Inspira - primeira parte da exposição Queerentena reúne trabalhos que apresentam questionamentos e inquietudes sobre olhar e pensar sobre si no atual período de reclusão. O que há de diferente agora para quem é posto sempre à margem? Como lidamos e reconfiguramos os nossos sonhos, desejos e ansiedades? Como reconhecemos nossos corpxs?
Estar em trânsito da margem, espaço de privação e resistência, para o centro possibilita uma maneira peculiar LGBTQI+ de compreender e sobreviver à realidade.
Quarantine King (2020-04-17), de Tata BarretoMuseu da Diversidade Sexual
Quarantine King
Tata Barreto teve como inspiração as relações entre o isolamento imposto pela quarentena e o isolamento imposto cotidianamente aos corpos que se encontram fora da heteronorma, aqui representados por uma persona Drag King.
Quarantine King (2020-04-15), de Tata BarretoMuseu da Diversidade Sexual
Enquanto o padrão heteronormativo exclui quem apresenta um comportamento ou expressão corporal dissidente.
Quarantine King (2020-04-16), de Tata BarretoMuseu da Diversidade Sexual
Por outro lado, a pandemia não exclui nenhum sujeito, e a melancolia do isolamento pode atingir a todos, independente de como performam seu gênero.
31º dia... (2020-04-15), de JOICE MENDESMuseu da Diversidade Sexual
Prisão domiciliar
O projeto "Prisão domiciliar" surge a partir de um intenso processo criativo e reflexivo da artista Joice Mendes durante a quarentena. A obra "31º dia" expressa o acúmulo de sentimentos advindos da pandemia.
pandemia / demônios / distanciamento social / contravontade (2020), de Fernanda DegolinMuseu da Diversidade Sexual
The Mysterious
Esta obra foi inspirada nas tentativas de um casal de namoradas de manter a mente sã e de entender os mistérios do novo mundo imposto a partir da pandemia. Com auxílio de um projetor e uma câmera, as artistas criam uma atmosfera de incertezas, brincando com o espaço-tempo (representado pela ampulheta), o vazio (a galáxia) e a mudança (os diferentes formatos em vídeo, analógico e digital), tudo isso guiado por um chiado midiático que orienta e desorienta.
pandemia (2020), de Clara de CápuaMuseu da Diversidade Sexual
Diário de Quarentena
As imagens de Clara de Cápua, que inspiraram a exposição Queerentena fazem parte de uma série de autorretratos como uma espécie de diário pessoal. Clara foi convidada a participar da exposição.
distanciamento social (2020), de Clara de CápuaMuseu da Diversidade Sexual
A partir da pandemia de COVID-19, a artista insere o elemento da máscara em seu trabalho.
contravontade (2020), de Clara de CápuaMuseu da Diversidade Sexual
Clara usa o celular para explorar movimentos, ou seja, as imagens se constroem primeiro no corpo para depois passarem para o papel - hábitos de uma artista visual que também é atriz.
demônios (2020), de Clara de CápuaMuseu da Diversidade Sexual
Uma vez realizada a filmagem, ela seleciona frames e os transpõe para o papel utilizando grafite para, posteriormente, digitalizá-los.
Na caixa (2020-04-15), de Maysa SigoliMuseu da Diversidade Sexual
Na caixa
Maysa Sigoli retrata a sensação sufocante do enclausuramento diante da conjuntura de estar sozinho
Ao mesmo tempo, junto, preso dentro de caixas, sejam elas a casa, um programa de TV, a internet ou a própria cabeça.
Morando sozinha há anos e acostumada a ficar só, a artista vivencia agora a experiência nova do impedimento de ir e vir e da solidão forçada.
"Bases rígidas de ideais que não cabem mais em mim, 집에 와 침대에 누워, 생각해봐 내 잘못이었을까?" (2020-04-00), de Patrícia BaikMuseu da Diversidade Sexual
Ali, naquele dia
"Eu sonhei com você na outra tarde, mas eu não lembro direito, parece ter sido anos atrás." (2020-04-00), de Patrícia BaikMuseu da Diversidade Sexual
A artista desenvolve uma pesquisa narrativa partindo de seu lugar enquanto filha de imigrantes sul-coreanos no Brasil para entender as reverberações destes deslocamentos e as buscas por identidade das gerações seguintes.
"다른 시공간, outro espaço tempo" (2020-04-00), de Patrícia BaikMuseu da Diversidade Sexual
Neste projeto, Patrícia Baik explora o signo da casa e as promessas que ela suscita de conforto, acalento e acolhimento.
"불 꺼진 현관에 내 발이 이상해, (((meus pés tão estranhos no hall de luz apagada)))" (2020-04-00), de Patrícia BaikMuseu da Diversidade Sexual
Porém, agora no isolamento, as contradições tornam-se mais explícitas entre essa casa e o mundo exterior, e frente às promessas nem sempre cumpridas, a saudade do contato e do conforto crescem.
dicomposição de afetos (2020-04-13), de Marcelo PrudenteMuseu da Diversidade Sexual
Trânsito
Na obra "dicomposição de afetos", o Coletivo Transe realiza um mergulho em si e no outro para propor reflexões sobre a experiência partilhada de isolamento social, corporal e afetivo de um casal de homens gays.
Flertando com o próprio reflexo (2020-04-04), de Stephanie Gaddi PolloMuseu da Diversidade Sexual
Auto amor
Sentir falta de alguém, passar por um término de relacionamento, buscar um afeto, um toque, uma troca de olhares, auto-flertar e se encontrar em si. Essas foram as inspirações da ilustradora Stephanie Gaddi Pollo para criar o projeto Auto amor.
"Cartografia de Corpx" (2020-03), de Alan Piter Moraes RiosMuseu da Diversidade Sexual
QUERO RECONHECER MEU CORPX
A obra é um processo de reconhecimento do corpo que parte da pesquisa do/a artista sobre estudos de gêneros, utilizando ferramentas da cartografia e do estudo topográfico, cruzados com questões sobre identidade e dignidade. Andrógino realiza um exercício que se propõe a romper com os limites da forma e, a partir do corpo que a toma, produz a consciência de sua existência.
Em casa (em fragmentos desorganizados) (2020-04-14), de Andrés CarmoMuseu da Diversidade Sexual
TROPICOWBOY
Os desenhos foram criados a partir do cotidiano, das ansiedades, das falas de amigos, de imagens vistas nas ruas do centro de São Paulo e dos sonhos do artista.
Diante da pandemia, Andrés Carmo encontra no movimento de desenhar uma maneira de conter a ansiedade que paralisa.
Linn em casa (2020-04-13), de Chico MonteiroMuseu da Diversidade Sexual
Linn em casa
Chico Monteiro se inspirou em fotografias e capas de discos da cantora Linn da Quebrada em ambientes domésticos "A casa de Linn".
Linn em casa (2020-04-13), de Chico MonteiroMuseu da Diversidade Sexual
Nessa obra o artista se inspirou em uma foto de Linn usando máscara.
Insula (2020-04-09), de Carolina LoboMuseu da Diversidade Sexual
Insula
Obedecendo à vontade de seu corpo de se mover e criar imagens, Carolina Lobo constrói o roteiro para esta vídeo-dança a partir da ressignificação de um texto escrito por ela em 2012. A dança, a escrita e a pintura são as formas encontradas pela artista de sobreviver e espantar a ansiedade durante o isolamento. Este vídeo foi produzido colaborativamente com sua namorada, a cineasta Catarina Vaz, e essa criação conjunta foi também uma maneira encontrada pelo casal de co-existirem durante a pandemia.
Retratos de Quarentena (2020-04-14), de Chica VamoMuseu da Diversidade Sexual
Retratos de quarentena
Retratos de Quarentena (2020-04-16), de Chica VamoMuseu da Diversidade Sexual
A artista produz sua obra a partir de fotografias produzidas por ela e sua namorada durante a pandemia.
Retratos de Quarentena (2020-04-15), de Chica VamoMuseu da Diversidade Sexual
Em um segundo momento são incorporadas imagens recebidas de amigues.
Retratos de Quarentena (2020-04-17), de Chica VamoMuseu da Diversidade Sexual
O conjunto dos desenhos retrata momentos do cotidiano durante o isolamento social.
Abaporu na quarentena (2020-04-05), de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
Abaporu na quarentena
Abaporu na quarentena (2020-04-05), de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
Abaporu, figura mítica criada e evocada por Tarsila do Amaral, é a personagem da qual Vinícius Monção se apropria para produzir este trabalho.
Abaporu na quarentena (2020-04-05), de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
Recriando um dos ícones do movimento artístico brasileiro moderno, o artista propõe uma reflexão sobre o período de transição que estamos vivendo.
Abaporu na quarentena (2020-04-05), de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
Abaporu na quarentena (2020-04-05), de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
“A obra faz referência ao atual sujeito moderno dos grandes centros urbanos, recluso, reflexivo e melancólico, à espera de que a "peste" passe para descobrir o que há de vir no amanhã.
Quarentemos (2019-03-26), de lualeoMuseu da Diversidade Sexual
Na caixa
Maysa Sigoli retrata a sensação sufocante do enclausuramento diante da conjuntura de estar sozinho e, ao mesmo tempo, junto, preso dentro de caixas, sejam elas a casa, um programa de TV, a internet ou a própria cabeça. Morando sozinha há anos e acostumada a ficar só, a artista vivencia agora a experiência nova do impedimento de ir e vir e da solidão forçada.
Queerentena | Inspira
Concepção: Franco Reinaudo e Bruna Provazi
Sequenciamento: Leonardo Arouca
Comissão de Seleção:
Celso Curi
Clara de Cápua
Christiano Lima Braga