Em 1997, tinha início uma das histórias mais incríveis da luta pelos direitos da população LGBT+. Na Avenida Paulista, centro financeiro da cidade, acontecia a primeira Parada do Orgulho de São Paulo.
Desde sua primeira edição com algumas centenas de participantes até se transformar na maior manifestação da população LGBT+ do mundo e foi a catalizadora de um processo que deflagrou, nos anos seguintes, uma onda de conquistas para a comunidade.
A Parada representa um espaço genuíno e democrático de reivindicação, visibilidade e celebração do ORGULHO para a cidade, ou melhor, para o país inteiro.
Essa exposição foi inspirada na mostra Com Muito Orgulho! de 2018 do Museu da Diversidade Sexual.
Todas as cores na Paulista (2015-06-07), de João BenzMuseu da Diversidade Sexual
Para o armário, nunca mais!
Levante a bandeira do orgulho LGBT (2017-06-18), de Adriana de MaioMuseu da Diversidade Sexual
O nosso ORGULHO contrapõe-se à sensação de vergonha, tão característica da opressão LGBTfóbica que permeia as vivências LGBT. Desde os seus primeiros anos, a Parada tem crescido exponencialmente e reunido milhões de pessoas para celebrar a diversidade e o orgulho.
L G B T (2017-06-18), de Adriana de MaioMuseu da Diversidade Sexual
Unidxs pelo orgulho (2014-05-04), de João BenzMuseu da Diversidade Sexual
Pintando a rua de arco-íris
Anualmente, a Parada ocupa a Avenida Paulista, um dos locais mais emblemáticos da cidade de São Paulo, visando, sobretudo, a celebração do Orgulho LGBT+ e, assim, acaba por jogar luz sobre os excluídos, possibilitando que possam ocupar e ressignificar o espaço público, onde muitas vezes são vítimas de violência LGBTfóbica.
Público da 18ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (2014-05-04), de Joca DuarteMuseu da Diversidade Sexual
Bandeira de Todxs (2014-05-04), de Joca DuarteMuseu da Diversidade Sexual
Beijo sob o bandeirão (2015-06-07), de Carla CarnielMuseu da Diversidade Sexual
Ser LGBT+ é um ato político
Esse close também é Brasil (2006-06-17)Museu da Diversidade Sexual
Isso aqui também é Brasil
A multidão que comparece à Parada põe em xeque certas associações entre gênero, sexualidade e identidade nacional que supõem a família heterossexual como instituição fundamental da sociedade, ao deixar claro que os participantes da Parada - para incômodo de certos grupos conservadores - também compõem o Brasil.
Mexe as cadeiras do Brasil (2014-05-04), de Joca DuarteMuseu da Diversidade Sexual
Deixa a gira do Orgulho LGBT+ girar (2017-06-18), de Adriana de MaioMuseu da Diversidade Sexual
Participante com fantasia de penas (2017-06-18), de Adriana de MaioMuseu da Diversidade Sexual
Isso aqui também é Brasil (2017-06-15), de Janaína LeãoMuseu da Diversidade Sexual
Somos todxs Brasil (2014-05-04), de Joca DuarteMuseu da Diversidade Sexual
Público ocupa a Paulista na 21ª Parada do Orgulho LGBT (2017-06-18), de Adriana de MaioMuseu da Diversidade Sexual
Uma multidão de muitas cores
Desde meados dos anos 1990, no Brasil, estratégias visando a visibilidade massiva e positiva tornaram-se centrais para o movimento LGBT+, sendo as Paradas o seu exemplo máximo.
Anualmente, a Parada LGBT+ de São Paulo, uma das maiores celebrações da diversidade do mundo, reúne uma multidão na Avenida Paulista.
A Parada é uma manifestação que une diversão e reivindicação de direitos, propiciando grande visibilidade e mostrando que somos muitas e diversas.
Multiplicando identidades (2015-06-07), de Gabriela Di BelloMuseu da Diversidade Sexual
Multiplicando Identidades
Multiplicando Identidades (2015-06-07), de Gabriela Di BellaMuseu da Diversidade Sexual
A diversidade de identidades e corpos é fato marcante na Parada.
Multiplicando Identiddes (2015-06-07), de Gabriela Di BellaMuseu da Diversidade Sexual
No decorrer de seus mais de 20 anos de história, a manifestação cresceu.
Multiplicando Identidades (2015-06-07), de Gabriela Di BellaMuseu da Diversidade Sexual
Incluiu novas causas, agregou diferentes grupos.
Multiplicando identidades (2015-06-07), de Gabriela Di BellaMuseu da Diversidade Sexual
Se consolidou como um dos eventos mais democráticos e importantes da cidade de São Paulo.
Viviany Beleboni crucificada na Parada (2015-06-07), de Carla CarnielMuseu da Diversidade Sexual
Orgulho Trans (2015-06-07), de João BenzMuseu da Diversidade Sexual
Existimos e Resistimos
Mães pela Diversidade (2015-06-07), de João BenzMuseu da Diversidade Sexual
Em seus mais de 40 anos de história, o movimento LGBT+ brasileiro passou por diversas transformações, logrou importantes conquistas.
Punks (2015-06-08), de João BenzMuseu da Diversidade Sexual
Que vieram na maior parte dos casos pelo Judiciário: o reconhecimento do casamento civil igualitário, a criminalização da LGBTfobia, reconhecimento das identidades trans.
Censuradxs (2017-06-18), de Adriana de MaioMuseu da Diversidade Sexual
Atualmente, uma forte reação conservadora tenta inviabilizar essas conquistas, visando o enfraquecimento de políticas públicas relacionadas a equidade de gênero e sexualidades dissidentes.
Doritos (2017-06-18), de Janaína LeãoMuseu da Diversidade Sexual
Amai-vos umas às outras
Afeto e amor na 21ª Parada do Orgulho LGBT (2017-06-18), de Adriana de MaioMuseu da Diversidade Sexual
Apesar de termos a maior Parada LGBT+ do mundo, o Brasil ainda ostenta um índice alarmante de assassinatos de pessoas LGBT+.
Só Love na 22ª Parada do Orgulho LGBT (2018-06-03), de Adriana de MaioMuseu da Diversidade Sexual
Em 2017, segundo dados do Grupo Gay da Bahia, atingimos o recorde de 445 pessoas assassinadas por LGBTfobia.
Sense8 na Parada do Orgulho (2016-05-28), de Carla CarnielMuseu da Diversidade Sexual
Por isso, muitas pessoas LGBT+ ainda se sentem inseguras em demonstrar seu amor publicamente por medo de ser assediadas e agredidas. Nesse contexto, a Parada é um momento onde o amor é celebrado em suas diversas formas.
Parem de nos matar (2018-06-18), de Adriana de MaioMuseu da Diversidade Sexual
O ORGULHO OCUPA A RUA
Pesquisa e textos: João Filipe Cruz
Pesquisa e catalogação: Leonardo Arouca e Wellington Luiz Ferreira
Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo - ONG APOGLBT SP
Claudia Regina dos Santos Garcia - Presidente
Renato Viterbo – Vice-Presidente
Diego Oliveira - Secretário
Neusa Maria de Jesus - Secretária
Silmara Souza Santos – Tesoureira
Gilson Rodrigues – Tesoureiro
Diretoria Adjunta Willian Martins Adriana da Silva Ricardo Marchioro
Conselho Fiscal Wagner Pires Heide Oliveira
Conselho de Sócios Fundadores Nelson Mathias Reinaldo Damião
As imagens desta exposição fazem parte dos acervos da APOLGBT SP e do Museu da Diversidade Sexual