Início de um diálogo
A primeira conversa sobre LGBTI+ indígenas se deu em um seminário da juventude indígena no Maranhão, no início de 2017. Na qual eu, Tipuici Manoki, curadora desse espaço, abri essa pauta...
Coloring the fight in defense of the territoryMuseu da Diversidade Sexual
Colorindo a luta em defesa do território
Ativista em discurso na plenária nacional dos indígenas LGBTQIA+, realizada no 18º Acampamento Terra Livre. O momento serviu como cenário para manifestação para inclusão e reconhecimento de pautas indígenas voltadas para a comunidade LGBTQIA+.
No mês de abril de 2022, foi a primeira vez que os LGBTI+ indígenas conseguiram trazer o debate dentro da mobilização nacional dos povos indígenas do Brasil. O tema “Colorindo a luta em defesa do território” foi orientador da primeira plenária nacional dos indígenas LGBTI+, realizada no 18° Acampamento Terra Livre. A intervenção foi marcada pela presença de cocares, bandeiras do arco-íris e indígenas de todos os biomas do país.
... Ela foi questionada por alguns jovens indígenas evangélicos que estavam no evento. Observa-se os resquícios de práticas religiosas que foram introduzidas dentro das comunidades indígenas durante todo esse período colonial. No V ENEI (Encontro Nacional de Estudantes Indígenas), criamos um espaço de debate referente a pauta com a temática referente aos LGBTI+ indígenas, conduzida por mim e Erisvan Guajajara. A ideia era levar o debate para os espaços nacionais de luta dos povos indígenas.
Manifesto dos indígenas LGBTI+
Durante o em encontro realizado pela Articulação dos Povos Indígenas dos Brasil (APIB). Acampamento terra Livre de 2022 em Brasília. Clique aqui para ler na íntegra.
Protection Shield by Aislan PanakararuMuseu da Diversidade Sexual
Escudo de Proteção, por Aislan Pankararu
As pinturas corporais do povo Panakararu são referências para os traços de todas as obras do artista.
Aislan Pankararu nasceu em Petrolândia, Pernambuco, Brasil, em 1990. Originário do povo Pankararu, passou a sua infância na aldeia mãe Brejo dos Padres, no interior de Pernambuco, onde sua avó lhe transmitia as tradições dos seus ancestrais. Mais tarde, dirige-se à cidade para estudar, formando-se pela Faculdade de Medicina na Universidade de Brasília. Tendo o costume de desenhar quando criança, Aislan retoma a prática como autodidata no ano de 2019 e decide se dedicar à carreira artística.
O trabalho de Aislan nasce da memória de suas origens e da necessidade de entrar em contato e expressar a sua ancestralidade. Produzindo desenho e pintura sobre papel Kraft e sobre tela, o artista se utiliza de elementos pictóricos tradicionais da pintura corporal de seu povo para elaborar os seus traços e figuras. Dotadas de movimento e constituídas pela mistura de tintas e cores, as obras de Aislan evocam a riqueza visual e simbólica dos Pankararu parar ressaltar a sua luta e resistência.
Obra - Canto, por Aislan Pankararu
Produto de nossa voz, um dom único que é dado por nossos guias espirituais. O som que liberta, acalenta a alma e espanta toda tristeza.
Majur Traitowu
É uma potência criativa e estimulante do senso de coletividade para sua comunidade.
Majur Traitowu – Mulher trans, indígena e cacique de sua comunidade, Majur Traitowu é a primeira liderança LGBTQI+ do povo Boe-Bororo, ela se dedica ao aprendizado das formas de arte de seu povo, como a fabricação de ornamentos corporais e a performance dos poéticos lamentos rituais boe-bororo. Majur tornou-se cacique da aldeia Apido Paru por sua capacidade de transformar recursos do mundo não-indígena em benefícios coletivos, auxiliando o combate à insegurança alimentar em sua comunidade.
Pinjawuli: O veneno me alcançou
Ficção-documentário dirigido por Bih Kezo. O diretor é um dos nomes representantes do cinema indígena nacional.
O filme está nos limites entre a ficção e o documentário, baseado em um sonho do diretor, Bih Kezo. Os povos Manoki e Myky sabem que os seres que compartilham o mundo com os humanos estão pedindo ajuda para nós, sobretudo para os indígenas, que conhecemos a existência das Mju’u, as mães da terra. No filme, o avião persegue Bih por toda aldeia: as aeronaves que passam veneno nas lavouras vizinhas sobrevoam constantemente a aldeia Paredão, em Brasnorte-MT.
Direção e roteiro: Bih Kezo
Pinjawuli: the poison reached me by Aislan PanakararuMuseu da Diversidade Sexual
Pinjawuli: O veneno me alcançou
28 de Junho: Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+
Campanha realizada pela APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) para promover o orgulho LGBTQIA+ pela data celebrada no Brasil e no mundo.
Um histórico e autobriografias indígenas no mundo contemporâneo, as lutas pela sobrevivência e existências dos corpos-território entrelaçam agora com a pauta LGBTI+. Uma construção de pauta reivindicada por indígenas homossexuais que sofrem preconceito diariamente. Nesse sentido este trabalho mostra diferentes performances artísticas realizadas por esses sujeitos, em diversas áreas, e que está relacionado a busca do direito ao território, consequentemente a sua própria existência.
Exposição: Sexualidades múltiplas: Autobiografias indígenas
Curadoria: Tipuici Manoki
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Governador do Estado de São Paulo
Rodrigo Garcia
Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo
Sérgio Sá Leitão
Secretária Executiva
Cláudia Pedrozo
Chefe de Gabinete
Frederico Maia Mascarenhas
Coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM)
Paula Paiva Ferreira
INSTITUTO ODEON
Diretor Presidente
Carlos Gradim
Diretoria de Operações e Finanças
Roberta Kfuri
Diretoria de Equipamento
Marisa Bueno
Coordenação de Museologia e Acervo
Leonardo Vieira
Museologia
Leila Antero
Coordenação de Relações Institucionais e Projetos
Luiz Henrique Amoêdo
Assessoria de Comunicação
Eduardo Cordeiro
Coordenação do Núcleo de Ação Educativa
Val Chagas
Coordenação Administrativo Financeiro
Luiz Custódio da Silva Junior
Administrativo Financeiro
Vanda Maria Batista, Alexia Bastos Souza e Jhonatha Lucas
Compras
Jeferson Rocha de Lima
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