[Exposição] Iberê Camargo: Visões da Redenção

Iberê no Parque da Redenção (1984)Fundação Iberê

No início da década de 1980, após 40 anos vivendo no Rio de Janeiro, Iberê Camargo retornou a Porto Alegre e passou a frequentar o Parque Farroupilha – mais conhecido como Parque da Redenção.

Nas caminhadas ao lado de sua esposa Maria Coussirat Camargo, observava a paisagem e o ir e vir de frequentadores como transeuntes, artistas, ciclistas e pessoas em situação de vulnerabilidade.

Pessoas no parque (1989), de Iberê CamargoFundação Iberê

Esses anônimos, transpostos com potência expressiva para seus desenhos, pinturas e gravuras, logo se transformaram em arquétipos de um pintor que enfrentava a dor e a realidade do mundo.

O parque mais tradicional da cidade – e palco das mais diversas manifestações sociais, culturais e políticas – revelou-se, então, como um portal, um deslocamento da realidade para outra ordem no tempo. Delírio e devaneio – um novo estar no mundo.

Toque para explorar

REDENÇÃO

O Parque Farroupilha, como é oficialmente identificado, teve sua última denominação dada pelo prefeito Alberto Bins em 1935, em homenagem ao centenário da Revolução Farroupilha.

Antes disso, era conhecido como Campos da Redenção, onde negros africanos livres realizavam danças ao ar livre em associações. Essa denominação foi recebida em 1884 por ocasião da libertação dos escravos da cidade e, até hoje, o local é popularmente conhecido como Parque da Redenção.

No passado, o terreno consistia em uma planície alagadiça que começou a ser ocupada como logradouro público e para reunião do gado trazido do interior para o abastecimento dos açougues locais. Posteriormente, partes de seu terreno foram cedidos à construção de prédios, como os das escolas de Engenharia e de Medicina e da Faculdade de Direito da UFRGS, entre outros. Através de processos de ajardinamento e urbanização, foi tomando a forma que conhecemos hoje, transformando-se em um grande espaço de sociabilidade urbana.

Parque da Redenção (1985), de Iberê CamargoFundação Iberê

FREQUENTADORES

Em 1982, Iberê volta a viver em Porto Alegre, na rua Lopo Gonçalves, Cidade Baixa – bairro vizinho à Redenção. Suas idas ao parque passaram a ser rotineiras, tanto para a prática de caminhadas quanto para os passeios dominicais no Brique da Redenção ao lado de sua companheira, Maria Coussirat Camargo.

Preocupando-se em anotar aspectos da vida cotidiana, como o rápido deslocamento dos transeuntes, Iberê realizou ali centenas de desenhos. São esboços e desenhos de observação que capturam, geralmente em poucas linhas, os mais variados tipos de frequentadores do parque, como ciclistas, famílias, moradores de rua, trabalhadores informais e, acima de tudo, pessoas solitárias, gerando um testemunho do obsessivo espírito de pesquisa do artista.

Muitos desses estudos apresentam manchas de tinta a óleo, já que Iberê os utilizava como referências para pinturas realizadas em seu ateliê.

É dessa época uma de suas primeiras serigrafias desde o retorno a Porto Alegre, Parque da Redenção (1985), e o surgimento efetivo dos ciclistas que darão título a uma de suas séries mais famosas.

Sem título, Iberê Camargo, 1989, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, sem data, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, c.1989, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1988, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1988, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, c.1988, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, c.1990, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, sem data, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, sem data, Da coleção de: Fundação Iberê
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Diálogo, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, sem data, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, sem data, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1985, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1985, Da coleção de: Fundação Iberê
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Estudo para a pintura Cavalinhos do Parque da Redenção, Iberê Camargo, 1986, Da coleção de: Fundação Iberê
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Estudo para a gravura Músicos (c.1987), de Iberê CamargoFundação Iberê

MÚSICOS

Palco das mais diversas manifestações artísticas e culturais, o Parque da Redenção segue sendo, muitas vezes, local de trabalho para profissionais expressarem sua arte.

Especialmente aos domingos, no Brique da Redenção – a mais tradicional feira de artesanato, artes e antiquários da cidade –, é frequente ver músicos se apresentando, sozinhos ou em conjuntos. Muitos deles são imigrantes de países latino-americanos, como os chilenos retratados por Iberê nesses estudos e gravura.

Estudo para a gravura Músicos, Iberê Camargo, c.1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Músicos, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Palhaço (1987), de Iberê CamargoFundação Iberê

PALHAÇOS

Os palhaços retratados por Iberê nesse estudo, gravura e pintura foram vistos, provavelmente, no pequeno parque de diversões que integra o Parque da Redenção.

São personagens relacionados à alegria e diversão que recebem, por meio da interpretação irônica de Iberê, uma atmosfera sombria e grotesca.

“Minha contestação é feita de renúncia, de não participação, de não conivência, de não alinhamento com o que não considero ético e justo. Sou como aqueles que, desarmados, se deitam no meio da rua para impedir a passagem dos carros da morte. Essa forma de resistência, se praticada por todos, se constituiria em uma força irresistível. O drama, trago-o na alma. A minha pintura, sombria, dramática, suja, corresponde à verdade mais profunda que habita no íntimo de uma burguesia que cobre a miséria do dia a dia com o colorido das orgias e da alienação do povo. Não faço mortalha colorida.”

Iberê Camargo

Estudo para a pintura Palhaços, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Palhaços, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Mendicantes do parque (1987), de Iberê CamargoFundação Iberê

MORADORES DE RUA

Alguns dos moradores de rua presentes no Parque da Redenção são retratados por Iberê de modo a dar corpo a sua quase invisibilidade.

Nessas obras, o artista busca capturar o que está por debaixo da pele dos sujeitos – forma que já vinha explorando nas pinturas da série Fantasmagoria, realizadas neste mesmo ano. Aqui, foram modelos os moradores de rua que estavam reunidos junto à Fonte Francesa, chafariz de ferro fundido instalado no Recanto Europeu do parque.

Mendigos do Parque da Redenção (1987), de Iberê CamargoFundação Iberê

"[...] Acompanhei inúmeras jornadas do artista pela procura dessas imagens que nos ferem com delicadeza, cheias de visualidade e significados. Esses rascunhos já por si são maravilhosos, mas serviam para recriações na volta ao estúdio; surgiam daí guaches sobre papel, elementos novos nas pinturas e potentes gravuras em metal.

Foi num dia desses, quando o Iberê ainda morava na rua Lopo Gonçalves, que saímos a pé para mais um percurso no Parque da Redenção. O artista com o seu caderno de desenhos e eu carregando alguns dos seus pertences. Chegamos na fonte entre árvores, naquele momento riscada pela luz do sol: um cenário de filme..."

Mendigos do Parque da Redenção IV (1987), de Iberê CamargoFundação Iberê

"...À volta dela vários mendigos conversavam e lavavam as suas roupas. O artista pareceu iluminado. Apenas com os olhos e a mão em movimento, executou desenhos lindos e fluidos como música. Depois num gesto de gratidão pagou os modelos: entregou uma nota de dinheiro a cada um deles e fomos embora. Nesse dia uma figura me provocou a atenção: o homem flagrado de frente, curvado sobre o espelho d’água da fonte, com o olhar fixo no artista e suas costas acima da própria cabeça, passava uma sensação simultânea de dignidade e sofrimento, como se estivesse pronto para carregar o peso do mundo."

Gelson Radaelli, depoimento em fevereiro de 2019

Índio (1990), de Iberê CamargoFundação Iberê

INDÍGENAS

Neste desenho de contornos primitivos, intitulado Índio, vemos um rosto que ora parece surgir do fundo, ora parece estar desaparecendo nele, em uma possível metáfora sobre a invisibilidade das populações indígenas presentes no meio urbano.

É provável que Iberê tenha se inspirado na figura de um índio presente no Parque da Redenção, uma vez que até hoje encontram-se nele diversas famílias, principalmente dos povos Guarani, Kaingang e Charrua.

Em especial aos domingos, essas famílias estão presente no parque e dependem, muitas vezes, do comércio de cestarias, esculturas em madeira e plantas para sua subsistência. Além disso, o fundo do desenho representa uma mata densa, azulada e sombria, como o artista tratou a vegetação do parque em diversas de suas obras.

Nos anos de 1990, Iberê já morava em sua última casa-ateliê, localizada no bairro Nonoai (termo de origem Kaingang que significa "dormindo ferido"), a cerca de 10 quilômetros do parque, mas seguiu frequentando-o.

Mulher de bicicleta (1989), de Iberê CamargoFundação Iberê

CICLISTAS

Dentre os frequentadores do parque, os ciclistas chamaram a atenção de Iberê de maneira especial. Ao lado dos Carretéis e das Idiotas, eles se tornaram um elemento emblemático em sua obra. Por meio desses personagens, Iberê expressou sua angústia e seu ceticismo diante da modernidade. Muitas vezes carregadas de matéria pictórica, essas figuras, desprovidas de feições, vagam sem rumo, em um pedalar que parece não levar a lugar algum.

Outono no Parque da Redenção II (1988), de Iberê CamargoFundação Iberê

"Assim, em Outono no Parque da Redenção, de 1988, mostra esses ciclistas, andarilhos, seres 'sem norte' – como os chamava Iberê – que não são mais do que uma alegoria do seu julgamento acerca do destino atual da humanidade. Como assinalou Lisette Lagnado, o nome da série (Parque da Redenção) não é apenas uma referência ao parque que efetivamente existe em Porto Alegre, aponta a uma dimensão ética. Nesse parque desolado pelo outono – o outono da idade? – os homens representam sua comédia como arquétipos da vida e da morte, das pulsões primeiras. Pedalam sem descanso, esperando uma redenção que pareceria que nunca fossem alcançar."

María José Herrera, 2009

Sem título, Iberê Camargo, 1989, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1990, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1991, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1989, Da coleção de: Fundação Iberê
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Segunda série Ecológica (Agrotóxicos) (1986), de Iberê CamargoFundação Iberê

TEATRO DE RUA

Estes dois guaches integram a série Ecológica (Agrotóxicos), realizada em 1985 (e retomada em 1986), ano em que Iberê assiste à Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz realizando no Parque da Redenção a intervenção cênica chamada "A dúzia suja", em referência aos doze agrotóxicos mais prejudiciais ao ser humano e à fauna silvestre.

Reproduzindo falas de José Lutzenberger (Porto Alegre, 1926-2002), ambientalista brasileiro que participou ativamente na luta pela preservação ambiental, o grupo alertava o público quanto ao uso indevido de agrotóxicos nas lavouras gaúchas.

Depois disso, a Terreira da Tribo (como é chamado o espaço do grupo) transformou-se em ateliê durante um final de semana, para que Iberê realizasse os desenhos com os atuadores caracterizados e posando.

A única exposição individual com o conjunto completo da série (mais de 20 guaches) foi realizada na Galeria Tina Zappoli, em Porto Alegre, em março de 1986. Parte dela foi exposta em outras capitais do Brasil e no Uruguai, e hoje se encontra em coleções particulares.

Série Ecológica (Agrotóxicos), Iberê Camargo, 1985, Da coleção de: Fundação Iberê
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Primeiro amor (2a. versão), da série Mímica (1987), de Iberê CamargoFundação Iberê

PEFORMANCE

Ao assistir a uma das apresentações de rua da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz no Parque da Redenção, Iberê conheceu o ator Luiz Schüch e sua então companheira argentina, Amalia Freytes. Ambos foram convidados pelo artista para posarem no ateliê como modelos, gerando a série Mímica.

Segundo Paulo Flores (diretor da Tribo de Atuadores), Schüch tinha formação em dança e Amalia trabalhava com mímica, sendo bastante provável que Iberê tenha se inspirado na expressividade corporal de ambos para dar esse título à série.

O resultado foi um conjunto de desenhos cujo traço é forte, rápido e movimentado, em que as figuras humanas, mesmo com o seu caráter de esboço, têm vigor.

Começo, da série Mímica, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Estréia, da série Mímica, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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A bandeira, da série Mímica, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Primeiro amor (3a. versão), da série Mímica, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Delírio (2a. versão), da série Mímica, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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A bandeira, da série Mímica, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Mímico (1987), de Iberê CamargoFundação Iberê

Mímica no Parque da Redenção, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Mímica, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Estudo para a pintura Lambe-lambe da Praça 15 (1987), de Iberê CamargoFundação Iberê

LAMBE-LAMBE

Os fotógrafos ambulantes surgiram por volta de 1853, trabalhando em praças e parques. Eram quase sempre procurados para registrar momentos especiais ou familiares, ou então para tirar retratos para documentos do tipo 3 x 4, tendo tido um papel importante na popularização da fotografia.

Existem diferentes explicações para a origem do termo. Uma delas é a de que o fotógrafo usava a língua (ou a ponta dos dedos com saliva) para verificar de que lado estava a emulsão de uma chapa, filme ou papel sensível.

Lambe-lambe I (1988), de Iberê CamargoFundação Iberê

Em Porto Alegre, Varceli Freitas foi um conhecido fotógrafo lambe-lambe que trabalhou por 58 anos diante do Chalé da Praça XV, no centro da cidade. Hoje, seu filho (retratado nessa pintura de Iberê) trabalha com a mesma câmera do pai e marca presença aos domingos no Brique da Redenção. É o único fotógrafo do gênero em atuação na cidade.

Sem título (c.1987), de Iberê CamargoFundação Iberê

ÁRVORES E ANIMAIS

Os desenhos realizados por Iberê durante suas idas ao Parque da Redenção evidenciam fortes preocupações de fixar, por meio deles, o instante fugidio, e de captar o mistério das coisas.

As cenas de pessoas passeando com seus cachorros eram vistas pelo artista com certa ironia, já que os animais pareciam guiar seres humanos desnorteados. As árvores desgalhadas, surradas pelo vento, com galhos tortos, pelas quais Iberê tinha muito apreço, remetem à paisagem como a metáfora de um estado da alma.

Sem título (1989), de Iberê CamargoFundação Iberê

"As contínuas reformas na nossa cidade – a cidade é a nossa casa – nos transformam em forasteiros. O progresso é uma ação de despejo em execução. Por isso, um belo dia, na temida velhice, sentimos a incontida vontade de voltar a nosso pátio, para reaver as nossas coisas que lá deixamos.

Procuramos, nesse retorno, o velho cinamomo que nos fornecia a munição – seus pequenos frutos – para as nossas guerras, a velha laranjeira onde tantas vezes nos encarapitamos, brincando de esconder, e, enfim, as coisas que compunham nossa paisagem. Aí sentimos vontade de abraçá-las, de beijá-las, de chorar e de fazer como os gatos, que alçam a cauda e ratificam a posse. Mas aí percebemos assustados que o gato não tem mais força e que as coisas não estão mais."

Iberê Camargo

Sem título, Iberê Camargo, 1989, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1989, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1989, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1990, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, c.1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Sem título, Iberê Camargo, 1987, Da coleção de: Fundação Iberê
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Iberê no Parque da Redenção (1984)Fundação Iberê

Créditos: história

Iberê Camargo: Visões da Redenção esteve em cartaz na Fundação Iberê de 16 de março a 30 de junho de 2019.


Curadoria
Eduardo Haesbaert
Gustavo Possamai


Todas as obras da exposição integram o Acervo da Fundação Iberê.


Esta versão online da exposição não inclui a totalidade das obras e dos documentos expostos na apresentação original.


© Fundação Iberê Camargo

Créditos: todas as mídias
Em alguns casos, é possível que a história em destaque tenha sido criada por terceiros independentes. Portanto, ela pode não representar as visões das instituições, listadas abaixo, que forneceram o conteúdo.

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