas uma data comemorativa, representou o esforço de vários estados - principalmente Rio de Janeiro e São Paulo - em construir uma imagem de modernidade e civilidade e firmar seu papel na identidade nacional. O edifício da Bolsa expõe o imaginário republicano paulista ao utilizar uma linguagem simbólica que, ao mesmo tempo que valoriza a presença dos bandeirantes no passado, propagandeia o progresso do café em seu tempo.
Edifício da Bolsa Oficial de Café recém inaugurado com a torre ainda em construção. (1922), de Marques PereiraMuseu do Café
Sua inauguração foi apressada, feita ainda com a torre em construção.
Edifício da Bolsa Oficial de Café com a torre concluída. (1923), de Marques PereiraMuseu do Café
Sua torre só seria concluída no ano seguinte, em 1923.
Detalhe do trabalho de cantaria em granito róseo.
Detalhe das esculturas idealizadas por Sartorio e executadas pelo professor De Giusti.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
GERALDO ALCKMIN
Governador do Estado
MARCELO MATTOS ARAUJO
Secretário de Estado da Cultura
Renata Vieira da Motta
Coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico
MUSEU DO CAFÉ
Roberto Penteado de Camargo Ticoulat
Presidente do Conselho de Administração
Guilherme Braga Abreu Pires Filho
Comitê Executivo
Eduardo Carvalhaes Junior
Comitê Executivo
Marília Bonas Conte
Diretora Executiva
Rogério Ítalo Marquez
Diretor Administrativo
Alessandra Almeida
Gerente de Controladoria Geral
Thiago Santos
Gerente Administrativo
Caroline Nóbrega
Gerente de Comunicação Institucional
Marcela Rezek Calixto
Coordenadora Técnica
Bruno Bortoloto do Carmo e Pietro Marchesini Amorim
Pesquisa e Curadoria
Bruno Bortoloto do Carmo e Pietro Marchesini Amorim
Produção
