Maria Antónia Siza

Conheça o universo da artista num texto acompanhado por uma seleção de obras da exposição «Tudo o que eu quero – Artistas portuguesas de 1900 a 2020»

Por Fundação Calouste Gulbenkian

Texto de Lígia Afonso / Plano Nacional das Artes

Sem título (não datado) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Maria Antónia Siza foi criadora de muitas centenas de obras sobre papel, nomeadamente desenhos a tinta-da-china, aguarelas, guaches e gravuras, mas também de bordados e algumas pinturas. A sua produção ficará, no entanto, desconhecida do público até muito recentemente, quase meio século passado sobre a sua trágica morte, aos 32 anos.

Sem título (não datado) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Sem título, não datado
Bordado
124 x 40,5 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 18TXP3

Sem título (não datado) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Sem título, não datado
Bordado
144 x 46,5 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 18TXP9

Sem título (década de 1960) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

O seu desenho é sobretudo figurativo, de expressão linear e registo caligráfico. Começava sempre por desenhar os pés aos personagens, que depois cresciam espontaneamente no papel em traços enérgicos, ascendentes e ziguezagueantes. Assim se revelavam seres surrealizantes, grotescos, deformados ou contorcidos, em ações e gestos indiscerníveis, mas individualizados, surgindo de pé, caídos no chão ou deitados numa cama. Estas figuras, homens e mulheres envelhecidos, decrépitos e agonizantes, parecem quase sempre flutuar.

Sem título (década de 1960) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Aglomeradas em constelações fantasmáticas, movimentam-se e equilibram-se em coreografias dinâmicas e melancólicas, de enorme complexidade e rigor compositivos, encenando gestos comuns e solidários. Outras, pelo contrário, aparecem isoladas, silenciosas e enigmáticas, sobre o fundo branco e vazio da página.

Sem título (década de 1960) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Sem título, década de 1960
Tinta-da-china e aguada sobre papel
27,7 x 21 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 18DP4458

Sem título (década de 1960) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Sem título, década de 1960
Tinta-da-china e aguada sobre papel
27,7 x 21 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 18DP4464

Sem título (década de 1960) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Inquietante e bizarro, delirante e fantástico, íntimo e trágico: assim se caracteriza o universo livre e pessoal de Maria Antónia Siza, um manifesto violento e brutal sobre a fragilidade da condição humana.

Sem título (década de 1960) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Sem título, década de 1960
Tinta-da-china e aguada sobre papel
43 x 30,7 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 18DP4467

Sem título (década de 1960) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Sem título, década de 1960
Tinta-da-china e aguada sobre papel
43 x 30,8 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 18DP4466

Sem título (década de 1960) de Maria Antónia SizaFundação Calouste Gulbenkian

Sem título, década de 1960
Tinta-da-china e aguada sobre papel
43 x 30,5 cm
Fundação Calouste Gulbenkian – Centro de Arte Moderna, inv. 18DP4469

Créditos: história

Seleção de obras apresentada na exposição Tudo o que eu quero: Artistas portuguesas 1900-2020, no seu primeiro momento no Museu Calouste Gulbenkian, no âmbito da programação cultural que decorre em paralelo à Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021.

Exposição organizada pelo Ministério da Cultura de Portugal, Direção Geral do Património Cultural e a Fundação Calouste Gulbenkian, em co-produção com o Centro de Criação Contemporânea Olivier Debré, Tours e com a colaboração do Plano Nacional das Artes.

Curadoria:
Helena de Freitas Bruno Marchand


Texto de Lígia Afonso / Plano Nacional das Artes
Seleção de recursos online Maria de Brito Matias


Conheça melhor as obras de Maria Antónia Siza apresentadas no contexto desta exposição:
Tudo o que eu quero: Feminino Plural

Créditos: todos os meios
Em alguns casos, é possível que a história em destaque tenha sido criada por terceiros independentes, podendo nem sempre refletir as visões das instituições, listadas abaixo, que forneceram o conteúdo.
Explore mais
Tema relacionado
Tudo O Que Eu Quero
Mais de 240 obras de arte produzidas por mais de 40 mulheres: explore a nova exposição que homenageia as artistas portuguesas de 1900 a 2020
Ver tema
Página Inicial
Descobrir
Reproduzir
Próximo
Favoritos