Por quantas mãos passa o seu café?

Módulo 1 da exposição de média duração: “Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte.” Gino Pasquato, 2014. (2014) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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Olá, tudo bem? Você já imaginou por quantas mãos passa o seu café? Quantas pessoas trabalham diariamente antes dele chegar na sua xícara? E quais são as etapas de cultivo desses grãos?
Hoje falaremos sobre o processo produtivo dessa bebida, que está presente no cotidiano de milhões de pessoas no mundo todo, e que é um tema muito comum em nossas visitas pelo módulo expositivo do museu chamado " Da Planta à Xícara", que faz parte da exposição de longa duração “Café Patrimônio Cultural do Brasil: Ciência, História e Arte”
Vamos conhecer?

Módulo 1 da exposição de média duração: “Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte.” Gino Pasquato, 2014. (2014) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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Você sabia que o Brasil cultiva dois tipos de café?
O Arábica e o Robusta (mais conhecido como Conillon).
Existem algumas diferenças entre eles: o Arábica possui aroma mais suave, o seu sabor é mais adocicado e tem menor concentração de cafeína. É cultivado em altitudes.
Já o Robusta possui quase o dobro de cafeína e o seu sabor é mais amargo e intenso. Além disso pode ser cultivado em regiões de baixa altitude.

Plantação e mudas de café; trabalhadores. Três Pontas/ MG. Bruno Costa,1971. (1971) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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E os cuidados que são necessários para que esses grãos cheguem com qualidade em nossa casa?
Vamos conhecer um pouco desse processo?

A primeira etapa é o plantio das sementes em saquinhos ou tubetes, que são pequenos tubos plásticos. Essas sementes ficarão nos viveiros, onde elas receberão luz, água e outros suprimentos até se tornarem mudas com 3 a 6 pares de folhas. Enquanto isso é necessário preparar o terreno, retirando restos de outras culturas, adubando o solo, entre outras medidas. Então, são feitos os sulcos, que são aberturas menores na terra ou covas para receber essas mudas.








Ao longo do ano é necessário o manejo do cafezal, controlando o mato que cresce entre os pés de café, combatendo as pragas e doenças, irrigando e podando os cafeeiros.
Você já se perguntou quanto tempo é necessário para a planta começar a produzir frutos?
Em média, esse processo demora de 2 a 3 anos.

Trato do cafezal, Rolândia/PR. Bruno Costa, 1974. (1974) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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Ao longo do ano é necessário o manejo do cafezal, controlando o mato que cresce entre os pés de café, combatendo as pragas e doenças, irrigando e podando os cafeeiros.
Você já se perguntou quanto tempo é necessário para a planta começar a produzir frutos?
Em média, esse processo demora de 2 a 3 anos.

Colheita do café em derriça manual. Três Pontas/ MG. Bruno Costa,1971. (1971) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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A próxima etapa é a colheita do café, que geralmente acontece entre os meses de Abril a Setembro. O método mais utilizado no Brasil é a derriça, que pode ser realizada de forma manual ou mecânica.

Abanação de café. Patrocínio/ MG Bruno Costa,1971 (1971) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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Após a colheita, é realizada a abanação - uma pré limpeza dos frutos, onde o objetivo é remover impurezas como folhas, gravetos e cascas. Pode ser manual com a utilização de peneiras ou de forma mecanizada.

Lavagem do café - trabalhadores. Theodor Preising, 1939. (1939) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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A próxima etapa é a lavagem, separando os frutos em diferentes estágios de maturação: (verdes, maduros e bóias) por conta da diferença de sua densidade.
Os de coloração verde e vermelha , possuem mais umidade e por isso afundam. Os frutos mais leves, como por exemplo, secos e brocados ficam na superfície.

Terreiro de secagem de café, trabalhadores. Três Pontas/ MG. Bruno Costa, 1977. (1977) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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Os grãos podem ser processados pelas seguintes formas:

- por via seca,como observamos na imagem, produzindo o café natural com acidez moderada a baixa, corpo, aroma e doçura bastante acentuados.
- por via úmida, produzindo o café despolpado com maior acidez, tendo corpo e aroma menos destacados.
Além desses métodos, a partir da década de 90, surge a modalidade “cereja descascado”. Após a lavagem, o café é descascado por atrito, em descascadores mecânicos.

Machinas de beneficio de café.Fazenda Martinópolis/SP.Década de 1920. . (1920) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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O beneficiamento consiste na eliminação de parte das impurezas, descascamento e classificação simples, separando os grãos por formato e tamanho. Nessa imagem vemos uma antiga máquina beneficiadora de café.
Você já conhecia esse equipamento e o seu uso?

Ensacadores de café. José Dias Herreira, 1950-1970. (1950) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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Depois de beneficiado, o café descansa em tulhas, que são locais apropriados para a sua conservação.
Esses grãos posteriormente são armazenados em sacarias de juta como essas que observamos na imagem ou big bags (grandes sacos destinados a transportar grandes volumes).
O ambiente deve ter condições adequadas para manter a qualidade do produto.

Sala de classificação e prova do café. José Herrera, s/d. by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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Os grãos também podem ser rebeneficiados para melhorar a sua qualidade durante a classificação, garantindo assim, um melhor valor de mercado.
A classificação do café por seu tipo é realizada pela contagem de grãos com defeitos ou impurezas em cada amostra de 300 gramas. Os defeitos dos grãos podem ser originários de falhas no cultivo ou por problemas genéticos. Já as impurezas são elementos que estão presentes junto com os grãos tais como casca, paus e pedras. Além da avaliação do grão, é feita a prova de xícara para analisar o sabor e aroma da bebida, determinando sua qualidade.Diante dessas informações podemos nos perguntar:
Qual será a qualidade do café encontrado no mercado?
Atualmente, no Brasil, conseguimos comprar com facilidade os cafés que exportamos? Essas são algumas reflexões que podemos fazer diante dos atuais hábitos de consumo da bebida.

Flickr – Museu do Café. Métodos de Preparo. Karina Frey, 2017. (2017) by Museu do CaféMuseu do Café

Você sabia que podemos extrair do mesmo café diferentes aromas e sabores? Isso é possível graças aos diversos métodos de preparo que atualmente existem.
Os mais citados durante as visitas no Museu do Café são: a cafeteira italiana, o espresso e o coado.
Vamos conhecer?

Flickr – Museu do Café. Métodos de Preparo. Karina Frey, 2017. (2017) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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A cafeteira italiana é um dos métodos de extração de café que funciona por pressão da água. A moagem do grão deve ser de média a grossa.
Possui dois compartimentos. Na parte de cima é colocado o pó de café em uma peça de metal com vários furos. Essa peça serve para que a água colocada na parte de baixo que fica em contato direto com o fogo passe pelo café ao subir.
Você já tomou café nesse método? O que achou?

Flickr – Museu do Café.Curso de Barista. Karina Frey, 2017. (2017) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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O Espresso é preparado para ser consumido na hora. A moagem do grão deve ser de média à grossa e a sua extração deve durar de 20 a 30 segundos.
É um método que está bem presente em nosso cotidiano, desde reuniões de trabalho até em uma conversa entre amigos.
Você já convidou alguém para ir à uma cafeteria tomar um espresso?

Flickr – Museu do Café. Métodos de Preparo. Karina Frey, 2017. (2017) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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O café coado é o mais comum de encontrar nas casas dos brasileiros. O grão deve ter a moagem de média a fina.
Você sabia que não devemos ferver a água para o seu preparo?
Quando a água é fervida, ela acaba queimando o pó do café, deixando - o amargo e modificando o seu sabor.
Outras recomendações são: não colocar açúcar junto com o pó e não jogar a água muito rápido durante o seu preparo.
Qual é o seu método preferido entre esses citados?

Flickr – Museu do Café. Métodos de Preparo. Karina Frey, 2017. (2017) by Museu do CaféMuseu do Café

Juliana Alegre, educadora do Museu do Café
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Ao degustar uma xícara de café na rua ou em casa, você já imaginava a quantidade de pessoas envolvidas em todos os processos para que a bebida chegue até às nossas mãos ?
Todas as etapas exigem um cuidado especial e graças a estudos científicos que englobam novas tecnologias podemos desfrutar de uma grande variedade de sabores e aromas.
Agora que você já sabe todas essas dicas, quem você convidaria para tomar um café e contar um pouco do que aprendeu?

Credits: Story

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

João Doria
Governador do Estado de São Paulo
Sérgio Sá Leitão
Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo
Cláudia Pedrozo
Secretária - Adjunta de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo

INSTITUTO DE PRESERVAÇÃO E DIFUSÃO DA HISTÓRIA DO CAFÉ E DA IMIGRAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (INCI)
Guilherme Braga Abreu Pires Filho
Presidente
Carlos Henrique Jorge Brando
Vice-presidente
Alessandra Almeida
Diretora Executiva
Thiago Santos
Diretor Administrativo-financeiro
Daniel Ramos
Gerente Administrativo-financeiro
Caroline Nóbrega
Gerente de Comunicação e Desenvolvimento Institucional
Marcela Rezek Calixto
Coordenadora Técnica do Museu do Café

Daniella Silva de Oliveira
Produção
Juliana Alegre
Áudio, revisão e conteúdo
Bruno Bortoloto do Carmo
Execução

Credits: All media
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