Inspira - primeira parte da exposição Queerentena reúne trabalhos que apresentam questionamentos e inquietudes sobre olhar e pensar sobre si no atual período de reclusão. O que há de diferente agora para quem é posto sempre à margem? Como lidamos e reconfiguramos os nossos sonhos, desejos e ansiedades? Como reconhecemos nossos corpxs?
Estar em trânsito da margem, espaço de privação e resistência, para o centro possibilita uma maneira peculiar LGBTQI+ de compreender e sobreviver à realidade.
Quarantine King
Tata Barreto teve como inspiração as relações entre o isolamento imposto pela quarentena e o isolamento imposto cotidianamente aos corpos que se encontram fora da heteronorma, aqui representados por uma persona Drag King.
Quarantine King, de Tata BarretoMuseu da Diversidade Sexual
Enquanto o padrão heteronormativo exclui quem apresenta um comportamento ou expressão corporal dissidente.
Quarantine King, de Tata BarretoMuseu da Diversidade Sexual
Por outro lado, a pandemia não exclui nenhum sujeito, e a melancolia do isolamento pode atingir a todos, independente de como performam seu gênero.
Quarantine King, de Tata BarretoMuseu da Diversidade Sexual
Prisão domiciliar
O projeto "Prisão domiciliar" surge a partir de um intenso processo criativo e reflexivo da artista Joice Mendes durante a quarentena. A obra "31º dia" expressa o acúmulo de sentimentos advindos da pandemia.
31º dia..., de JOICE MENDESMuseu da Diversidade Sexual
The Mysterious
Esta obra foi inspirada nas tentativas de um casal de namoradas de manter a mente sã e de entender os mistérios do novo mundo imposto a partir da pandemia. Com auxílio de um projetor e uma câmera, as artistas criam uma atmosfera de incertezas, brincando com o espaço-tempo (representado pela ampulheta), o vazio (a galáxia) e a mudança (os diferentes formatos em vídeo, analógico e digital), tudo isso guiado por um chiado midiático que orienta e desorienta.
pandemia / demônios / distanciamento social / contravontade, de Fernanda DegolinMuseu da Diversidade Sexual
Diário de Quarentena
As imagens de Clara de Cápua, que inspiraram a exposição Queerentena fazem parte de uma série de autorretratos como uma espécie de diário pessoal. Clara foi convidada a participar da exposição.
pandemia, de Clara de CápuaMuseu da Diversidade Sexual
A partir da pandemia de COVID-19, a artista insere o elemento da máscara em seu trabalho.
distanciamento social, de Clara de CápuaMuseu da Diversidade Sexual
Clara usa o celular para explorar movimentos, ou seja, as imagens se constroem primeiro no corpo para depois passarem para o papel - hábitos de uma artista visual que também é atriz.
contravontade, de Clara de CápuaMuseu da Diversidade Sexual
Uma vez realizada a filmagem, ela seleciona frames e os transpõe para o papel utilizando grafite para, posteriormente, digitalizá-los.
demônios, de Clara de CápuaMuseu da Diversidade Sexual
Na caixa
Maysa Sigoli retrata a sensação sufocante do enclausuramento diante da conjuntura de estar sozinho
Ao mesmo tempo, junto, preso dentro de caixas, sejam elas a casa, um programa de TV, a internet ou a própria cabeça.
Morando sozinha há anos e acostumada a ficar só, a artista vivencia agora a experiência nova do impedimento de ir e vir e da solidão forçada.
Na caixa, de Maysa SigoliMuseu da Diversidade Sexual
Ali, naquele dia
"Bases rígidas de ideais que não cabem mais em mim, 집에 와 침대에 누워, 생각해봐 내 잘못이었을까?", de Patrícia BaikMuseu da Diversidade Sexual
A artista desenvolve uma pesquisa narrativa partindo de seu lugar enquanto filha de imigrantes sul-coreanos no Brasil para entender as reverberações destes deslocamentos e as buscas por identidade das gerações seguintes.
"Eu sonhei com você na outra tarde, mas eu não lembro direito, parece ter sido anos atrás.", de Patrícia BaikMuseu da Diversidade Sexual
Neste projeto, Patrícia Baik explora o signo da casa e as promessas que ela suscita de conforto, acalento e acolhimento.
"다른 시공간, outro espaço tempo", de Patrícia BaikMuseu da Diversidade Sexual
Porém, agora no isolamento, as contradições tornam-se mais explícitas entre essa casa e o mundo exterior, e frente às promessas nem sempre cumpridas, a saudade do contato e do conforto crescem.
"불 꺼진 현관에 내 발이 이상해, (((meus pés tão estranhos no hall de luz apagada)))", de Patrícia BaikMuseu da Diversidade Sexual
Trânsito
Na obra "dicomposição de afetos", o Coletivo Transe realiza um mergulho em si e no outro para propor reflexões sobre a experiência partilhada de isolamento social, corporal e afetivo de um casal de homens gays.
dicomposição de afetos, de Marcelo PrudenteMuseu da Diversidade Sexual
Auto amor
Sentir falta de alguém, passar por um término de relacionamento, buscar um afeto, um toque, uma troca de olhares, auto-flertar e se encontrar em si. Essas foram as inspirações da ilustradora Stephanie Gaddi Pollo para criar o projeto Auto amor.
Flertando com o próprio reflexo, de Stephanie Gaddi PolloMuseu da Diversidade Sexual
QUERO RECONHECER MEU CORPX
A obra é um processo de reconhecimento do corpo que parte da pesquisa do/a artista sobre estudos de gêneros, utilizando ferramentas da cartografia e do estudo topográfico, cruzados com questões sobre identidade e dignidade. Andrógino realiza um exercício que se propõe a romper com os limites da forma e, a partir do corpo que a toma, produz a consciência de sua existência.
"Cartografia de Corpx", de Alan Piter Moraes RiosMuseu da Diversidade Sexual
TROPICOWBOY
Os desenhos foram criados a partir do cotidiano, das ansiedades, das falas de amigos, de imagens vistas nas ruas do centro de São Paulo e dos sonhos do artista.
Diante da pandemia, Andrés Carmo encontra no movimento de desenhar uma maneira de conter a ansiedade que paralisa.
Em casa (em fragmentos desorganizados), de Andrés CarmoMuseu da Diversidade Sexual
Linn em casa
Chico Monteiro se inspirou em fotografias e capas de discos da cantora Linn da Quebrada em ambientes domésticos "A casa de Linn".
Linn em casa, de Chico MonteiroMuseu da Diversidade Sexual
Nessa obra o artista se inspirou em uma foto de Linn usando máscara.
Linn em casa, de Chico MonteiroMuseu da Diversidade Sexual
Insula
Obedecendo à vontade de seu corpo de se mover e criar imagens, Carolina Lobo constrói o roteiro para esta vídeo-dança a partir da ressignificação de um texto escrito por ela em 2012. A dança, a escrita e a pintura são as formas encontradas pela artista de sobreviver e espantar a ansiedade durante o isolamento. Este vídeo foi produzido colaborativamente com sua namorada, a cineasta Catarina Vaz, e essa criação conjunta foi também uma maneira encontrada pelo casal de co-existirem durante a pandemia.
Insula, de Carolina LoboMuseu da Diversidade Sexual
Retratos de quarentena
Retratos de Quarentena, de Chica VamoMuseu da Diversidade Sexual
A artista produz sua obra a partir de fotografias produzidas por ela e sua namorada durante a pandemia.
Retratos de Quarentena, de Chica VamoMuseu da Diversidade Sexual
Em um segundo momento são incorporadas imagens recebidas de amigues.
Retratos de Quarentena, de Chica VamoMuseu da Diversidade Sexual
O conjunto dos desenhos retrata momentos do cotidiano durante o isolamento social.
Retratos de Quarentena, de Chica VamoMuseu da Diversidade Sexual
Abaporu na quarentena
Abaporu na quarentena, de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
Abaporu, figura mítica criada e evocada por Tarsila do Amaral, é a personagem da qual Vinícius Monção se apropria para produzir este trabalho.
Abaporu na quarentena, de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
Recriando um dos ícones do movimento artístico brasileiro moderno, o artista propõe uma reflexão sobre o período de transição que estamos vivendo.
Abaporu na quarentena, de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
Abaporu na quarentena, de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
“A obra faz referência ao atual sujeito moderno dos grandes centros urbanos, recluso, reflexivo e melancólico, à espera de que a "peste" passe para descobrir o que há de vir no amanhã.
Abaporu na quarentena, de Vinicius MonçãoMuseu da Diversidade Sexual
Na caixa
Maysa Sigoli retrata a sensação sufocante do enclausuramento diante da conjuntura de estar sozinho e, ao mesmo tempo, junto, preso dentro de caixas, sejam elas a casa, um programa de TV, a internet ou a própria cabeça. Morando sozinha há anos e acostumada a ficar só, a artista vivencia agora a experiência nova do impedimento de ir e vir e da solidão forçada.
Quarentemos, de lualeoMuseu da Diversidade Sexual
Queerentena | Inspira
Concepção: Franco Reinaudo e Bruna Provazi
Sequenciamento: Leonardo Arouca
Comissão de Seleção:
Celso Curi
Clara de Cápua
Christiano Lima Braga