Património Cultural & Direitos Humanos
Uma exposição virtual que explora os paralelismos, pontos de contacto e de tensão entre Património Cultural e Direitos Humanos.
Tintureiros (2016) de Carlos BurgosFaculdade de Letras da Universidade do Porto
Quando falamos em Património Cultural, pensamos em monumentos, sítios, práticas, saberes, identidade e memória. Será que o Património se entrelaça com os Direitos Humanos? E se sim, como?
Mosaicos (2004) de Pedro SottomayorFaculdade de Letras da Universidade do Porto
Ao longo desta exposição, vamos demonstrar como o Património Cultural pode fortalecer e, por vezes, pôr em causa os Direitos Humanos. Explora a galeria virtual para saber mais acerca do assunto…
O Património Cultural representa quem somos e de onde vimos. Este pode matizar questões como as desigualdades sociais, relações internacionais voláteis e as alterações climáticas. Logo, o Património Cultural pode influenciar o futuro, para que este seja mais justo e pacífico.
Arco do Triunfo (Monumento do Cinquentenário). (2017) de Carlos BurgosFaculdade de Letras da Universidade do Porto
Os Direitos Humanos são inerentes a todos os seres humanos e centram-se na proteção da vida, da liberdade e da dignidade de cada pessoa, sem qualquer discriminação baseada na raça, cor, sexo, mas também distinções linguísticas, religiosas, políticas, nacionais ou sociais.
Festa de São Gonçalinho. (2007) de Pedro SottomayorFaculdade de Letras da Universidade do Porto
A Carta Internacional dos Direitos Humanos é formada pela Declaração Universal das Nações Unidas (1948) e pelos Pactos Internacionais sobre Direitos Económicos, Sociais, Culturais; Civis e Políticos (1966). Estes direitos e liberdades fundamentais são unos e interdependentes.
Comunidade Quilombola de Poconé a dançar no Dia da Consciência Negra. (2009) de Pedro SottomayorFaculdade de Letras da Universidade do Porto
O direito à vida cultural - citado nos Pactos Internacionais de 1966 - é um aspeto em que o Património pode promover a inclusão social, ao garantir que cada pessoa se envolve em práticas culturais à sua escolha, respeitando os direitos e liberdades de outrem.
Celebrações de Ano Novo. (2015) de Dennis MitschkeFaculdade de Letras da Universidade do Porto
Práticas culturais, rituais e tradições são manifestações de identidade individual e coletiva, formas de mostrar e celebrar quem somos individualmente e em conjunto. São importantes para a promoção da diversidade cultural, para a manutenção da paz e a coexistência entre povos.
Paisagem. (2022) de Inês de Carvalho CostaFaculdade de Letras da Universidade do Porto
Um dos princípios da Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento (1992) da UNESCO é o direito a uma vida saudável e produtiva em sintonia com a natureza. Todavia, as alterações climáticas têm o potencial de ameaçar este direito.
Paisagem de seca. (2020) de Inês de Carvalho CostaFaculdade de Letras da Universidade do Porto
O aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos tem um impacto direto no Património Cultural e nos Direitos Humanos. Como o direito à habitação, alimentação, educação, ajuda médica, segurança e – o mais “básico” – o direito à vida.
Campus Galli (2017) de Dennis MitschkeFaculdade de Letras da Universidade do Porto
O uso de recursos sustentáveis em união com a natureza está presente no Património Cultural, pode proteger os Direitos Humanos e mitigar as alterações climáticas, ao privilegiar técnicas tradicionais, o progresso económico de comunidades locais e a redução da pegada ecológica.
Luta de galos. (2007) de Pedro SottomayorFaculdade de Letras da Universidade do Porto
Certas práticas culturais podem pôr em causa indivíduos, os seus direitos e liberdades fundamentais. Podemos repensá-las ou adaptá-las para proteger as pessoas? Ou estaríamos a ameaçar a cultura? Quem tem legitimidade para tomar essas decisões e quais os critérios para tal?
Palácio do Parlamento na paisagem mutável de Bucareste. (2022) de Miruna GãmanFaculdade de Letras da Universidade do Porto
Uma questão cuja resposta depende de como uma cultura negocia perspetivas divergentes e chega a um consenso que honra os direitos individuais e coletivos. A seleção patrimonial deve ser feita de acordo com os valores, necessidades, objetivos atuais e futuros de cada sociedade.
Os fatores socioculturais, políticos, históricos e ambientais afetam códigos morais – o que se crê “certo” ou “errado” – a nossa relação com os outros e com o Património. Estes moldam perspetivas sobre os Direitos Humanos, a sua adaptação e compatibilidade a um certo contexto.
Ritual. (2007) de Pedro SottomayorFaculdade de Letras da Universidade do Porto
Apesar de cada pessoa ter a liberdade de abdicar dos seus direitos, há um dever individual de honrar a diversidade entre culturas, bem como os direitos e liberdades fundamentais de outros.
Convidamos-te a saber mais sobre o assunto e a envolveres-te ativamente na promoção tanto do Património, como dos Direitos Humanos. Obrigada por promoveres esta causa e por lutares por um futuro mais igualitário.
Toque para explorar
Coordination | Coordenação - Inês de Carvalho Costa and Maria Leonor Botelho.
Texts | Textos - Carlos Burgos Tartera, Dennis Mitschke, Elena-Maria Cautis, Inês de Carvalho Costa, Miruna Gãman, Juhi Valia, and William Long.
Photography | Fotografia - Carlos Burgos Tartera, Dennis Mitschke, Inês Costa, Miruna Gãman, Pedro Sottomayor.
Production | Produção - Diana Felícia.
Scientific Review | Revisão Científica - Marcos Olender.
Acknowledgments | Agradecimentos - This project is financed by FCT, the ESF+, the Portuguese Republic, and CITCEM-FLUP (UIDB/04059/2020), under the Ph.D. scholarship 2021.07318.BD, and supported by the HeritaGeeks | Este projeto é financiado pela FCT, pelo Fundo Social Europeu, pela República Portuguesa e pelo CITCEM-FLUP (UIDB/04059/2020) - através da bolsa de Doutoramento nº 2021.07318.BD -, sendo apoiado pelos HeritaGeeks.
